Gálatas

Gálatas 4 – As alegorias das duas alianças

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Quem primeiro cantou e se alegrou foi Agar, ao conceber de Abraão ( Gn 16:4 ). A afronta da serva Agar é semelhante à afronta que os cristãos estavam sofrendo dos judaizantes. Sara já era desprezada diante da sociedade à época por não dar a luz um filho, porém, chegou ao fundo do poço quando sua serva, que teve um filho do seu senhor, a desprezou.


Gálatas 4 – As alegorias das duas alianças

Após demonstrar que os cristãos eram de fato e de direito filhos de Deus ( Gl 4:6 ), o apóstolo Paulo retrocede no tempo, e aponta que, antes de terem um encontro com Cristo, os cristãos não ‘conheciam’ a Deus.

“Outrora, porém, não conhecendo a Deus, servíeis a deuses que por natureza não o são” ( Gl 4:8 )

Esta realidade também foi demonstrada aos cristãos em Éfeso: “E VOS vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também” ( Ef 2:1 -3).

Após terem recebido a adoção de filhos ( Gl 4:5 ), os cristãos passaram a conhecer a Deus, a palavra conhecer neste verso possui um sentido diverso daquele que a nossa sociedade se acostumou. O ‘conhecer’ bíblico refere-se à união íntima, união semelhante a do homem quando se une a sua esposa, ou seja, os cristãos passaram ter comunhão íntima com Deus.

Sobre este ‘conhecimento’, diz o apóstolo Paulo, é um grande mistério: “Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja” ( Ef 5:32 ). O mistério não está no fato de Deus ter determinado que o homem deva deixar pai e mãe, e unir-se (conhecer) a sua mulher, tornando-se ambos uma só carne.

O mistério desta ordem refere-se à igreja, porque ao tornarem-se filhos de Deus, cada cristão é membro do corpo de Cristo, ou seja, da sua carne e dos seus ossos “Porque somos membros do seu corpo, da sua carne, e dos seus ossos. Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne” ( Ef 5:30 -31).

 

9 Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir?

O apóstolo Paulo demonstra estar inconformado com a situação atual dos cristãos da Galácia.

Após terem ‘conhecido’ a Deus, como podiam submeter-se novamente aos preceitos da lei? Como poderia alguém idôneo querer voltar a ser tutelado? Como uma pessoa idônea poderia aceitar a estar novamente sob os cuidados de outrem?

Era de se estranhar que os cristãos quisessem voltar a estar debaixo dos rudimentos fracos e pobres da lei após ‘conhecerem’ a Deus, ou antes, serem ‘conhecidos’ por Ele.

Eles já haviam ‘abandonado’ pai e mãe ao unirem-se com Cristo. Eram ‘conhecidos’ por Deus porque se tornaram membros do corpo, da carne e dos ossos de Cristo, o verdadeiro Deus e a vida eterna ( Mt 10:37 ; Mt 19:29 ), mas estavam se prendendo a rudimentos facos e pobres.

 

10 Guardais dias, e meses, e tempos, e anos.

Os rudimentos fracos e pobres são o mesmo que guardar dias, meses, tempos e anos. O povo de Israel sempre guardou tais rudimentos, mas não era agradável a Deus, ou seja, nunca O conheceram ( Is 29:13 ).

“Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído;” (Isaías 29:13).

O que estava levando os cristãos da Galácia a rejeitarem a Cristo, que perante eles foi apresentado crucificado?

 

11 Receio de vós, que não haja trabalhado em vão para convosco.

O apóstolo Paulo demonstra estar preocupado com a maneira que os cristãos estavam se portando com relação ao evangelho de Cristo, mas nutria esperança de não ter evangelizado (trabalhado) em vão.

 

12 Irmãos, rogo-vos que sejais como eu, porque também eu sou como vós; nenhum mal me fizestes.

O apóstolo Paulo invoca um sentimento de fraternidade. Embora muitos cristãos estivessem propensos a seguirem um pseudo-evangelho, o apóstolo dos gentios não estava rancoroso, pois a atitude deles não era uma afronta a pessoa do apóstolo, nem lhe haviam feito mal.

A atitude deles, de afastarem-se evangelho, faria mal a eles, e não ao apóstolo.

 

Conhecimento Comum a Todos

13 E vós sabeis que primeiro vos anunciei o evangelho estando em fraqueza da carne; 14 E não rejeitastes, nem desprezastes isso que era uma tentação na minha carne, antes me recebestes como um anjo de Deus, como Jesus Cristo mesmo.

O apóstolo Paulo faz referência a algum tipo de enfermidade que havia acometido o seu corpo, mas não podemos precisar qual foi. Como uma carta possui um público alvo restrito, é personalíssima, e somente os cristãos à época do apóstolo Paulo souberam dos seus problemas de saúde.

Especular sobre qual era a ‘fraqueza da carne’ que acometeu o apóstolo Paulo não esclarece de qual enfermidade ele sofria, e mesmo que descobríssemos qual era a enfermidade do apóstolo dos gentios, em nada contribuiria com relação ao evangelho.

Por estar enfermo, os cristãos da Galácia poderiam ter rejeitado (desprezo, desgosto) o apóstolo Paulo, uma vez que, segundo os rudimentos pobres e fracos, poderiam considerar que haveriam de ser contaminados se tivessem contato com o apóstolo, o que era uma tentação.

Mesmo após observarem a enfermidade do apóstolo Paulo, eles o receberam como se fosse um mensageiro (anjo) de Deus, como se fosse o próprio Cristo. Ora, se os cristãos convertidos tiveram a maturidade de receberem o apóstolo, mesmo vendo que ele estava enfermo, por que estavam retrocedendo aos rudimentos fracos e pobres?

 

15 Qual é, logo, a vossa bem-aventurança? Porque vos dou testemunho de que, se possível fora, arrancaríeis os vossos olhos, e mos daríeis.

A pergunta é especifica: “Qual é a vossa bem-aventurança?”. Ou seja, qual é a vossa alegria? A alegria deles não era o Senhor Jesus? Eles eram bem-aventurados por crerem em Cristo somente ( Gn 12:3 ).

Prova disto, é que, após receberem a alegria da salvação, se possível fora, eles teriam arrancado os olhos e dado ao apóstolo. O que tivessem de mais precioso, teriam doado ao apóstolo dos gentios.

 

16 Fiz-me acaso vosso inimigo, dizendo a verdade?

O apóstolo Paulo utiliza um argumento bem convincente: aquele que diz a verdade, em verdade é um amigo, e não inimigo. Ao anunciar o evangelho (verdade), demonstrando a invalidade dos rudimentos fracos e pobres, o apóstolo estava se revelando como amigo, um irmão.

 

17 Eles têm zelo por vós, não como convém; mas querem excluir-vos, para que vós tenhais zelo por eles.

Os judaizantes demonstravam zelo pelos cristãos, mas não conforme o que estipula o evangelho. Parece que os judaizantes queriam tirar os cristãos do evangelho genuíno com o intuito de serem eles o objeto de zelo dos cristãos.

O apóstolo Paulo alerta que o papel desempenhado pelos judaizantes haveria de ser invertido: agora estava parecendo que os judaizantes eram zelosos dos cristãos, porém, haveriam de exigir dos cristãos que aceitassem os rudimentos da lei que fossem zelosos deles.

 

18 É bom ser zeloso, mas sempre do bem, e não somente quando estou presente convosco.

O apóstolo Paulo demonstra que ser zeloso é recomendável, porém, o zelo não pode ser apregoado como prática para se conquistar a salvação.

O zelo deveria ser pelo evangelho, preservando-o tal qual foi anunciado pelo apóstolo, deveria ser constante, e não somente quando o apóstolo Paulo estivesse presente.

 

19 Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós;

O apóstolo Paulo paternalmente chama os cristãos de ‘meus filhinhos’!

Ao ver que os cristãos estavam sendo inquietados, e que alguns estavam aderindo ao rudimentos da lei, o apóstolo Paulo novamente estava sofrendo, como se estivesse de parto, até que Cristo fosse formado neles.

 

20 Eu bem quisera agora estar presente convosco, e mudar a minha voz; porque estou perplexo a vosso respeito.

O apóstolo Paulo não queria estar escrevendo repreensões. Era desejo do apóstolo estar com os cristãos das regiões da Galácia, e com um outro o tom de conversa.

Ele estava perplexo pela decisão daqueles que queriam novamente estar debaixo da lei.

 

21 Dizei-me, os que quereis estar debaixo da lei, não ouvis vós a lei?

O público alvo da carta torna-se mais restrito. Deixou de abarcar todos os cristãos, para tratar somente com os simpatizantes do judaísmo. Eles são convidados a responder as questões do apóstolo Paulo.

Aqueles que desejavam voltar a estar debaixo da lei pareciam nunca ter ouvido o que a lei transmite. Quem estava se desviando do evangelho nunca entendeu qual era a proposta da lei.

 

22 Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava, e outro da livre.

A carta aos Gálatas contrapõe:

  • Lei X evangelho;
  • Carne X Espírito;
  • Sara X Agar;
  • Isaque X Ismael;
  • Escrava X livre, etc.

Aqueles que queriam justificar-se através da lei não compreenderam a passagem da Escritura que aponta a origem dos dois filhos que Abraão tivera: um da escrava, e o outro da livre.

 

23 Todavia, o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas, o que era da livre, por promessa.

O apóstolo Paulo convoca os que queriam viver segundo a lei a observarem e entenderem o que a Escritura ensina.

Apesar de Abraão ter alcançado dois filhos, todavia um foi gerado e nasceu segundo a carne, e outro, o filho da livre, por promessa.

O que os judaizantes teriam a dizer acerca destes dois filhos de Abraão? Será que eles teriam ouvido e compreendido o que diz a lei?

Através deste comparativo, o apóstolo Paulo buscou demonstrar que Isaque nasceu segundo a promessa, o que envolve a fidelidade e o poder de Deus. Isto só é possível através da união (conhecer) com o Descendente.

Os cristãos também foram gerados segundo a promessa feita a Abraão, que diz: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” ( Gn 12:3 ) pois Deus é fiel e ao conceder a sua palavra, que é poder para todos quantos creem, serão feitos filhos de Deus ( Jo 1:12 ; Rm 1:16 ).

 

As Duas Alianças em Alegorias

24 O que se entende por alegoria; porque estas são as duas alianças; uma, do monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar.

O apóstolo Paulo demonstra que Sara e Agar serve de ilustração, alegoria, para representar tudo que ocorre ao longo dos tempos na história de Israel.

Sara e Agar representam as duas alianças: A lei e a graça. Embora o filho da Sara tenha nascido por último, a graça é anterior a lei, pois foi prometido bem antes da lei que “… em ti serão benditas todas as famílias da terra” ( Gn 12:3 )

Agar, uma das servas de Sara, representa o monte Sinai, e gera filhos para a servidão. Agar representa o povo de Israel e a aliança que foi estabelecida no monte Sinai.

 

25 Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos.

O apóstolo Paulo demonstra que a escrava Agar representa o monte Sinai, que corresponde a Jerusalém que todos conheciam, ou seja, a que agora existe. Agar e seu filho eram escravos, o que demonstra que Jerusalém continua sob o julgo da escravidão juntamente com todos os seus filhos, pois todos eles eram descendentes da carne de Abraão, Isaque e Jacó.

Ou seja, os descendentes da carne são escravos, uma vez que permanecem sob a servidão do pecado por serem descendentes do primeiro pai da humanidade, que é Adão ( Is 43:27 ).

 

26 Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós.

O apóstolo Paulo apresenta a Jerusalém celestial, que ainda não se vê, em contraste com a que agora se vê. Esta Jerusalém do alto é livre juntamente com os seus filhos.

A Jerusalém celestial é mãe de todos aqueles que confiam em Deus, pela fé em Cristo. Ou seja, para ser filho da Jerusalém de cima é necessário ter a mesma fé que o crente Abraão, o que é diferente de ser filho da carne de Abraão.

Da carne são gerados escravos, e da fé que teve Abraão são gerados livres ( Rm 9:8 ).

 

27 Porque está escrito: Alegra-te, estéril, que não dás à luz; Esforça-te e clama, tu que não estás de parto; Porque os filhos da solitária são mais do que os da que tem marido.

O apóstolo Paulo cita um verso do Livro do profeta Isaías para demonstrar as diferenças entre as duas alianças: “Canta, ó estéril, que não deste à luz; exulta de prazer com alegre canto, e exclama, tu que nunca tiveste dores de parto, porque mais são os filhos da desolada, do que os da casada, diz o Senhor” ( Is 54:1 ).

Este verso de Isaías é citado como resposta ao verso 26. A Jerusalém que é de cima é livre, e é mãe de todos os cristãos, isto porque ela é segundo a promessa de Deus. Os cristãos da Galácia deveriam considerar o que Deus prometeu por intermédio de Isaías.

Quem primeiro cantou e se alegrou foi Agar, ao conceber de Abraão ( Gn 16:4 ). A afronta da serva Agar é semelhante à afronta que os cristãos estavam sofrendo dos judaizantes. Sara já era desprezada diante da sociedade à época por não dar a luz um filho, porém, chegou ao fundo do poço quando sua serva, que teve um filho, a desprezou.

O profeta Isaías ao falar da igreja fez referência ao evento de Sara e Agar. Sara, a estéril, que nunca deu a luz, deveria cantar e exultar de prazer e com alegre canto. Sara nunca sentiu as dores de parto, mas deveria cantar.

Por que deveria a desprezada entoar cânticos? Por causa da promessa do Senhor que diz: “… mais são os filhos da desolada, do que os da casada, diz o Senhor” ( Is 54:1 ).

A desolada, ou desprezada, por não poder conceber e ter filhos precisou ter confiança naquele que prometeu que os números dos seus filhos não seriam inferiores aos filhos da que concebera (teve marido). O apóstolo Paulo demonstra que a profecia de Isaías diz dos filhos da promessa, que por Cristo, o Descendente, são em maior número do que os filhos da escrava.

 

28 Mas nós, irmãos, somos filhos da promessa como Isaque.

O apóstolo Paulo destaca que os cristãos são filhos da promessa, conforme foi Isaque. Por meio de Cristo, o Descendente, todos que creem alcançam a bem-aventurança prometida a Abraão, ou seja, alcançam a filiação divina.

 

29 Mas, como então aquele que era gerado segundo a carne perseguia o que o era segundo o Espírito, assim é também agora.

A Bíblia demonstra que o filho de Abraão gerado segundo a carne perseguia o filho gerado segundo a promessa: Ismael versus Isaque. O apóstolo Paulo reitera que a perseguição que estava ocorrendo no seio da igreja decorria deste confronto histórico: Ismael versus Isaque, o mesmo que carne versus Espírito.

O conflito que é descrito pelo apóstolo Paulo e que a Escritura apresenta não ocorreu no interior de Isaque. A luta da carne ‘versus’ Espírito se dá fora do homem. A luta entre o que era gerado segundo a carne e o que foi gerado segundo a promessa de Deus é descrita como perseguição.

A ‘carne’ refere-se à natureza pecaminosa herdada em Adão (velho homem), e ‘Espírito’ refere-se ao Espírito de Deus que é concedido aos que creem (nova criatura)( Gl 4:6 ).

 

30 Mas que diz a Escritura? Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava herdará com o filho da livre.

A pergunta: “Mas que diz a Escritura?” é feita aos que queriam estar debaixo da lei ( Gl 4:21 ).

Este verso envolve conceitos próprios a antiguidade, pois um filho bastardo jamais herdaria o que é de direito do filho legítimo. Portanto, para não herdar o filho da escrava, ambos deveriam ser mandados embora: a escrava e o filho.

Não há como os filhos das escravas herdarem com o filho da livre, isto é, qualquer um que volte a estar debaixo da lei (menino), não herdará com a igreja de Cristo “… de modo algum…” ( v. 30).

 

31 De maneira que, irmãos, somos filhos, não da escrava, mas da livre.

Conclui-se o pensamento do apóstolo Paulo: somos filhos da livre. O cristão é filho da promessa por meio de Cristo Jesus. Qual promessa? “E a tua descendência será como o pó da terra, e estender-se-á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e ao sul, e em ti e na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra” ( Gn 28:14 ); “Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti” ( Gl 3:8 ).

Não é possível considerar como verdade bíblica a ideia de que o cristão possui duas naturezas, isto porque o novo homem em Cristo Jesus é filho da livre, e não da escrava. Como ter duas naturezas se o novo homem em Cristo não pode ser filho de ambas: da escrava e da livre? Ou se é filho da escrava ou se é filho da livre.

Os cristãos são filhos da livre e os gálatas deviam ter o cuidado de não voltarem a ser filhos da escrava.

Os filhos da escrava, por meio da promessa que há no evangelho, se crerem no Descendente, recebem poder de Deus para serem feitos seus filhos ( Jo 1:12 ).

 

Alegoria

Sobre a alegoria apresentada pelo apóstolo Paulo aos cristãos nas regiões da Galácia, ela é focada em Sara e Agar.

Deus prometeu a Abraão que faria dele uma nação numerosa, e que nele todas as famílias da terra seriam benditas. De Abraão a Escritura diz que ele teve dois filhos: Ismael e Isaque.

Os judeus consideravam serem descendentes de Abraão segundo a linhagem de Isaque. Por Isaque ter nascido conforme Deus prometeu a Abraão, os judeus acreditavam serem filhos de Deus, por serem filhos de Abraão e de Isaque.

O apóstolo Paulo, porém, trouxe a lume o grande mistério acerca do nascimento de Isaque, e que os judaizantes não atinavam: foi Abraão que teve filhos, e não Deus ( Gl 4:22 ).

Ismael, um dos filhos de Abraão, foi gerado segundo a carne, segundo a vontade de Sara e Abraão. Com relação ao sangue, Ismael era filho de uma escrava, Agar, que somente podia gerar filhos para escravidão. Diferente de Ismael, Isaque foi gerado segundo a promessa de Deus ( Gl 4:23 ).

É necessário observar que, tanto Ismael como Isaque foram filhos de Abra%

Claudio Crispim

É articulista do Portal Estudo Bíblico (https://estudobiblico.org), com mais de 360 artigos publicados e distribuídos gratuitamente na web. Nasceu em Mato Grosso do Sul, Nova Andradina, Brasil, em 1973. Aos 2 anos de idade sua família mudou-se para São Paulo, onde vive até hoje. O pai, ‘in memória’, exerceu o oficio de motorista coletivo e, a mãe, é comerciante, sendo ambos evangélicos. Cursou o Bacharelado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública na Academia de Policia Militar do Barro Branco, se formando em 2003, e, atualmente, exerce é Capitão da Policia Militar do Estado de São Paulo. Casado com a Sra. Jussara, e pai de dois filhos: Larissa e Vinícius.