Como se toma o cálice da salvação? Invocando a Cristo Jesus como Senhor!
Salmo 116 – Amor e gratidão para com Deus pela salvação
Conteúdo do artigo
- AMO ao SENHOR, porque ele ouviu a minha voz e a minha súplica.
- Porque inclinou a mim os seus ouvidos; portanto, o invocarei enquanto viver.
- Os cordéis da morte me cercaram, e angústias do inferno se apoderaram de mim; encontrei aperto e tristeza.
- Então invoquei o nome do SENHOR, dizendo: Ó SENHOR, livra a minha alma.
- Piedoso é o SENHOR e justo; o nosso Deus tem misericórdia.
- O SENHOR guarda aos símplices; fui abatido, mas ele me livrou.
- Volta, minha alma, para o teu repouso, pois o SENHOR te fez bem.
- Porque tu livraste a minha alma da morte, os meus olhos das lágrimas, e os meus pés da queda.
- Andarei perante a face do SENHOR na terra dos viventes.
- Cri, por isso falei. Estive muito aflito.
- Dizia na minha pressa: Todos os homens são mentirosos.
- Que darei eu ao SENHOR, por todos os benefícios que me tem feito?
- Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do SENHOR.
- Pagarei os meus votos ao SENHOR, agora, na presença de todo o seu povo.
- Preciosa é à vista do SENHOR a morte dos seus santos.
- Ó SENHOR, deveras sou teu servo; sou teu servo, filho da tua serva; soltaste as minhas ataduras.
- Oferecer-te-ei sacrifícios de louvor, e invocarei o nome do SENHOR.
- Pagarei os meus votos ao SENHOR, na presença de todo o seu povo,
- Nos átrios da casa do SENHOR, no meio de ti, ó Jerusalém. Louvai ao SENHOR.
Paralelismo
Para analisarmos o Salmo 116, será necessário abordar um pouco da estrutura da composição da poesia hebraica.
Diferentemente, das poesias ocidentais modernas, que valorizam a rima e o ritmo, a poesia hebraica é construída com encadeamento de pensamentos, chamado ‘Paralelismo’.
Embora, estudiosos apontem uma grande variedade de paralelismo, destacaremos os três principais:
- Paralelismo Sinônimo – duas estrofes, de modo que a segunda repete o pensamento da primeira estrofe, reforçando o pensamento da primeira linha.
- Paralelismo Antitético – duas estrofes ou, dois versos, de modo que a segunda estrofe estabelece um contraste com o pensamento da primeira estrofe.
- Paralelismo Sintético – a partir de um pensamento, a segunda estrofe complementa ou apresenta mais elementos.
A poesia hebraica trabalha com pensamentos, de modo que a relação que se estabelece entre a primeira e segunda estrofe ou, entre o primeiro e segundo verso, estabelece uma trava lógica que impossibilita, aos mal-intencionados, perverterem a essência do pensamento contido no texto.
O paralelismo, na poesia hebraica, constitui uma ferramenta que auxilia o leitor, quando da interpretação do texto e utilizaremos um pouco dessa ferramenta para analisar o Salmo 116.
Deus atende o clamor do seu servo
“AMO ao SENHOR,
porque ele ouviu a minha voz e a minha súplica.
Porque inclinou a mim os seus ouvidos;
portanto, o invocarei enquanto viver.” (Salmos 116.1-2).
Na declaração: “Amo ao Senhor”, qual a definição de amor? Seria uma emoção ou, um sentimento, que visa a proteção de Deus? Qual significado deve-se adotar, se há outros tantos significados para o termo ‘amor’, bastando para isso considerar a ótica das religiões, das tendências filosóficas e até da ciência?
Mas, para a análise do texto bíblico, utilizaremos uma definição apresentada por Jesus Cristo:
“Se me amais, guardai os meus mandamentos. (…) Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.” (João 14.15 e 21).
Com base na definição de Jesus, ‘ama ao Senhor’ aquele que guarda os seus mandamentos ou, seja, aquele que obedece.
“Que te farei, ó Efraim? Que te farei, ó Judá? O vosso amor é como a nuvem da manhã e como o orvalho da madrugada, que cedo passa.” (Oseias 6.4).
O amor bíblico expressa a base da relação senhor e servo, por isso o amor a Deus resume-se em serviço, obediência, de modo que amar é servir e odiar é desprezar ou, não atender:
“Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” (Lucas 16.13).
As estrofes que se seguem indicam que estamos diante de um paralelismo sintético, pois o Salmista apresenta o motivo pelo qual ‘serve’ (ama) ao Senhor. O texto não sugere emoção, empolgação, êxtase, etc., antes, plena compreensão dos atributos divinos.
O Salmista demonstra que foi atendido quanto à sua súplica, uma vez que serve ao Senhor. Ouvir a voz ou, ouvir a súplica é o mesmo que ‘inclinar os ouvidos’, ‘ser favorável’, ‘atender’ (vv. 1-2; Salmo 40.1).
“INCLINA, ó Deus, os teus ouvidos à minha oração, e não te escondas da minha súplica. Atende-me, e ouve-me; lamento na minha queixa, e faço ruído…” (Salmo 55.1-2).
A introdução do Salmo 55 é semelhante à do Salmo 116 e a segunda estrofe explica o significado de ‘inclinar’, ‘não se esconder’, etc., que é o mesmo que ‘atende’, ‘ouve’.
Como foi socorrido, o Salmista conclui: “O invocarei enquanto viver”! Os dois primeiros versículos do Salmo 116 apresentam uma disposição, três motivos e uma concussão.
Comparando, o Salmo 116 é um agradecimento, por ter sido atendido e o Salmo 55 expressa plena confiança de que será atendido: “Eu, porém, invocarei a Deus e o SENHOR me salvará.” (Salmos 55.16).
O mesmo favor demonstrado ao Salmista está ao alcance de todos os homens, pois qualquer (todo aquele) que invocar o nome do Senhor será salvo!
“E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o SENHOR, e entre os sobreviventes, aqueles que o SENHOR chamar.” (Joel 2.32).
As vicissitudes que atingiram Aquele que ama ao Senhor
“Os cordéis da morte me cercaram,
e angústias do inferno se apoderaram de mim;
encontrei aperto e tristeza.
Então invoquei o nome do SENHOR, dizendo: Ó SENHOR, livra a minha alma.” (Salmos 116.3-4).
Os eventos narrados nos versículos 3 e 4 retroagem no tempo, pois antecedem o que foi narrado nos versículos 1 e 2. Os versos 1 e 2 apontam que Deus ouviu o Salmista e os versos 3 e 4 demonstram do que o Salmista foi livre: cordéis da morte, angústia e tristeza.
É comum interpretarem ‘cordéis da morte’ como uma experiência de agonia e sofrimento excruciante pelo qual o Salmista passou, como se os Salmos tratassem das mazelas do poeta. No entanto, se faz necessário considerar que o Salmos são profecias (1 Crônicas 25.1-3) e que, na sua grande maioria, são messiânicos, portanto, são previsões acerca dos sofrimentos que o Cristo haveria de passar.
“Indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir.” (1 Pedro 1.11).
‘Cordéis da morte’ é o mesmo que ‘laço do passarinheiro’, do Salmo 91. A peste perniciosa leva à sepultura, por isso, as ‘angústias do inferno’ (Salmo 91.3), o mesmo que ‘terrores da morte’ (Salmo 55.4).
Enquanto o Salmo 116 é uma profecia messiânica, através da perspectiva de Cristo, que, por causa da paixão da morte, foi posto em angústia a tristeza, o Salmo 91, verso 15, aborda a mesma questão, porém, da perspectiva do Pai que promete livrá-lo.
“Os cordéis da morte me cercaram, e angústias do inferno se apoderaram de mim; encontrei aperto e tristeza. Então invoquei o nome do SENHOR, dizendo: Ó SENHOR, livra a minha alma.” (Salmo 116.3-4);
“Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; dela o retirarei, e o glorificarei.” (Salmos 91.15).
Esses versos dos Salmos apresentam nuances do sofrimento de Jesus, que o escritor aos Hebreus resume muito bem:
“O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia. Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu.” (Hebreus 5:7-8).
Na previsão do Salmo 116, o Salmista descreve o Deus de Abraão, Isaque e Jacó como piedoso e justo, o que o apóstolo Paulo descreve como justo e justificador (Romanos 3.26). Como conciliar a justiça de Deus com a sua piedade, vez que o culpado Ele não tem por inocente? A resposta vem a seguir: o nosso Deus tem misericórdia!
Piedoso e Justo
“Piedoso é o SENHOR e justo; o nosso Deus tem misericórdia.
O SENHOR guarda aos simples; fui abatido, mas ele me livrou.
Volta, minha alma, para o teu repouso, pois o SENHOR te fez bem.
Porque tu livraste a minha alma da morte, os meus olhos das lágrimas, e os meus pés da queda.” (Salmos 116.5-8).
Como se dá a misericórdia de Deus?
“E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos.” (Êxodo 20.6).
Deus deu a sua palavra e ela não é vazia! Deus faz misericórdia aos que O amam, ou seja, aos que guardam os seus mandamentos. Daí a essência do primeiro versículo do Salmo 116: “Amo ao Senhor, porque ele ouviu a minha voz e a minha súplica” (Salmo 116.1). A declaração ‘amo ao Senhor’ está mais para uma constatação, ante a resposta divina, do que uma declaração baseada em sentimentos.
Se Deus faz misericórdia aos que O amam e se Ele ouviu o clamor de quem fez uma súplica (v. 1), consequentemente, essa pessoa, verdadeiramente, ama a Deus. Se o Salmista registrasse que não fora atendido, o motivo seria patente: não amou ao Senhor.
“Se eu atender à iniquidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá;” (Salmos 66.18).
Daí o dito: ‘terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem eu me compadecer’ (Deuteronômio 33.19), logo após o profeta Moisés ter intercedido pelos rebeldes, em Israel, pois como Deus é justo e justificador, não tem o culpado por inocente (Deuteronômio 32.33).
O verso 6 aponta de quem Deus tem misericórdia: “O SENHOR guarda aos símplices; fui abatido, mas ele me livrou.” (Salmo 116.6).
Quem são os simples[1], neste contexto? Os que se deixam persuadir, os que são instruídos, os que se arrependem, os que se sujeitam, os que obedecem. Observe que ‘os simples’ está no plural, ou seja, todos os simples.
“Na verdade que, depois que me converti, tive arrependimento; e depois que fui instruído, bati na minha coxa; fiquei confuso, e também me envergonhei; porque suportei o opróbrio da minha mocidade.” (Jeremias 31.19).
O Salmo 16, verso 7, demonstra que o Messias seria instruído, continuamente, pelo Pai: “Louvarei ao SENHOR que me aconselhou; até os meus rins me ensinam de noite.” (Salmos 16.7).
O verso 6, parte ‘b’, é uma profecia acerca do Messias, mas, feita em primeira pessoa, enfatizando que o Cristo seria abatido, mas, que Deus haveria de livrá-Lo.
“Atende ao meu clamor; porque estou muito abatido. Livra-me dos meus perseguidores; porque são mais fortes do que eu.” (Salmos 142.6).
O verso 3, do Salmo 116, é uma descrição de como o Cristo se sentiria quando fosse abatido, mas, do Pai viria livramento.
“Atende-me, ouve-me, ó SENHOR meu Deus; ilumina os meus olhos para que eu não adormeça na morte; Para que o meu inimigo não diga: Prevaleci contra ele; e os meus adversários não se alegrem, vindo eu a vacilar.” (Salmo 13.3-4).
Como o Cristo foi socorrido por Deus? Deus permaneceu com Ele na angústia e, por fim, foi retirado da angústia e glorificado (Salmo 91.15). Em outras palavras, Cristo retornou para o seu repouso (v. 7).
Deus protegeu tanto a entrada, quanto a saída do Seu Filho, deste mundo, e concedeu livramento completo: “O SENHOR guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre.” (Salmos 121.8).
O Cristo foi livre da morte, através da ressurreição e das lágrimas, ao se assentar à destra da Majestade nas alturas, pois Ele se manteve fiel ao Pai em tudo, como descrito no Salmo 16:
“Em Deus tenho posto a minha confiança; não temerei o que me possa fazer o homem. Os teus votos estão sobre mim, ó Deus; eu te renderei ações de graças; Pois tu livraste a minha alma da morte; não livrarás os meus pés da queda, para andar diante de Deus na luz dos viventes?” (Salmo 56.11-13);
“Tenho posto o SENHOR continuamente diante de mim; por isso que ele está à minha mão direita, nunca vacilarei. Portanto está alegre o meu coração e se regozija a minha glória; também a minha carne repousará segura. Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção. Far-me-ás ver a vereda da vida; na tua presença há fartura de alegrias; à tua mão direita há delícias perpetuamente.” (Salmos 16.8-11);
“Porque tu livraste a minha alma da morte, os meus olhos das lágrimas, e os meus pés da queda.” (Salmo 116.8).
Cri, por isso falei
“Andarei perante a face do SENHOR na terra dos viventes.
Cri, por isso falei. Estive muito aflito.
Dizia na minha pressa: Todos os homens são mentirosos.” (Salmos 116.9-11).
Apesar do prenúncio de morte exarado no Salmo 116, a promessa do Pai dá suporte ao Cristo para afirmar:
“Andarei perante a face do SENHOR na terra dos viventes.” (v. 9).
Embora cordéis de morte tenha cercado o Cristo, a ponto de angustiá-lo, como a promessa de Deus é misericórdia para os que O amam, a certeza de salvação é perene. Apesar de ter sido abatido (v. 6), certo é que Deus livrou Cristo da morte (v. 8), daí a declaração plena de certeza: ‘andarei perante a face do Senhor na terra dos viventes’.
A declaração plena de certeza que consta do verso 9, estabelece o seguinte pressuposto: ‘Cri, por isso falei’!
O apóstolo Paulo citou a parte ‘a’ do verso 10, quando escreveu a sua segunda carta aos cristãos de Corinto:
“E temos, portanto, o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco.” (2 Coríntios 4.13-14).
A mesma palavra de fé que Cristo teve do Pai, que prometeu livrá-Lo da morte, é a mesma que foi empenhada aos cristãos. ‘O mesmo espírito de fé’ que o apóstolo Paulo faz referência, diz da promessa de Deus, exarada nas Escrituras, que foi dada ao Cristo e que, em espírito, disse através do salmista: ‘cri, por isso falei’.
Os cristãos, por sua vez, creram e por isso, professam a Cristo.
“Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos, A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.” (Romanos 10.8-10).
É Deus quem prometeu que Cristo seria livre da morte e que andaria na terra dos viventes e como Ele ressuscitou o nosso Senhor Jesus, nos ressuscitará, também. O mesmo poder que foi manifesto em Cristo, ressuscitando-O dentre os mortos, é o mesmo poder que opera sobre os que creem.
“E qual a sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder, que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus.” (Efésios 1.19-20).
Apesar do livramento da morte, temos um registro profético da condição emocional do Cristo, antes de ser livre da morte: ‘Estive muito aflito’! Outros Salmos fazem alusão à condição emocional de Jesus, antes da crucificação:
“Olha para mim, e tem piedade de mim, porque estou solitário e aflito.” (Salmos 25.16);
“Eu, porém, estou aflito e necessitado; apressa-te por mim, ó Deus. Tu és o meu auxílio e o meu libertador; SENHOR, não te detenhas.” (Salmos 70.5);
“Estou aflito, e prestes tenho estado a morrer desde a minha mocidade; enquanto sofro os teus terrores, estou perturbado.” (Salmos 88.15);
“Pois estou aflito e necessitado, e o meu coração está ferido dentro de mim.” (Salmos 109.22).
Por causa da condição emocional de Jesus, antes da crucificação, o profeta faz referência a Cristo, como o aflito do Senhor:
“Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu.” (Salmos 22.24).
A condição aflitiva tem um motivo bem claro: os seus algozes eram seus irmãos, segundo a carne.
“Porquanto não se lembrou de fazer misericórdia; antes perseguiu ao homem aflito e ao necessitado, para que pudesse até matar o quebrantado de coração.” (Salmos 109.16);
“E consultaram-se mutuamente para prenderem Jesus com dolo e o matarem.” (Mateus 26.4).
Enquanto aterrorizado (pressa[2])
pelo momento cruento que antecedia a crucificação (Mateus 26.39), tem-se uma constatação: “Todos os homens são mentirosos.”! Daí surge o questionamento: os judeus também são mentirosos? Por que as Escrituras não excetuam os judeus?
A resposta está na Lei e nos profetas:
“Porque este é um povo rebelde, filhos mentirosos, filhos que não querem ouvir a lei do SENHOR.” (Isaías 30.9);
“Corromperam-se contra ele; não são seus filhos, mas a sua mancha; geração perversa e distorcida é.” (Deuteronômio 32.5).
Ao escrever aos cristãos em Roma, o apóstolo dos gentios lança mão da parte ‘b’ do verso 11 do Salmo 116, para demonstrar que, diante de Deus, os judeus não são melhores que os gentios, antes, todos são pecadores (Romanos 3.9).
“De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras, e venças quando fores julgado.” (Romanos 3.4).
Por que admitir que todos os homens, sem exceção, são mentirosos? Quando admitimos o que está estabelecido nas Escrituras, estamos afirmando que Deus é verdadeiro e que é vencedor em qualquer demanda. Qualquer outro modo de se portar frente às Escrituras, é o mesmo que fazer Deus mentiroso (1 João 5.10).
O cálice da salvação
“Que darei eu ao SENHOR, por todos os benefícios que me tem feito?
Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do SENHOR.
Pagarei os meus votos ao SENHOR, agora, na presença de todo o seu povo.” (Salmos 116.12-14).
É possível retribuir os benefícios concedidos por Deus? Não. Realizar sacrifícios? Definitivamente não.
“Porque nunca falei a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, nem lhes ordenei coisa alguma acerca de holocaustos ou sacrifícios.” (Jeremias 7.22).
Como Deus não se agrada de sacrifícios, mas, que a Sua palavra seja obedecida, preparou um corpo para o Cristo, para introduzi-lo no mundo que, por sua vez, se deleitava em fazer a vontade do Pai.
“Sacrifício e oferta não quiseste; os meus ouvidos abriste; holocausto e expiação pelo pecado não reclamaste.” (Salmo 40.6; Hebreus 10.5-9).
Nada há o que o homem possa dar ao Senhor pelos seus benefícios, mas, se busca redenção, deve lançar mão do cálice da salvação, que Deus oferece aos homens, sem nada exigir em troca (gratuitamente).
Como se toma o cálice da salvação? Invocando o nome do Senhor!
“E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o SENHOR, e entre os sobreviventes, aqueles que o SENHOR chamar.” (Joel 2:32);
“Eu, porém, invocarei a Deus, e o SENHOR me salvará.” (Salmos 55.16).
‘Cálice’, nesse contexto, é uma figura que remete ao mandamento que Deus dá ao homem, para que possa ser salvo. É através do cálice que o homem nega a si mesmo e se rende à vontade de Deus.
“Sê tu a minha habitação forte, à qual possa recorrer continuamente. Deste um mandamento que me salva, pois tu és a minha rocha e a minha fortaleza.” (Salmos 71.3).
Esse é o mandamento para salvação, o cálice da salvação:
“Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” (Isaías 55.6).
O Salmo 119, verso 166, demonstra como aguardar a salvação de Deus: cumprindo os seus mandamentos!
“SENHOR, tenho esperado na tua salvação, e tenho cumprido os teus mandamentos.” (Salmos 119.166).
Jesus foi enviado ao mundo para que, por meio d’Ele, os homens creiam em Deus (João 3.16; 1 Pedro 1.21). Como Jesus foi constituído Senhor e Cristo por Deus (Atos 2.36), é imprescindível que os homens o obedeçam para se salvarem, pois só amam a Jesus aqueles que O obedecem (João 14.15).
“E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem;” (Hebreus 5.9).
O profeta Isaías aponta para quem deveriam esperar: o Deus que escondeu o seu rosto da casa de Israel.
“E esperarei ao SENHOR, que esconde o seu rosto da casa de Jacó, e a ele aguardarei.” (Isaías 8.17).
Neste ponto, se faz necessário destacar a importância do paralelismo, na poesia hebraica, que consiste em apresentar uma ideia e complementá-la.
Observe:
“Porque inclinou a mim os seus ouvidos; portanto, o invocarei enquanto viver.” (v. 2);
“Então invoquei o nome do SENHOR, dizendo: Ó SENHOR, livra a minha alma.” (v. 4);
“Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do SENHOR.” (v. 13)
“Oferecer-te-ei sacrifícios de louvor, e invocarei o nome do SENHOR.” (v. 17).
O verso 2 é agradecimento pela salvação (v. 1) e o salmista se compromete a perseverar, invocando ao Senhor. O verso 4 demonstra a forma como o salmista invocou ao Senhor: crendo que Ele é poderoso para livrar, em função dos horrores que o cercavam (v. 3).
Já os versos 13 e 14, além das relações estabelecidas com os versos antecedentes, no texto constituem uma trava lógica, pois o elemento comum nos dois versos: invocarei o nome do Senhor, vincula a ideia ‘tomar o cálice de salvação’ a ideia de ‘oferecer sacrifício de louvor’, ou seja, ‘cálice de salvação’ é o mesmo que ‘sacrifício de louvor’.
“Aquele que oferece o sacrifício de louvor me glorificará; e àquele que bem ordena o seu caminho eu mostrarei a salvação de Deus.” (Salmos 50.23).
Quem invoca ao Senhor é plantação do Senhor, é árvore de justiça, ofereceu sacrifício de louvor e Deus é nele glorificado. Nesse mesmo diapasão, tomou o cálice da salvação, pois ordenou o seu caminho, segundo a palavra de Deus.
“A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantações do SENHOR, para que ele seja glorificado.” (Isaías 61.3);
“Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.” (João 15.8).
Admitir que Jesus é o Cristo é oferecer a Deus sacrifício de louvor, ou seja, é alcançar salvação, pois, em Cristo, há um mandamento.
“Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome.” (Hebreus 13.15);
“E o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento.” (I João 3.23).
Mas, como não podemos esquecer que os Salmos são profecias (2 Crônicas 25:1-3; Lucas 24:44) e que as Escrituras testificam de Cristo (João 6:5:39), os versos 13 e 14 referem-se a Cristo:
“Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do SENHOR. Pagarei os meus votos ao SENHOR, agora, na presença de todo o seu povo.” (vv. 13 e 14).
Como Cristo ‘amou ao Pai’ (v. 1; João 15.10), tomou o cálice de salvação e foi livre dos ‘cordéis da morte’ que O cercaram e das ‘angústias do inferno’ (v. 3). Ao invocar o Pai dizendo: ‘Ó SENHOR, livra a minha alma.’ (v. 4), Jesus ofereceu sacrifício de louvor:
“E invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.” (Salmo 50.15).
“Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; dela o retirarei, e o glorificarei. Fartá-lo-ei com longura de dias, e lhe mostrarei a minha salvação.” (Salmo 91.15-16).
Ao ‘invocar o Pai no dia da angustia’, Cristo ofereceu sacrifício de louvor, ao mesmo tempo que pagou os seus votos:
“Oferece a Deus sacrifício de louvor, e paga ao Altíssimo os teus votos.” (Salmos 50.14).
Quais os votos do Messias? A resposta está no Salmo 22, um Salmo notoriamente messiânico. Anunciar o nome de Deus aos seus irmãos no meio da congregação era o ‘voto’ do Cristo:
“Então declararei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação. Vós, que temeis ao SENHOR, louvai-o; todos vós, semente de Jacó, glorificai-o; e temei-o todos vós, semente de Israel. Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu. O meu louvor será de ti na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem.” (Salmo 22.22-25).
“Porque, assim o que santifica, como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos, dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos, Cantar-te-ei louvores no meio da congregação. E outra vez: Porei nele a minha confiança. E outra vez: Eis-me aqui a mim, e aos filhos que Deus me deu.” (Hebreus 2.11-13).
Para pagar o seu voto perante o seu povo, Jesus veio para os que eram seus, mas não O receberam “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (João 1.11).
O servo do Senhor
“Preciosa é à vista do SENHOR a morte dos seus santos.
Ó SENHOR, deveras sou teu servo; sou teu servo, filho da tua serva; soltaste as minhas ataduras.
Oferecer-te-ei sacrifícios de louvor, e invocarei o nome do SENHOR.
Pagarei os meus votos ao SENHOR, na presença de todo o seu povo,
Nos átrios da casa do SENHOR, no meio de ti, ó Jerusalém. Louvai ao SENHOR.” (Salmos 116.15-19).
O verso 15 é prenúncio da morte de Cristo que, como muitos profetas da Antiga Aliança, foi perseguido e morto.
“Os quais também mataram o SENHOR Jesus e os seus próprios profetas, e nos têm perseguido; e não agradam a Deus, e são contrários a todos os homens,” (I Tessalonicenses 2.15);
“E, lançando mão dele, o arrastaram para fora da vinha, e o mataram.” (Mateus 21.39).
No verso 16, o Salmista parece se apresentar: “Ó SENHOR, deveras sou teu servo; sou teu servo, filho da tua serva; soltaste as minhas ataduras.”, entretanto, esse verso contém elementos que demonstram que o Espírito de Cristo estava sobre o salmista e quem declara ser servo do Senhor é o Cristo.
“Indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir.” (1 Pedro 1:11).
O Salmista Davi sempre é apresentado como filho de Jessé e o Salmo parece fazer referência à mãe do salmista. Se considerarmos o fato de que Jesus não é filho de José, mas de Maria, percebe-se que o Salmo 116 refere-se ao Cristo de Deus “E, regressando eles, terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o soube José, nem sua mãe.” (Lucas 2.43).
“E, quando este foi retirado, levantou-lhes como rei a Davi, ao qual também deu testemunho, e disse: Achei a Davi, filho de Jessé, homem conforme o meu coração, que executará toda a minha vontade.” (Atos 13.22).
O Senhor Jesus, apesar de ser o Filho de Deus, em meio aos homens se fez servo e o profeta Isaías d’Ele disse:
“E agora diz o SENHOR, que me formou desde o ventre para ser seu servo, para que torne a trazer Jacó; porém Israel não se deixará ajuntar; contudo aos olhos do SENHOR serei glorificado, e o meu Deus será a minha força.” (Isaías 49.5).
Cristo é verdadeiramente (deveras) o servo do Senhor, a luz dos gentios (Isaías 49:6), filho de Maria, a serva do Senhor. Diferentemente dos demais homens, o filho do homem não foi gerado por homem, antes, pelo Espírito Santo foi concebido misteriosamente (sombra) por uma virgem (Lucas 1.31).
“Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela.” (Lucas 1.38);
“Mas tu és o que me tiraste do ventre; fizeste-me confiar, estando aos seios de minha mãe. Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe.” (Salmo 22.9-10).
Em seguida, o Salmo registra os feitos do Pai para com o Seu Filho: “soltaste as minhas ataduras”! O termo hebraico traduzido por ‘ataduras’ diz de prisão, cadeia, ou seja, Cristo foi livre da morte, das lágrimas e da queda.
Os versos 17 à 19 repetem o pensamento dos versos 13 e 14 complementando-o.
“Oferecer-te-ei sacrifícios de louvor, e invocarei o nome do SENHOR.
Pagarei os meus votos ao SENHOR, na presença de todo o seu povo,
Nos átrios da casa do SENHOR, no meio de ti, ó Jerusalém. Louvai ao SENHOR.”
Inicialmente, somos informados que Cristo tomaria o cálice da salvação, ou seja, oferecendo sacríficos de louvor. Ele pagaria os seus votos a Deus, na presença de todo o seu povo, ou seja, declararia aos seus concidadãos o nome de Deus.
O último verso deixa claro que Jesus pagaria os seus votos na presença do povo de Israel, e isso seria feito, precisamente, na cidade de Jerusalém e nos átrios do templo.
“Todos os dias estava convosco ensinando no templo, e não me prendestes; mas isto é para que as Escrituras se cumpram.” (Marcos 14.49).
Uma questão de função sintática do termo ‘e’
Nas orações coordenadas temos as conjunções aditivas, que são: e, nem, também, bem como, etc. As conjunções coordenativas aditivas ligam duas orações em que a segunda oração expressa um acréscimo da ideia iniciada na primeira oração.
Quando analisamos as poesias hebraicas, geralmente estamos analisando ideias que a segunda oração apresenta, complementando a ideia da primeira oração. Por exemplo:
“Oferecer-te-ei sacrifícios de louvor e invocarei o nome do SENHOR.”
Geralmente, lemos o verso acima, considerando que a ideia defesa pelas duas orações são distintas, de modo que é preciso ao crente oferecer sacrifício de louvor E invocar o nome do Senhor.
Entretanto, como foi analisado que invocar o nome do Senhor é o mesmo que tomar o cálice da salvação, ou oferecer sacrifícios de louvor, segue-se em alguns versículos a função do ‘e’ não é dividir as ideias apresentas, antes explicá-la.
Diferentemente das conjunções aditivas, temos as conjunções coordenativas explicativas que ligam duas orações de modo que a segunda oração expressa a explicação da ideia iniciada na primeira oração.
A função do ‘e’ em algumas orações na poesia hebraica acaba assumindo o valor de ‘como’.
“Oferecer-te-ei sacrifícios de louvor”; Como?
“Invocarei o nome do SENHOR.”
Da mesma forma o verso:
“Tomarei o cálice da salvação,
e invocarei o nome do SENHOR”.
Como se toma o cálice da salvação? Invocando o nome do Senhor, pois aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Se for introduzida uma dicotomia na frase, dá-se azo ao surgimento de heresias, vez que se pregará que para ser salvo é necessário invocar a Cristo, mas que se faz necessário outras práticas, e o disseminador de heresias passará apresentar um conceito, segundo a sua visão terrena, o que seria ‘sacrifício de louvor’ e ‘tomar o cálice da salvação’.
Observe:
“AMARÁS, pois, ao SENHOR teu Deus, e guardarás as suas ordenanças, e os seus estatutos, e os seus juízos, e os seus mandamentos, todos os dias.” (Deuteronômio 11:1).
Se considerarmos que aquele que ama é o que guarda os mandamentos, conforme Cristo definiu o ‘amor’, como se lê o mandamento de Deus?
“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele. Disse-lhe Judas (não o Iscariotes): SENHOR, de onde vem que te hás de manifestar a nós, e não ao mundo? Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada. Quem não me ama não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou.” (João 14:21-24).
Jesus declarou como amou o Pai:
“Mas é para que o mundo saiba que eu amo o Pai, e que faço como o Pai me mandou. Levantai-vos, vamo-nos daqui.” (João 14:31).
Quando lemos: ‘Amarás o Senhor teu Deus’, em seguida vem o como: ‘e guardarás as suas ordenanças, e os seus estatutos, e os seus juízos, e os seus mandamentos, todos os dias.’ Através do ‘e’ parece que ordenanças, estatutos, juízos e mandamentos são coisas distintas, sendo que, na verdade, são formas de se referir a toda palavra de Deus.
“A lei do SENHOR é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do SENHOR é fiel, e dá sabedoria aos símplices.
Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro, e ilumina os olhos.
O temor do SENHOR é limpo, e permanece eternamente; os juízos do SENHOR são verdadeiros e justos juntamente.” (Salmos 19:7-9).
Os tradutores, por desconhecerem algumas nuances da poesia hebraica, acabam por introduzir um ‘e’ nos versículos que acabam por dividir a ideia apresentada, sendo que, na verdade, a ideia está sendo complementada, explicada.
“SENHOR, tenho esperado na tua salvação, e tenho cumprido os teus mandamentos.” (Salmos 119.166).
Quem espera a salvação do Senhor, efetivamente, será salvo, mas, o versículo acima divide a ideia apresentada, de modo que é necessário ao homem esperar na salvação de Deus, e, de outra banda, cumprir os mandamentos de Deus.
Ora, Deus deu os Seus mandamentos, para que, por meio deles, o homem obtivesse vida, de modo que cumprir os mandamentos é esperar na salvação de Deus.
“Porque esta palavra não vos é vã, antes é a vossa vida; e por esta mesma palavra prolongareis os dias na terra a qual, passando o Jordão, ides a possuir.” (Deuteronômio 32.47).
Correção ortográfica: Pr. Carlos Gasparotto
[1] “פתי 06612 p êthiy ou פתי pethiy ou פתאי p êtha’iy procedente de 6601; DITAT – 1853a n. f. 1) simplicidade, ingenuidade adj. 2) simples, tolo, de mente aberta” Dicionário Bíblico Strong. “פתה 06601 pathah uma raiz primitiva; DITAT – 1853; v. 1) ser espaçoso, ser aberto, ser largo 1a) (Qal) ser espaçoso ou aberto ou largo 1b) (Hifil) tornar espaçoso, abrir 2) ser simples, seduzir, enganar, persuadir 2a) (Qal) 2a1) ter mente simples, ser simples, ser ingênuo 2a2) ser seduzido, ser enganado 2b) (Nifal) ser enganado, ser ingênuo 2c) (Piel) 2c1) persuadir, seduzir 2c2) enganar 2d) (Pual) 2d1) ser persuadido 2d2) ser enganado” Dicionário Bíblico Strong.
[2] “02648 חפז חחפפזז חפז chaphaz uma raiz primitiva; DITAT – 708; v 1) correr, fugir, apressar, temer, estar aterrorizado 1a) (Qal) estar com pressa, estar alarmado 1b) (Nifal) estar com pressa” Dicionário bíblico Strong.
Graça e paz! Quero agradecer pela explicação detalhada, mais simples da Palavra, verdadeiramente muito me ensina e me faz ter uma melhor compreensão deste Salmo.
Deus seja louvado na sua vida, que alimento sólido, estou maravilhado pelas riquezas das concordâncias bíblicas aqui aplicadas, que vc continue sendo este instrumento da poderosa palavra de Deus.