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Quando Paulo diz que todos pecaram, ele aponta para o pecado de Adão que atingiu toda a humanidade ( Rm 5:12 ). Através da desobediência de um só homem (Adão), veio o juízo e a condenação sobre todos os homens, e estes foram feitos pecadores (toda a humanidade) ( Rm 5:19 ); Da mesma forma, pela ofensa de Adão veio o juízo de Deus sobre todos os homens, e todos estão condenados “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação…” ( Rm 5:18 ).


Para que Deus seja justo

“Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem; porque não há diferença” ( Rm 3:22 )

Justiça de fé em fé

A Justiça de Deus é de fé (evangelho) e pela fé (confiança) em Cristo, para todos, sem distinção alguma, pois todos pecaram. Deus trouxe salvação poderosa a toda humanidade, visto que todos pecaram.

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” ( Rm 3:23 )

Sabemos que Deus é justo, pois:

a) não faz acepção de pessoas, e;

b) Deus providenciou salvação para todos os homens, sem distinção (judeus e gentios) “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” ( Jo 3:16 ).

Quando Paulo diz que todos pecaram, ele aponta para o pecado de Adão que atingiu toda a humanidade ( Rm 5:12 ). Através da desobediência de um só homem (Adão), veio o juízo e a condenação sobre todos os homens, e estes foram feitos pecadores (toda a humanidade) ( Rm 5:19 ); Da mesma forma, pela ofensa de Adão veio o juízo de Deus sobre todos os homens, e todos estão condenados “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação…” ( Rm 5:18 ).

Observe que o juízo já foi realizado e está estabelecido sobre todos os homens para a condenação, visto que, aquele que não crê em Cristo, já está condenado, sem distinção, pois Deus não faz acepção de pessoas ( Jo 3:18 ).

Quando o juízo de Deus foi estabelecido em Adão, todos os homens morreram para Deus e passaram a viver para o mundo. A lei e o juízo foram estabelecidos em Adão: “…certamente morrerás” ( Gn 2:17 ), e o homem morreu para Deus “O juízo veio de uma só ofensa, na verdade, para a condenação…” ( Rm 5:16 ), passando a viver para o mundo.

Os homens passaram a viver em inimizade com Deus e em amizade com o mundo ( Tg 4:4 )!

Como os homens vivem para o mundo (estão em inimizade com Deus), para voltarem a ter amizade com Deus, todos precisam morrer para o pecado.

Deus é justo, pois providenciou justiça gratuita a todos os homens por meio de sua graça. A graça de Deus está na redenção que há em Cristo Jesus.

A graça de Deus redime o homem, fazendo com que aqueles que a aceitem os sacrifícios de Cristo sejam reabilitados a glória de Deus. Como o homem foi destituído da glória de Deus, a redenção que há em Cristo reabilita o homem a receber o que se perdeu em Adão.

Como Deus é justo ( Rm 3:26 ), Ele propôs a Jesus Cristo como propiciação por meio da fé (como é por fé (evangelho), todos os homens têm livre acesso a Deus por Cristo). Ou seja, para que Deus demonstrasse o seu favor ao pecador, foi necessário que Cristo derramasse o seu sangue.

Sem o sangue de Cristo era impossível Deus ser favorável ao pecador, visto que, a justiça de Deus exige que o transgressor não seja absolvido, mas que receba o estabelecido na condenação: morte.

Diante da justiça em Deus nenhuma transgressão pode passar impune. A pena instituída pela lei nunca poderá passar da pessoa que cometeu a transgressão. Sendo Deus justo, não pode absolver o culpado. O culpado não pode ser tido por inocente.

Outra característica da justiça está na lei. A lei obriga tanto quem tem o dever de obedecer, tanto a quem a estabeleceu. Se o homem viver a altura da lei, Deus o justificará, mas se não conseguir, ele é sujeito da pena estabelecida “Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados” ( Rm 2:13 ).

Diante deste entrave fica claro que Deus justo não poderia justificar o pecador. Por causa deste entrave o apóstolo Paulo escreveu: “…para que Deus seja justo…”, Ele demonstrou a sua justiça pela remissão dos pecados que antes foram cometidos sob a tolerância de Deus.

Como se dá essa remissão? Como Deus justo justifica o pecador? Como Deus é justo e justificador ao mesmo tempo?

A justiça de Deus determina que:

  • o transgressor não seja tido por inocente;
  • que a alma que pecar, esta deve morrer, e;
  • que a pena não pode passar da pessoa do transgressor.

Através da propiciação em Cristo, Deus satisfaz a sua justiça, visto que as proposições que citamos anteriormente são plenamente satisfeitas.

Quando o apóstolo Paulo escreveu “… para que Deus seja Justo…”, tinha plena certeza de que Deus satisfez o que é exigido pela sua justiça, retidão e santidade.

  • Deus não tem o culpado por inocente ( Na 1:3 );

É certo, é pertinente à justiça, que o culpado não seja tido por inocente. Ao culpado só cabe a pena quando do descumprimento da lei.

Mesmo que haja uma anistia ampla e irrestrita concedida a quem descumpriu a lei, o culpado não será tido como inocente. A anistia livra o culpado da pena, porém o culpado sempre será culpado perante a lei: não há como declarar um anistiado justificado.

  • Imputar justiça de outrem no culpado não o torna inocente;

Tão certa é esta verdade que tal concepção não resiste aos versículos seguintes: “O filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele” ( Ez 18:20 ).

Não há como imputar ao ímpio a justiça do justo, porque a determinação divina é: ao ímpio só cabe a sua impiedade e a justiça do justo somente a ele.

 

Como a justiça de Cristo passa aos homens?

Ao culpado não cabe a vida, pois segundo o que Deus estabeleceu a alma que pecar, esta receberá a pena capital (morte).

Não há como o culpado ser tido por inocente por meio de um decreto soberano. Não há como ter o culpado por inocente hoje e aguardar que está condição efetive no futuro.

Qual o tratamento que deva ter o culpado para que Deus seja justo e justificador?

A justiça de Deus se manifesta em Cristo: “Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem; porque não há diferença” ( Rm 3:22 ).

Deus instituiu a sua justiça pela fé (evangelho) em Cristo. Ou seja, o culpado (aquele que não pode ser tido por inocente), quando crê em Cristo, recebe o que está determinado na lei: morre com Cristo.

O culpado quando crê em Cristo é porque sente as suas misérias. Sente que é culpado, e que só lhe resta à morte. Ao reconhecer os seus próprios erros e que está condenado, o culpado louva e declara a justiça de Deus ( Rm 3:4 ).

Quando o culpado crê em Cristo, se conforma com Cristo na sua morte, e ao morrer com Cristo, tal ato demonstra que Deus é justo e qual a base da sua justiça. Por isso aquele que crê pode declarar: “Já estou crucificado com Cristo…” ( Gl 2:20 ); “De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte” ( Rm 6:4 ).

Deus não tem o culpado por inocente, e todos os que creem em Cristo são crucificados e morrem com Cristo, portanto, a justiça de Deus se cumpre. Isto porque “…se um morreu por todos, logo todos morreram” ( 2Co 5:14 ).

Sem contradição alguma: O culpado ao ter um encontro com a cruz de Cristo, recebe o estipulado pela justiça divina, morre e é sepultado. Este velho homem é aniquilado por meio da cruz de Cristo, e nele a condenação em Adão se desfaz. Todos os erros cometidos até em tão, são lançados ao mar do esquecimento, ou cobertos (sepultados). Este é o novo e vivo caminho ( Hb 10:20 ).

Paulo faz referência ao passado dos cristãos sem Cristo como sendo ‘um outro tempo’, e que agora, em Cristo, há um novo tempo de paz e alegria “..noutro tempo…” ( Ef 2:2 -11 e Ef 5:8 ).

Claudio Crispim

É articulista do Portal Estudo Bíblico (https://estudobiblico.org), com mais de 360 artigos publicados e distribuídos gratuitamente na web. Nasceu em Mato Grosso do Sul, Nova Andradina, Brasil, em 1973. Aos 2 anos de idade sua família mudou-se para São Paulo, onde vive até hoje. O pai, ‘in memória’, exerceu o oficio de motorista coletivo e, a mãe, é comerciante, sendo ambos evangélicos. Cursou o Bacharelado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública na Academia de Policia Militar do Barro Branco, se formando em 2003, e, atualmente, exerce é Capitão da Policia Militar do Estado de São Paulo. Casado com a Sra. Jussara, e pai de dois filhos: Larissa e Vinícius.

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