Salmos I

Salmo 40 – Deus se inclina para atender o seu Servo

Compartilhar:

E, por que o deleite (comida) do Messias seria fazer a vontade do Pai? Porque Ele voluntariamente buscou a verdade e a fez estar unida ao seu coração! Cristo é a verdade, o Verbo de Deus encarnado, a luz dos homens, o homem humilde e manso de coração, pois não buscou fazer a sua própria vontade “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou” ( Jo 5:30 ; Sl 38:13 -14 ; Mt 11:29 ).


Salmo 40 – Esperei com paciência no Senhor

  1. ESPEREI com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor.
  2. Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos.
  3. E pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, e temerão, e confiarão no SENHOR.
  4. Bem-aventurado o homem que põe no SENHOR a sua confiança, e que não respeita os soberbos nem os que se desviam para a mentira. 
  5. Muitas são, SENHOR meu Deus, as maravilhas que tens operado para conosco, e os teus pensamentos não se podem contar diante de ti; se eu os quisera anunciar, e deles falar, são mais do que se podem contar.
  6. Sacrifício e oferta não quiseste; os meus ouvidos abriste; holocausto e expiação pelo pecado não reclamaste.
  7. Então disse: Eis aqui venho; no rolo do livro de mim está escrito.
  8. Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração.
  9. Preguei a justiça na grande congregação; eis que não retive os meus lábios, SENHOR, tu o sabes.
  10. Não escondi a tua justiça dentro do meu coração; apregoei a tua fidelidade e a tua salvação. Não escondi da grande congregação a tua benignidade e a tua verdade.
  11. Não retires de mim, SENHOR, as tuas misericórdias; guardem-me continuamente a tua benignidade e a tua verdade.
  12. Porque males sem número me têm rodeado; as minhas iniquidades me prenderam de modo que não posso olhar para cima. São mais numerosas do que os cabelos da minha cabeça; assim desfalece o meu coração.
  13. Digna-te, SENHOR, livrar-me: SENHOR, apressa-te em meu auxílio.
  14. Sejam à uma confundidos e envergonhados os que buscam a minha vida para destruí-la; tornem atrás e confundam-se os que me querem mal.
  15. Desolados sejam em pago da sua afronta os que me dizem: Ah! Ah!
  16. Folguem e alegrem-se em ti os que te buscam; digam constantemente os que amam a tua salvação: Magnificado seja o SENHOR.
  17. Mas eu sou pobre e necessitado; contudo o Senhor cuida de mim. Tu és o meu auxílio e o meu libertador; não te detenhas, ó meu Deus.

O escritor aos Hebreus dá um parâmetro seguro a seguir quando demonstra que o Salmo 40 faz referência a Cristo, que se despiu da sua glória e foi introduzido no mundo:

“Por isso, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste; Holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram. Então disse: Eis aqui venho (No princípio do livro está escrito de mim), Para fazer, ó Deus, a tua vontade” ( Hb 10:5 -7 ; Sl 40:6 -8).

Quem entrou no mundo? Certamente não foi o salmista e rei Davi, porque para entrar no mundo é necessário ser pré-existente e o único pré-existente foi o Verbo de Deus – Cristo.

Sabendo que os salmos são profecias ( 1Cr 25:1 ), e que eles fazem referência a pessoa de Cristo ( Lc 24:44 ), deve-se analisar todo o texto do Salmo 40 comparando com a pessoa e vida de Cristo ( Jo 5:39 ; Sl 40:7 ), pois os profetas não profetizam acerca de si mesmo, antes apontavam para o Messias “E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo, ou de algum outro?” ( At 8:34 ).

O período das previsões dos salmistas varia muito, pois os salmos foram escritos em um lapso temporal de aproximadamente um milênio, desde a data aproximada de 1440 a.C., quando houve o êxodo dos Israelitas do Egito até o cativeiro babilônico. Através das profecias têm-se uma visão do que significa a onisciência de Deus, porém, os salmos fixam-se na pessoa do Cristo, o Filho de Davi.

 

1 ESPEREI com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor. 2 Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos. 3 E pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, e temerão, e confiarão no SENHOR. 4 Bem-aventurado o homem que põe no SENHOR a sua confiança, e que não respeita os soberbos nem os que se desviam para a mentira. 5 Muitas são, SENHOR meu Deus, as maravilhas que tens operado para conosco, e os teus pensamentos não se podem contar diante de ti; se eu os quisera anunciar, e deles falar, são mais do que se podem contar.

Quem esperou pacientemente no Senhor? O salmista Davi nesta previsão aponta para o Messias, o Servo do Senhor, que confiante esperou no Deus da sua salvação!

‘Esperar pacientemente’ é o mesmo que confiar, descansar, e Cristo sabia que seria ouvido pelo Pai prontamente, mesmo diante das agruras que antecedia a Sua morte “Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos?” ( Mt 26:53 ). Apesar de estar à mão a possibilidade de rogar ao Pai que o livrasse do cálice, Cristo foi obediente até a morte, e morte de cruz. Na obediência de Cristo vê-se que ele foi perseverante, e o pai fiel a sua palavra.

O pedido de Cristo sempre foi segundo a vontade do Pai, pois Ele não rogou que o livrasse da morte física, antes que, mesmo na morte guardasse sua alma em segurança. Neste sentido Deus inclinou-se e ouviu o clamor do seu Filho “Guarda a minha alma, pois sou santo: ó Deus meu, salva o teu servo, que em ti confia” ( Sl 86:2 ).

Deus inclinou-se e ouviu o clamor do seu Filho! O profeta narra a ação de Deus em favor de Cristo na perspectiva do próprio Cristo, pois tudo é descrito na primeira pessoa: – ‘Ele inclinou-se para mim’! Temos neste verso estampado a perspectiva de Cristo que percebeu que o Pai inclinou-se para atendê-lo.

Mas, por que Cristo teve que esperar? Por que não foi atendido de pronto? Por causa do tempo estabelecido pelo Pai, conforme se lê:

“Assim diz o SENHOR: No tempo aceitável te ouvi e no dia da salvação te ajudei, e te guardarei, e te darei por aliança do povo, para restaurares a terra, e dar-lhes em herança as herdades assolada” ( Is 49:8 ).

O Salmo 22, no verso 24, temos o salmista apresentado o motivo pelo qual o Filho clamaria ao Pai: o momento de aflição:

“Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu” ( Sl 22:24 ; Mc 14:32 -36).

A situação do Messias no momento de angustia e pavor, é descrito como quando alguém está em uma fossa mortal, um buraco repleto de lama, porém, a ação salvadora do Pai o transfere para uma condição descrita como uma rocha onde os passos não vacilam, são firmes (v. 2 ; Sl 56:13 ).

O fato de o Pai ter socorrido o Filho serviu de louvor à glória do Pai, ou seja, um cântico foi posto na boca do Filho quando o Pai veio em seu auxílio ( Jo 17:4 ; v. 3).

Até a parte ‘a’ do verso 3 o salmista utiliza a primeira pessoa do discurso e, nesta perspectiva temos o Verbo de Deus descrevendo qual seria a sua situação e estado emocional, já na parte ‘b’, ele passa para a terceira pessoa do plural e demonstra que muitos haveriam de contemplá-lo: “muitos o verão, e temerão, e confiarão no SENHOR” (v. 3), ou seja, muitos veriam e confiariam naquele que esperou e foi ouvido “O SENHOR desnudou o seu santo braço perante os olhos de todas as nações; e todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus” ( Is 52:10 ).

O Senhor que muitos confiarão ao vê-lo é o Senhor que escondeu o seu rosto da casa de Israel, que haveria de resplandecer o seu rosto para iluminar os que jaziam em trevas “E esperarei ao SENHOR, que esconde o seu rosto da casa de Jacó, e a ele aguardarei” ( Is 8:17 ; Sl 80:3 ; Sl 110:10 ).

O verso 4 disserta sobre a condição do Messias perante Deus: o homem bem-aventurado. Na posição de homem Cristo não se associou aos soberbos nem aos mentirosos, não se conformou com os injustos chefes da religião, ao contrário, resistiu-lhes ( Sl 56:1 -2; Sl 52:1 -6).

Como Deus, Ele não somente os resistirá com palavras, mas também abaterá todo soberbo e os que se desviaram para a mentira “Exalta-te, tu, que és juiz da terra; dá a paga aos soberbos” ( Sl 94:2 ). Só o juiz de toda a terra pode identificar os soberbo e os mentirosos e abatê-los na sua ira “Derrama os furores da tua ira, e atenta para todo o soberbo, e abate-o” ( Jó 40:11 ).

Quando Deus ordenou que abatesse todos os soberbos, Jó levou a sua mão à boca, pois para fazê-lo seria necessário ter braços como Deus ( Jô 40:9 ).

No verso 5 tem-se um devocional do servo do Senhor no qual se faz referencia às ações maravilhosas de Deus em prol dos homens, pois o Servo paciente conquistou um nome superior a todo nome, poder e glória. Somente o Servo do Senhor pode mensurar o premio que lhe estava proposto, mas não era possível anunciá-las devido ao montante incalculável (v. 5).

 

6 Sacrifício e oferta não quiseste; os meus ouvidos abriste; holocausto e expiação pelo pecado não reclamaste. 7 Então disse: Eis aqui venho; no rolo do livro de mim está escrito. 8 Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração.

Para levar a efeito os seus desígnios Deus não exigiu sacrifico e oferta ( Sl 51:16 ), pois os sacrifícios para Deus são espírito quebrantado e coração quebrantado ( Sl 51:17 ). Sabedor desta verdade, Cristo se postou como servo voluntário e foi obediente em tudo, pois importava obedecer ao Pai em tudo “Então seu SENHOR o levará aos juízes, e o fará chegar à porta, ou ao umbral da porta, e seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele o servirá para sempre ( Ex 21:6 ).

Algumas versões rezam acertadamente ‘minha orelha furastes’ em lugar de ‘os meus ouvidos abristes’, ou ‘corpo me preparaste’, o que confirmaria, segundo o previsto na lei mosaica, a voluntariedade do Servo do Senhor que se prontificou e disse: Eis aqui venho!

As ofertas e holocausto que eram oferecidos segundo a lei não foram exigidos por Deus, pois o sangue das vítimas utilizadas para a expiação não podiam tirar pecado, mas o povo em vez de obedecê-Lo era voluntarioso em sacrificar ( Hb 10:4 ; 1Sm 15:22 ).

O homem é voluntarioso em buscar para si uma vítima para colocar sobre o altar do sacrifício, porém, se esquece de confiar no Deus da providência, que já proveu para si o cordeiro, e este foi morto desde a fundação do mundo ( Gn 22:8 ; Ap 13:8 ).

Diante da triste realidade dos homens insubordinados, o servo do Senhor voluntariou-se: “Eis aqui venho!” (v. 7), e assim Cristo veio, conforme estava predito no livro: na condição de servo do Senhor “Disse mais: Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó, e tornares a trazer os preservados de Israel; também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra” ( Is 49:6 ).

Mas, qual foi o propósito daquele que se voluntariou diante de Deus? Oferecer ofertas e sacrifícios? Não! Ele se ofereceu para fazer a vontade do Pai! (v. 9 ; Jo 4:34 e Jo 6:38 ).

E, por que o deleite (comida) do Messias seria fazer a vontade do Pai? Porque Ele voluntariamente buscou a verdade e a fez estar unida ao seu coração! Cristo é a verdade, o Verbo de Deus encarnado, a luz dos homens, o homem humilde e manso de coração, pois não buscou fazer a sua própria vontade “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou” ( Jo 5:30 ; Sl 38:13 -14 ; Mt 11:29 ).

Sacrifícios são da vontade do homem “E, quando oferecerdes sacrifício pacífico ao SENHOR, da vossa própria vontade o oferecereis ( Lv 19:5 ; Lv 22:29 ), que difere da vontade de Deus, que ordenou misericórdia “E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos” ( Ex 20:6 ; Mt 12:7 ; Os 6:6 ).

Por que Moisés foi considerado o homem mais manso da terra? ( Nm 12:13 ), porque ele foi fiel em toda a casa do Senhor como servo para testemunho das coisas que se haviam de anunciar ( Hb 3:6 ), mais Cristo como Filho sobre a sua própria casa, por ser servo obediente em tudo e o anunciador de boas novas é superior a Moisés: humilde e manso de coração ( Hb 3:7 e Fl 2:8 ).

A humildade e mansidão decorre da obediência à vontade de Deus ( Hb 3:2 ). Confiar na salvação de Deus é o mesmo que ser humilde e manso, pois Deus salva os humildes, ou seja, que confiam na sua palavra, mas resiste aos soberbos ( Tg 4:6 ; 1Pe 5:5 ).

 

 9 Preguei a justiça na grande congregação; eis que não retive os meus lábios, SENHOR, tu o sabes. 10 Não escondi a tua justiça dentro do meu coração; apregoei a tua fidelidade e a tua salvação. Não escondi da grande congregação a tua benignidade e a tua verdade.

Assim como o profeta Moisés anunciava a congregação de Israel a vontade de Deus, o Filho anunciou à grande congregação que abarca todos os povos qual é a justiça do Senhor. Enquanto esteve na terra, Jesus não reteve os seus lábios de anunciar a verdade aos homens.

A lei, a retidão que estava unida ao coração do Messias (v. 8), não foi escondida, antes o Cristo apregoou que Deus é fiel à sua palavra (Verbo que se fez carne) e que, Cristo homem é a salvação de Deus ( Jo 17:3 ), ou seja, Cristo revelou o Pai ao mundo quando demonstrou ser a benignidade (graça) e a verdade de Deus ( Jo 1:14 e 18 ; Hb 2:12 ).

 

11 Não retires de mim, SENHOR, as tuas misericórdias; guardem-me continuamente a tua benignidade e a tua verdade. 12 Porque males sem número me têm rodeado; as minhas iniquidades me prenderam de modo que não posso olhar para cima. São mais numerosas do que os cabelos da minha cabeça; assim desfalece o meu coração. 13 Digna-te, SENHOR, livrar-me: SENHOR, apressa-te em meu auxílio. 14 Sejam à uma confundidos e envergonhados os que buscam a minha vida para destruí-la; tornem atrás e confundam-se os que me querem mal. 15 Desolados sejam em pago da sua afronta os que me dizem: Ah! Ah!

O Servo do Senhor apresenta suas petições ao Pai, fiado na benignidade e fidelidade do Pai ( Sl 91:1 ; Sl 17:8 ). Por que o Servo do Senhor precisaria de proteção? A resposta decorre dos versos 12 ao 15: inúmeros males haveriam de cercar o Messias deixando-o em pavor ( Sl 69:9 ).

O Messias tomou sobre si a culpa da humanidade e levou sobre si “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” ( Is 53:6 ; Mt 26:60 ; Is 53:4 ; Sl 71:7 ; Sl 89:38 ; Sl 91:15 ).

O Servo do Senhor clama por auxílio a quem pode livrá-lo (v. 13), para que os que buscavam tirar-lhe a vida fossem confundidos e os que o afrontaram fossem retribuídos segundo as suas obras ( Sl 62:12 ); “E, respondendo todo o povo, disse: O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos” ( Mt 27:25 ).

A confusão dos que buscavam tirar a vida de Cristo é patente quando o Senhor no Jardim respondeu “Sou eu!” ( Jo 18:6 ), e todos retrocederam e caíram, conforme o predito no Salmo 56: “Quando eu a ti clamar, os meus inimigos retrocederão. Por meio disto saberei que Deus está comigo” ( Sl 56:9 ).

 

16 Folguem e alegrem-se em ti os que te buscam; digam constantemente os que amam a tua salvação: Magnificado seja o SENHOR. 17 Mas eu sou pobre e necessitado; contudo o Senhor cuida de mim. Tu és o meu auxílio e o meu libertador; não te detenhas, ó meu Deus.

Todos quantos buscam a Deus, segundo a poderosa salvação que foi levantada na casa de Davi ( Lc 1:69 ), devem regozijar-se. Pelo fato de ter sido salvo pelo Senhor, continuamente dirá, mesmo sem palavras, Magnífico é o Senhor!

Após fazer alusão a alegria daqueles que confiarem em seu nome, pelo espírito de profecia, o Servo do Senhor usa o salmista para relatar a sua condição de servo: “Mas eu sou pobre e necessitado; contudo o Senhor cuida de mim. Tu és o meu auxílio e o meu libertador; não te detenhas, ó meu Deus” (v. 17 ; Ap 19:10 ).

Claudio Crispim

É articulista do Portal Estudo Bíblico (https://estudobiblico.org), com mais de 360 artigos publicados e distribuídos gratuitamente na web. Nasceu em Mato Grosso do Sul, Nova Andradina, Brasil, em 1973. Aos 2 anos de idade sua família mudou-se para São Paulo, onde vive até hoje. O pai, ‘in memória’, exerceu o oficio de motorista coletivo e, a mãe, é comerciante, sendo ambos evangélicos. Cursou o Bacharelado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública na Academia de Policia Militar do Barro Branco, se formando em 2003, e, atualmente, exerce é Capitão da Policia Militar do Estado de São Paulo. Casado com a Sra. Jussara, e pai de dois filhos: Larissa e Vinícius.

2 thoughts on “Salmo 40 – Deus se inclina para atender o seu Servo

  • Fiquei confuso com o estudo. Quando se lê os Salmos acredita-se que se trata do próprio Rei Davi. Neste estudo de vocês, entende-se que Davi fala de Cristo. Mas cristo não tinha pecados, e nesse Salmo é claro que Davi pede a misericórdia porém sem fazer expiação ou holocaustos. No caso, quem fazia expiação ou holocausto é quem tinha pecados. E aí, como fica a explicação?

    Resposta
    • Olá, Daniel.. disse bem: acredita-se que os salmos se tratam do próprio rei Davi.. No entanto, como se vê, o Salmo 40, verso 6 à 8, é aplicado pelo escritor aos Hebreus à pessoa de Cristo (Hebreus 10:5 -9), e não ao rei Davi. Davi era profeta e fazia previsões (Atos 2:30), e os salmistas foram estabelecidos para profetizar (1 Crônicas 25:1-3), por isso Jesus disse que as escrituras testificavam d’Ele, e não acerca dos profetas (João 5:39).

      Pensar que os salmos de Davi dizem respeito ao rei de Israel, levam a inconsistências como a impossibilidade dos fariseus responderem de quem o filho do homem era filho, se as escrituras testificavam de que Davi o chamou de ‘Senhor’. Como um pai chama o seu filho de Senhor?

      “Disse-lhes ele: Como é então que Davi, em espírito, lhe chama Senhor, dizendo:” (Mateus 22 : 43)

      O ‘lago horrível’, e o ‘charco de lodo’ não se refere a pecado, antes contrapõe a segurança de ter os pés sobre uma rocha, a fidelidade de Deus, e a instabilidade de um charco, a inconstância dos homens (Salmo 40:2). O Salmo 91:14 demonstra o resultado de se confiar em Deus, Cristo seria posto em um alto retiro.

      O verso 12, do Salmo 40, quando trata dos males sem números, indica a oposição dos homens ao Filho do homem; as iniquidades anunciada como pertencente ao personagem de que trata o Salmo, apesar da estranheza, de fato ‘pertencem’ a Cristo, que embora sem pecado, tomou sobre si as nossas dores (Isaías 53:4), e levou as nossas iniquidades.

      As iniquidades maiores em número que os cabelos da cabeça do Cristo, de quem profetiza o rei Davi, refere-se aos pecados que Cristo tomou por seu ao ser posto como expiação pelos pecados da humanidade.

      “E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca.
      10 Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do SENHOR prosperará na sua mão.
      11 Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si.” (Isaías 53:9 -11).

      Att.

      Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *