Se fosse necessário ao cristão matar o velho homem todos os dias, isto implicaria em recair da graça que está em Cristo diariamente e, portanto, precisaria se arrepender (metanoia) novamente todos os dias.
Se a pergunta de Tiago fosse feita pelo evangelista João, seria assim: “Meus filhinhos, que proveito há se alguém disser que ama, e não tiver obras? Pode esse amor salvá-lo? ” “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.” (1 João 3.18).
O verbo grego πωρόω (“endurecer”) remete ao hebraico שָׁמַן (“engordar” ou “não ser receptivo”), indicando que o endurecimento de Israel ocorreu porque foram protegidos e engrandecidos por Deus. Contudo, em vez de responderem com obediência e gratidão, rebelaram-se contra o próprio Deus que os sustentou. A prosperidade, que deveria inspirar adoração e fidelidade, tornou-se motivo de orgulho e afastamento, ou seja, endurecimento (Deuteronômio 32:15).
Paulo destaca que o pecado, como condição que separa o homem da vida que há em Deus, é anterior ao advento da lei mosaica. Isso levanta questões fundamentais: se o pecado estava no mundo antes da lei, como sustentar que o pecado não é imputado sem a presença de uma lei?
A Bíblia deixa claro que o pecador morto em delitos e pecados deve morrer para o pecado a fim de ser justificado (liberto).