Comportamento

As mulheres não podem falar nas igrejas?

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A ordem paulina, para que as mulheres ficassem caladas nas igrejas, não é de cunho machista, pois, ela não tem por base a premissa de que os homens são superiores às mulheres.


As mulheres não podem falar nas igrejas?

“As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei.” (1 Coríntios 14:34).

 

Introdução

É comum ouvir no meio cristão algumas perguntas, como: as mulheres podem ou, não, falar nas igrejas? Responda: Sim ou, não?

Há quem se dê por satisfeito com um sim ou, com um não, dependendo do seu interesse, em particular. Mas, se a resposta não agradar, algumas pessoas saem em busca de uma explicação que se amolde ao seu interesse, sem se importar com o que a Bíblia propõe.

Por isso, faz-se necessário evidenciar o seguinte alerta:

“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores, conforme as suas próprias concupiscências;” (2 Timóteo 4:3).

Como o objetivo deste artigo é esclarecer aos cristãos, de modo que não busquem ‘doutores’, conforme interesses outros, faz-se necessário analisar o motivo pelo qual o apóstolo Paulo deu essa ordem especifica às mulheres cristãs, levando-se em conta alguns princípios de interpretação das Escrituras.

 

Princípios bíblicos para a igreja

Para compreender a ordem para as mulheres ficarem caladas, temos de considerar que os apóstolos acordaram entre si em não impor encargo algum aos cristãos convertidos, dentre os gentios:

“Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão, estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e da prostituição, das quais coisas bem fazeis, se vos guardardes. Bem vos vá.” (Atos 15:28-29).

Temos de considerar que todas as coisas são lícitas aos cristãos, entretanto, se faz necessário verificar se tais coisas convêm ou, se edificam.

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.” (1 Coríntios 10:23).

Temos de considerar que todo cristão deve se portar, de modo a não causar escândalo a judeus, gentios e nem à igreja de Deus.

“Portai-vos de modo que não deis escândalo, nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus.” (1 Coríntios 10:32).

O bom porte do cristão visa não trazer entrave à divulgação do evangelho, de modo que as boas ações do crente servem de adorno à doutrina de Cristo.

“Não defraudando, antes, mostrando toda a boa lealdade, para que em tudo sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador.” (Tito 2:10);

“Não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado;” (2 Coríntios 6:3).

Não podemos esquecer que todos os cristãos, em função de estarem em Cristo, são iguais, quer sejam macho ou, fêmea:

“Porque todos quantos fostes batizados em Cristo, já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu, nem grego; não há servo, nem livre; não há macho, nem fêmea; porque todos vós sois um, em Cristo Jesus.” (Gálatas 3:27-28).

Temos de considerar que, embora os cristãos sejam livres no Senhor, tal liberdade não pode constituir escândalo para os fracos.

“Mas vede que essa liberdade não seja de alguma maneira escândalo para os fracos.” (1 Coríntios 8:9).

 

Machismo?

A sociedade de hoje possui valores, ideologias, filosofias, politicas, que inexistiam à época dos apóstolos; portanto, a análise bíblica não pode ser pautada em valores recentes, como é o caso de movimentos modernos, como o feminismo e o humanismo, por exemplo.

O homem de hoje, em função da grande transformação dos valores morais, e do surgimento de ideologias recentes, geralmente, analisa as questões comportamentais que constam na Bíblia, tendo por base a miopia que afeta a sociedade de hoje, com relação aos valores do homem da antiguidade.

Há quem diga: ‘o apóstolo Paulo foi machista’. Esse é um posicionamento equivocado de alguém que, por estar imerso em uma sociedade moderna, possui uma visão, com relação aos valores e costumes históricos, pois, o feminismo surgiu de movimentos políticos, sociais, ideológicos e filosóficos recentes, na história da humanidade.

A ordem paulina, para que as mulheres ficassem caladas nas igrejas, não é de cunho machista, pois, ela não tem por base a premissa de que os homens são superiores às mulheres e nem se baseia na supervalorização das características físicas e culturais, associadas com o sexo masculino, em detrimento daquelas associadas ao sexo feminino.

O leitor da Bíblia deve ter o cuidado de considerar as questões históricas, divorciado da visão que é própria ao homem moderno, e considerá-la segundo a perspectiva do homem da antiguidade.

 

Não é permitido às mulheres falarem

Analisemos a ordem paulina:

“As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas, estejam sujeitas, como também ordena a lei. E, se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é vergonhoso que as mulheres falem na igreja.” (1 Coríntios 14:34-35).

O apóstolo instrui os cristãos de Corinto para que as mulheres deles permanecessem caladas nas igrejas. É uma instrução para a igreja (judeus e gentios, homens e mulheres, senhores e servos), acerca do posicionamento das mulheres na igreja.

Qual o motivo para a proibição?

As mulheres eram inferiores aos homens? Não! Em Cristo, as mulheres são diferentes dos homens? Não! No corpo de Cristo se impõem encargos diferentes as mulheres? Não! As mulheres têm mais encargos que os homens? Não! As mulheres tem liberdade menor que a dos homens? Não!

A pergunta a se fazer é: as mulheres falarem nas reuniões é questão de licitude, de conveniência ou de edificação?

Observe que a recomendação paulina vem acompanhada de motivação: porque não lhes é permitido falar! O apóstolo não diz: eu proíbo as mulheres de falarem na igreja, antes: não é permitido a elas falarem.

Se fosse um mandamento do apóstolo Paulo, ele deixaria expresso:

“Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher descrente e ela consente em habitar com ele, não a deixe.” (1 Coríntios 7:12);

“Ora, quanto às virgens, não tenho mandamento do Senhor; dou, porém, o meu parecer, como quem tem alcançado misericórdia do Senhor para ser fiel.” (1 Coríntios 7:25).

Com relação à questão da mulher permanecer calada na igreja, a imposição não partiu do apóstolo, senão o apóstolo Paulo deixaria sublinhado de quem partiu a ordem.

Qual a extensão dessa proibição? Seria como um voto de silêncio às mulheres, enquanto permanecessem na reunião? Percebe-se, por outras passagens bíblicas, que não, pois era permitido às mulheres orarem e profetizarem, assim, como, fizeram Izabel, Maria, Ana, etc. (1 Coríntios 11:5).

O apóstolo Paulo deixa claro que não era permitido às mulheres falarem na igreja por ser vergonhoso e não que a liberdade da mulher necessitava de ser cerceada em relação aos homens, por serem mulheres. O termo grego traduzido por vergonhoso é αισκρος (aischros), cujo significado é ‘extremamente sujo’, ‘baixo’, ‘desonroso’.

Quem estabeleceu que era extremamente sujo, desonroso ou baixo uma mulher falar na igreja? Os apóstolos? Não! Tal concepção não teve origem entre os apóstolos e nem decorre de costumes dos judeus, antes, a determinação tem por base uma questão cultural dos gregos.

Aristóteles, no seu livro A Política, faz referência a uma frase atribuída a um dos poetas do seu povo, que diz:

“… um modesto silêncio é a honra da mulher Aristóteles, A Política[1].

Desse enunciado, percebe-se que o silêncio da mulher era uma questão cultural dos gregos, e não do apóstolo dos gentios. Tampouco, as mulheres permanecerem caladas em uma assembleia não se restringia a uma concepção do filósofo Aristóteles, antes, era questão retratada pelos poetas da Grécia, o que reflete um valor cultural intrínseco à sociedade grega, à época dos apóstolos.

O apóstolo Paulo recomenda que as mulheres dos cristãos da igreja de Corinto estivessem caladas nas assembleias (eclésia). A ordem não tem em vista todas as mulheres cristãs, antes, têm em vista as mulheres dos cristãos de Corinto.

As mulheres cristãs de Corinto deviam render-se à admoestação paulina, ou seja, obedecer, e não só isso, mas, levar em conta a regra estabelecida, que no caso em questão, pode ser uma lei, um costume, uma regra, um preceito, uma injunção, etc.

A questão em análise não se refere a presidir uma reunião, pois, à época, possivelmente nem se aventava tal questão. As mulheres deveriam permanecer caladas, mesmo se desejassem ser instruídas em alguma questão. Se quisessem alguma instrução, que perguntassem aos seus esposos em casa.

E as solteiras? Como aprenderiam? Por analogia, deveriam perguntar aos seus pais, ou seja, a quem elas estavam sujeitas.

Através do verso 35, fica sublinhado que uma mulher falar em público diante de uma plateia era indecoroso, quase que obsceno, ao passo que permanecer em silêncio lhe caia bem, quase como um adorno.

O que um cidadão grego, que ainda não havia se convertido ao evangelho, pensaria se visse uma mulher ensinando ou, perguntando em uma reunião? Tal pessoa ficaria escandalizada e reputaria que os cristãos estavam atentando contra as leis e os costumes dos gregos, estabelecendo, assim, entrave à propagação do evangelho.

O apóstolo Paulo bem sabia o entrave que surgiria, caso os cristãos fossem acusados de corromper costumes dos povos que evangelizavam:

“E, apresentando-os aos magistrados, disseram: Estes homens, sendo judeus, perturbaram a nossa cidade e nos expõem costumes que não nos é lícito receber, nem praticar, visto que somos romanos.” (Atos 16:20-21).

A mulher permanecer ou, não, calada na igreja, não era uma questão pertinente à salvação. Se a mulher falar ou, não, na igreja, mas crê em Cristo, será salva. A determinação paulina não visava questões relativas à salvação, mas, preservar a boa entrada dos cristãos entre os gregos, buscando a entrada quanto à evangelização.

Da mesma forma que, em razão da possibilidade de todos os membros do corpo de Cristo se reunirem em um único lugar e de adentrar ao recinto um indouto ou incrédulo, e todos estiverem falando em outros idiomas, de modo que a reunião se torne ininteligível para o indouto e ele reputar que todos estão loucos (1 Coríntios 14:23-25), segue-se que as mulheres dos cristãos de Corinto deveriam permanecer em silêncio nas reuniões, pois, poderia acontecer de um indouto ou, incrédulo, dentre os gregos, julgarem que estavam atentando contra a cultura grega.

“Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar e todos falarem em línguas e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos? Mas, se todos profetizarem e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado. Portanto, os segredos do seu coração ficarão manifestos e, assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós.” (1 Coríntios 14:23-25).

Da mesma forma que, caso não houvesse intérprete na igreja, era para o cristão que falasse em outro idioma permanecer calado (1 Coríntios 14:28) , as mulheres deveriam permanecer caladas, por ser vergonhoso falarem na igreja.

“Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus.” (1 Coríntios 14:28).

Considerando que a questão pertinente às mulheres de Corinto permanecerem caladas na igreja, tinha como objetivo causar boa impressão nos indoutos e incrédulos que frequentassem as reuniões (1 Coríntios 14:26), porque era indecoroso para os gregos as mulheres falarem em uma assembleia.

Considerando que não foi dado encargo somente às mulheres, mas a qualquer que quisesse falar noutro idioma à igreja, sem ter quem interpretasse, também, estava vetado a esses falar à igreja (1 Coríntios 14:28).

Considerando que a determinação para as mulheres ficarem caladas na igreja não foi repassada a outras comunidades cristãs, como vemos nas cartas de Tiago, do evangelista João ou aos Hebreus, percebe-se que a questão é de ordem cultural local.

Considerando que a ordem dada a Timóteo, para que a mulher aprendesse em silêncio, visava um obreiro encarregado de igrejas em cidades gregas, conforme se verifica:

“Como te roguei, quando parti para a Macedônia, que ficasses em Éfeso, para advertires a alguns, que não ensinem outra doutrina,” (1 Timóteo 1:3).

Considerando a ordem para a mulher aprender em silêncio e em sujeição, sendo vetado a elas o ensino e nem que usasse de autoridade sobre o marido, verifica-se que o apóstolo Paulo procurou evitar que as mulheres se utilizassem do método socrático[2] para ensinar, pois, através de perguntas simples e aparentemente ingênuas, a mulher poderia deixar de estar sujeita.

“A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas, que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão.” (1 Timóteo 2:11-14).

Dai a determinação para que as mulheres interrogassem o marido em casa, caso quisessem ser instruídas.

“E, se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é vergonhoso que as mulheres falem na igreja.” (1 Coríntios 14:34-35).

De tudo o que analisamos, conclui-se que a determinação paulina decorre de uma demanda cultural e restringe-se a um determinado povo e a uma época específica.

 

Aplicação prática hoje

Em nossos dias está vetado que as mulheres falem ou, que ensinem em uma reunião de membros do corpo de Cristo? Não!

Por que não? Porque hoje não há o entrave que existia à época do apóstolo Paulo, com relação aos costumes dos gregos, de que a modéstia da mulher estava em ficar calada na igreja.

Hoje, caso um não crente compareça em uma reunião cristã e se depare com uma mulher falando na tribuna, ou, ensinando, não será caso de escândalo como o era para os gregos, e a regra de ouro para os cristãos não estaria sendo quebrada:

“Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus.” (1 Coríntios 10:32).

Quanto ao evangelismo, ensino, ministério, etc., as mulheres não devem ser preteridas em relação aos homens. O que é inadmissível é exercerem qualquer função sendo neófitas, ou seja, não sabendo manejar a palavra da verdade.

“E peço-te, também, a ti, meu verdadeiro companheiro, que ajudes essas mulheres que trabalharam comigo no evangelho, com Clemente e com os outros cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida.” (Filipenses 4:3).

Mesmo no passado, as mulheres desempenharam papel importante no período patriarcal, bem como no período dos juízes. Pela fé alcançaram bom testemunho das Escrituras, como foram Raabe, Rute e Tamar.

Ao escrever a Tito, o apóstolo Paulo recomenda às mulheres mais experientes que ensinem as mais novas e de todas as questões elencadas, a sujeição ao marido aparece em conexão com a necessidade de o evangelho não ser blasfemado.

“As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem, para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, a serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seu marido, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada” (Tito 2:3-5).

À época do apóstolo Paulo as mulheres possuíam no Senhor a mesma liberdade que os homens, pois foram libertas da lei do pecado e da morte, porém, apesar de livres, falar na igreja em uma comunidade grega, apesar de lícito, não era conveniente e nem edificaria, antes traria escândalo e entrave ao evangelho.

 

Correção ortográfica: Pr. Carlos Gasparotto

 

[1] “Se analisarmos o assunto em maiores detalhes, ele se tornará claro. Pois iludem a si mesmos aqueles que falam em generalidades e dizem que a virtude é ‘uma boa condição da alma’, ou ‘a conduta correta’. Melhores do que aqueles que procuram definições generalistas são os que, como Górgias, enumeram as diferentes virtudes. Assim, o poeta Sófocles preferiu dizer que ‘o silêncio é a gloria de uma mulher’, mas não do homem.” Aristóteles, A Politica, Os Pensadores, Editora Nova Cultural, 1999. pág. 167.

[2]O método socrático é uma técnica de investigação filosófica feita em diálogo, que consiste em o professor conduzir o aluno a um processo de reflexão e descoberta dos próprios valores. Para isso o professor faz uso de perguntas simples e quase ingênuas que têm por objetivo, em primeiro lugar, revelar as contradições presentes na atual forma de pensar do aluno” Wikipédia.

Claudio Crispim

É articulista do Portal Estudo Bíblico (https://estudobiblico.org), com mais de 360 artigos publicados e distribuídos gratuitamente na web. Nasceu em Mato Grosso do Sul, Nova Andradina, Brasil, em 1973. Aos 2 anos de idade sua família mudou-se para São Paulo, onde vive até hoje. O pai, ‘in memória’, exerceu o oficio de motorista coletivo e, a mãe, é comerciante, sendo ambos evangélicos. Cursou o Bacharelado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública na Academia de Policia Militar do Barro Branco, se formando em 2003, e, atualmente, exerce é Capitão da Policia Militar do Estado de São Paulo. Casado com a Sra. Jussara, e pai de dois filhos: Larissa e Vinícius.

19 thoughts on “As mulheres não podem falar nas igrejas?

  • Belo estudo …agora tirei minhas dúvidas.. Isso Porque eu aprendi que as mulheres não podiam falar nas igrejas mas eu tinha ficado com muitas dúvidas mas hoje tirei todas e foram embora….. Muito obrigado pelo estudo

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    • Muito bem fundamentado e esclarecedor este estudo.
      Mas a meu ver faltou falar da referência a criação de Adão em primeiro lugar e posteriormente Eva.
      A ainda a referência ao pecado original, muito importante e que não foi abordado. “Adão não foi enganado”…
      Logo, para além de cultura local de época, Paulo revela a raiz desta doutrina no Gênesis.

      Resposta
  • Estudo ótimo, bem esplicado e de facil compreençao. Hj só fica desenformado quem quer.

    Resposta
  • Desculpe, mas não é correta essa interpretação, pois em Timóteo 2:11-15 está escrito:
    “A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição.
    Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio.
    Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva.
    E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão.
    Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, no amor e na santificação.”
    – – – – – – – – – – – – – – – –
    “As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei.
    E, se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é vergonhoso que as mulheres falem na igreja.
    Porventura saiu dentre vós a palavra de Deus? Ou veio ela somente para vós?
    Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor.
    Mas, se alguém ignora isto, que ignore.
    Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar, e não proibais falar línguas.
    Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.”

    1 Coríntios 14:34-40

    Paulo, está dizendo que isso não é só para eles – (Porventura saiu dentre vós a palavra de Deus? Ou veio ela somente para vós?
    Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor.), é um mandamento.
    Os homens e as mulheres devem ser igualmente ativos na obra de Deus. Nenhum deles deve fazer o que Deus não lhes atribuiu, mas quando cada um trabalha dentro do papel que Deus ordenou, o nome do Senhor será glorificado e sua obra cumprida. Fonte: https://www.estudosdabiblia.net/d31.htm

    Resposta
    • Olá, Marcelo..
      Não há necessidade de se desculpar, mesmo se você discordar da interpretação apresentada no Portal Estudos Bíblicos.
      Ao interpretar a passagem de 1 Coríntios 14:34, que reza: “As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei.” (1 Coríntios 14:34), tive que considerar o seguinte:
      a) “Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias:” (Atos 15:28);
      b) “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.” (I Coríntios 10:23);
      c) “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” (Gálatas 3 : 28);
      d) “Todavia, nem o homem é sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no SENHOR.” (I Coríntios 11 : 11).
      Tive que considerar também, que:
      a) “Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus.” (I Coríntios 10 : 32);
      b) “Orai por nós, porque confiamos que temos boa consciência, como aqueles que em tudo querem portar-se honestamente.” (Hebreus 13 : 18);
      c) “E isto por causa dos falsos irmãos que se intrometeram, e secretamente entraram a espiar a nossa liberdade, que temos em Cristo Jesus, para nos porem em servidão;” (Gálatas 2 : 4);
      d) “Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns.” (I Coríntios 9 : 22).
      Todos esses versos foram considerados em função do princípio áureo de interpretação bíblica: também está escrito!
      Sabemos que em Cristo não há diferença entre homem e mulher, pois se houvesse, teríamos que admitir que há diferença entre judeus e gregos. Sabemos que em Cristo há plena liberdade, anto que todas as coisas são lícitas. Mas, como é possível os de fora virem espionara liberdade que há em Cristo, certo é que mesmo todas as coisas sendo lícitas, há coisas que não convém.
      E o que não convém? Ora, para os que querem se portar honestamente em tudo, certo é que há coisas que perante alguns homens são inconvenientes e nem edificam, mesmo sendo lícitas para o cristão.
      “A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens.” (Romanos 12 : 17)
      Somos informados através de registro histórico fidedigno que, entre os gregos, a modéstia de uma mulher estava em ficar calada em público:
      “… um modesto silêncio é a honra da mulher” Aristóteles, A Política.
      Quando Paulo escreveu a Timóteo para as mulheres aprenderem em silêncio, devemos lembrar que Timóteo ficou em Éfeso, uma cidade grega (1 Timóteo 1:3), e conhecedor dos costumes dos povos, o apóstolo dos gentios sabia que não seria aceito entre os gregos uma comunidade em que as mulheres não guardassem o que era honroso.
      Embora a mulher e o homem no Senhor sejam iguais, na sociedade a mulher tinha que sujeitar-se ao marido, da mesma forma que o escravo ao seu senhor, e os cidadãos as autoridades constituídas.
      “A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão. Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, no amor e na santificação.” 1 Timóteo 2:11-15
      Ao escrever aos cristãos de Corinto, o apóstolo Paulo destaca que não era permitido a mulher nas igrejas, ou seja, ele determina que as mulheres estejam caladas, mas destaca que não é permitido as mulheres dos cristãos de Corintos falarem.
      “As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei. E, se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é vergonhoso que as mulheres falem na igreja. Porventura saiu dentre vós a palavra de Deus? Ou veio ela somente para vós? Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor. Mas, se alguém ignora isto, que ignore. Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar, e não proibais falar línguas. Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.” 1 Coríntios 14:34-40
      Observe que a ordem é para as ‘vossas mulheres’, ou seja, as mulheres dos cristãos de Corintos, e não as mulheres de todos os cristãos. Vale destacar que a cidade de Corinto era formada por gregos.
      O apóstolo destaca que era vergonhoso as mulheres falarem na assembleia o motivo da proibição, e não que era um mandamento de Deus para as mulheres. O apostolo estava tratando do que é licito, e não restringindo a liberdade da mulher em relação ao homem.
      O mandamento do Senhor dado aos cristãos é portar-se de maneira conveniente em tudo, para não dar escândalo a judeu, grego e nem a igreja de Deus.
      Att.

      Resposta
      • Bem ,você faz um apanhado nas Escrituras para fundamentar o ensino, isto é bom.
        Mais o apóstolo Paulo faz referência ao Gênesis, a criação e ao pecado original
        E encontramos que Deus puniu a serpente, a Eva e a terra
        Adão deveria viver do seu trabalho e morrer a seu tempo
        A serpente rastejaria por toda sua vida, a mulher traria filhos a terra com dor, e seria submissa ao domínio do marido.
        Falando destas coisas resumidamente.
        Veja, não se trata apenas da cultura local daquele tempo mas”ao princípio DEUS…”

        Resposta
        • Olá, Moisés..
          O texto de Gênesis é abordado em outras considerações, mas é bom destacar que, embora Eva tenha sido enganada, quem pecou foi Adão, a cabeça da raça. Somente após Adão comer do fruto os olhos de ambos foram abertos.
          Adão deveria instruir e repreender a sua mulher, e não o fez, e por isso, foi condescendente.

          A questão do texto é cultura, pois diante de Deus não há diferença entre homem e mulher, da mesma forma que não há diferença entre servo e livre.

          Att.

          Resposta
    • É isso que creio. Ex: Uma mulher não pode estar à frente duma congregação. Todos iguais perante Deus com papeis definidos.

      Resposta
  • Agradeço imensamente por esse estudo! Rico, poderoso e esclarecedor, tal como é a palavra de Deus!
    Me sinto como se tivessem tirado uma tonelada das minhas costas, pois esse assunto ficava martelando em minha mente todas as vezes em que me deparava com ele. Deus abençoe sua vida ricamente, por ter apresentado o assunto de forma límpida e sem partidarismo (homem x mulher)! Incrível como outros estudos desse tema, inclusive de pregadores renomados, traziam peso e angústia, apenas porque alguns irmãos não conseguem afastar sua visão “humana” das escrituras! Muito obrigada!

    Resposta
  • Muita coisa que ta na biblia era apenas costumes da epoca que nada tem a ver com a vontade de Deus.

    Resposta
  • Simplesmente pq a lei da época proibia as mulheres falarem em público e a igreja precisava obedecer o princípio.

    Resposta
  • Graça e paz amados!
    Excelente ensino bíblico, fui questionado sobre este assunto e como não consegui responder no atual momento, resolvi pesquisar e aqui, consegui compreender que perante Deus somos todos iguais e que para esta fala de Paulo em 1 Corintios 14:34 é exatamente devido aos costumes daquela época pois infelizmente era uma época em que as mulheres eram submissas no sentido de inferioridade aos homens e por isto Paulo não poderia quebras estes costumes. Hoje para honra e glória do Senhor Jesus temos pastoras (A minha pastora Adriane IPP Regina BH MG) abençoadas cheias do Espírito Santo e do poder de Deus para Ministras, ensinar e ganhar almas para o reino pois este é o maior objetivo “Levar a palavra a toda humanidade independentemente do sexo e sim, do conhecimento e intimidade com nosso Pai eterno.

    Que Deus abençoe a todos!
    Obrigado pelo ensiono.

    Resposta
  • A paz do Senhor.

    Agradeço bastante pelo ensinamento e que Deus continue abençoando em nome de Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador.

    Resposta
  • A arte de tentar explicar o inexplicável. Aí vc vai a Salvador, faz a mesma pergunta pra um padre, e ele se vira com um ponto de vista completamente diferente. Vai pra Porto Alegre, faz a mesma pergunta pra outro pastor, e a resposta é ainda outra. E quem quer uma resposta qualquer acredita em qualquer coisa!!

    Resposta
    • Olá, Sr Damien..

      Enquanto você perguntar para indivíduos terá resposta discrepantes. Mas, se você analisar o texto bíblico, a resposta é mais segura sempre… Faço uma análise do texto dentro de um contexto cultural.. espero ter ajudado.

      Att

      Resposta
  • Concordo plenamente com o Damien.
    Quanta falta de objetividade e quantas voltas para explicar e justificar o injustificável.
    É claro que a sociedade e cultura da época tinham esse costume de inferiorizar as mulheres, e de igual modo o escritor do texto também pensava e assim ordenava.
    Quando acreditamos cegamente em algo tentamos a qualquer custo encontrar argumentos para justificar o injustificável.
    A bíblica está repleta de ordens e histórias preconceituosas e arcaicas, que tinham um propósito político de controle social. Hoje em dia, quem crê nisto tudo como algo divino e imaculado tenta a qualquer custo enquadrar sob o ponto de vista mais confortável possível para ser aceito ou pra usar uma expressão mais popular “passar pano” e fazer com que as pessoas não questionem.
    Um pouco mais de senso crítico não faz mal a ninguém.

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  • Olá Camilo..

    Julgar eventos do passado com a visão do homem de hoje não é uma boa medida, pois se você se sente progressista hoje, amanhã a sua visão será julgada de igual modo. É bem provável que hoje você esteja inferiorizando certa classe de pessoas, quiçá com a visão de um futuro bem próximo você será julgado por inferiorizar animais, plantas, etc., pois a moral da sociedade muda constantemente.
    Não sei se você ou o Damien leram o artigo, mas o que foi evidenciado na leitura do texto paulino é que o apóstolo fez algumas recomendações aos cristãos de corintos, inseridos em uma sociedade grega, que não se devia deixar as mulheres ensinarem nas comunidades cristãs para evitar um choque cultural, consequentemente, uma perseguição da sociedade à época.
    Demonstrei que Aristóteles, um homem progressista na sua época em relação a várias questões, que ele apontou o poeta Sófocles evidenciando que para os gregos “‘o silêncio é a gloria (honra) de uma mulher’, mas não do homem”.
    Se você ler os evangelhos, para os apóstolos diante do evangelho não há diferença entre homens e mulheres, servos e livres, pobres ou ricos, mas essa não era a visão da sociedade à época, nem entre gregos, nem entre os romanos e nem entre os judeus.
    Além do mais a proposta do evangelho não é promover mudança de pensamento cultural ou estancar preconceitos, e essa questão você não vai encontrar no evangelho e, muito menos, em qualquer outro livro secular de 2000 anos ou mais.
    Se você comparar qualquer outra literatura de 2000 anos atrás com os evangelhos, você verá que em nenhuma outra produção literária você vai encontrar a seguinte defesa:

    “Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” (Gálatas 3:26-28).

    O apóstolo Paulo é bem claro: se são pessoas batizadas em Cristo, especificamente neste quesito não há diferença alguma entre elas, quer sejam de diferentes nacionalidades, homens, mulheres, escravos, livres, etc., mas essa igualdade em Cristo não deveria ser tomada por pretexto para promover revolta cultural, guerra politica, etc., pois só ocasionaria o que houve com os judeus: extermínio, como foi o promovido pelo general romano, Tito, em 70 d. C., para reprimir uma insurreição os judeus.

    Portanto, onde você pode estar vendo com os olhos do homem de hoje um costume de inferiorizar mulheres, vejo com os olhos da época que o apóstolo Paulo estava cuidando de uma comunidade cristã que estava nascendo de ser perseguida e hostilizada.

    Além do mais, muitos hoje que defendem certos posicionamentos, se tivesse nascidos há 100 anos, não teria coragem de expressar o seu pensamento em público. Alias, ainda hoje, dependendo do pais que uma pessoa nasceu, não teria coragem de expressar o que pensa. Ainda mais, pessoas que são crítica de uma sociedade de 2000 anos atrás não teria coragem de entrar em um pais de cultura diferente para protestar e propor mudança na política local.
    Hoje é mais provável que se ‘passe pano’ para questões mais graves na sociedade atual, como trafico de pessoas, tráfico de drogas, segregação social, etc., mas confortavelmente em uma sociedade que muitos outros lutaram por direitos e garantias somos bem permeáveis a emitir julgamentos acerca de sociedades que já se extinguiram com o tempo.

    Att.

    Resposta
  • Fazendo essa análise, de que esta restrição para as mulheres tem uma questão cultural da época envolvida, podemos concluir que as promessas citadas nas cartas de Paulo para as igrejas, também era algo que era direcionado especificamente para aquelas pessoas, de cada cidade? Isso também não abre um precedente para justificar que vários mandamentos e ordenanças se aplicava somente a sociedade da época e podem hoje ser modernizados? Porque o que é bom permanece igual e serve para nós e o que é “ruim” precisa ser atualizado?

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    • Olá, Fábio..
      o evangelho não trata do que é bom ou ruim.. trata de salvação para todos os povos em todos os tempos e costumes..
      Pergunto: fumar é bom ou ruim? Cristão pode fumar? Há menos de 100 anos cristãos pitavam e hoje não. Você fumaria à luz das escrituras hoje? Você teria um escravo hoje? à época dos apóstolos era permitido.
      Observe que a sua observação é um pouco rasa…
      O apóstolo Paulo fez algumas recomendações para que o evangelho, que é Cristo crucificado fosse anunciado, agora a sua observação é que mulheres não pode falar em uma reunião hoje porque o apóstolo proibiu.
      Foi Deus que proibiu as mulheres falarem na igreja? As mulheres não falarem na igreja não haverá salvação? Faz parte do evangelho anunciar a todos os povos que mulheres não podem falar, ou é algo próprio a um tempo especifico em função de uma sociedade?

      Att

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