Considerar a justificação como um ato forense — em que a palavra “forense” significa “relacionada a um processo legal” — é uma tentativa de judicialização da justificação bíblica, o que leva a inúmeros equívocos, pois a justificação está vinculada à nova criação em Cristo, enquanto a condenação está ligada à primeira criação, resultante da ofensa de um só homem, Adão.
Embora as Escrituras destaquem que Abraão creu em Deus e que essa fé foi imputada como justiça, a plenitude dessa crença se revelou de maneira marcante somente quando Isaque foi colocado sobre o altar.
Quando evidenciou a impossibilidade dos ouvintes do Sermão da Montanha obterem justiça superior à dos escribas e fariseus fazendo o que faziam, ou até mesmo se propusessem cumprir o espírito inatingível da lei, Jesus apresentou uma alternativa: ‘Entrai pela porta estreita.’ (Mateus 7:13), pois é na porta estreita que se alcança justiça superior.
Deus providenciou salvação e quer salvar, portanto, a Sua palavra é suficiente para a salvação do homem.
Na doutrina da justificação reformada o pecador continua pecador mesmo após justificado, pois a justificação, para os reformados, é somente um ‘status’ de aceitação diante de Deus.
Como é possível um Deus justo transferir Sua ira contra os pecadores para Jesus, tratando um inocente, Jesus Cristo, o justo, como se fosse culpado?
O velho homem crucificado e morto com Cristo está justificado do pecado, mas para Deus ser justificador dos que creem …
O justo viverá de Cristo, a fé manifesta, pois de toda a palavra que sai da boca de Deus viverá o homem.
Justificação é proveniente de um ato criativo de Deus, mediante o qual o novo homem é criado participante da natureza divina.
O novo nascimento é o que confere justiça superior à justiça dos escribas e fariseus.
