Quando Deus diz que visitará a maldade dos pais nos filhos (que é totalmente diferente da ideia de maldição), de duas a três gerações, Ele faz referência ao mau que reside na natureza do homem que foi herdado do pecado de Adão. Este mal que existe na natureza do homem gerado segundo a vontade da carne, vontade do varão e do sangue não se extingue indefinidamente (duas a três gerações=não é possível contar as gerações que o mal adquirido em Adão alcançará), pois o mal que Deus visitará refere-se ao pecado de Adão que passa de geração a geração.
Maldição hereditária
Alguns cristãos acreditam em maldições hereditárias, isto porque provavelmente nunca leram ou nunca meditaram o que Deus disse por intermédio dos profetas Jeremias e Ezequiel:
“E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Que tendes vós, vós que dizeis esta parábola acerca da terra de Israel, dizendo: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram?” ( Ez 18:1 -2)
“Naqueles dias nunca mais dirão: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram”
( Jr 31:29 )
Deus repreendeu o povo de Israel acerca de um provérbio descabido que era proferido por eles, com uma pergunta semelhante a esta: Acaso Deus seria injusto, punindo os filhos em lugar dos pais?
A Bíblia é clara: “De que se queixa pois o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados” ( Lm 3:39 ). Haveria como os filhos se queixarem dos pecados de seus pais?
As queixas dos homens são provenientes de seus próprios pecados, sem qualquer referência as ações de outrem (quer pais ou nação).
Jamais Deus trataria os filhos dos homens segundo a maldade dos pais “A alma que pecar, essa morrerá” ( Ez 18:4 ). Deus não imputa os pecados dos pais aos filhos.
Aqueles que acreditam em maldição hereditária falam segundo as mesmas palavras do povo de Israel, só que de um modo mais ‘polido’ e ‘ameno’: “Contudo, diz a casa de Israel: O caminho do Senhor não é direito” (v. 29).
A vontade de Deus é que o ímpio se converta do seu mau caminho e tenha vida (v. 23), mas as opressões que os homens sofrem aqui neste mundo são conseqüências de seus próprios atos ( Ez 18:17 ).
Muitos utilizam a passagem de Is 10:27 para falar em maldição hereditária, e os que defendem tal concepção fazem uma interpretação do versículo divorciado do contexto.
Este versículo ( Is 10:27 ) fala de como seria o livramento que Deus haveria de dar a Israel. Observe que a assíria foi utilizada por Deus para punir a maldade de Israel (vara da minha ira) Is 10:5 , porém, não era para o povo de Israel temer a assíria quando estivessem sendo punidos Is 10:24 , visto que, após Deus cessar de punir o povo de Israel (v. 12), a assíria também seria julgada e punida pelas suas maldades.
Ou seja, o texto bíblico demonstra que, quando Deus executasse o julgamento da assíria, Israel estaria livre deles. Portanto, não havia motivo para temerem a vara da ira de Deus (os assírios).
Onde há maldição hereditária, ou quebra de maldição neste texto?
Vê-se também a infidelidade na interpretação desse texto bíblico: Ex 20:4 a 5.
O homem deve obedecer a Deus com medo da sua punição ou porque Ele é misericordioso?
É certo que aquele que desobedece a Deus será punido, no entanto, o que motiva o homem obedecer a Deus é o amor e a misericórdia que Ele tem demonstra às suas criaturas “Mas comigo está o perdão, para que sejas temido” ( Sl 130:4 ).
O que diz Ex 20:4 -5?
Os versículos falam de um dos atributos de Deus e dá o motivo pelo qual lhe devemos obediência.
Observe estes versículos:
a) “Uma coisa disse Deus, duas vezes a ouvi: que o poder pertence a Deus. A ti também, Senhor, pertence a misericórdia; pois retribuirás a cada um segundo a sua obra” ( Sl 62:11 -12). Esta referência a números (uma, duas) remete a ideia de precisão, exatidão. Deus é exato, pleno em todos os seus atributos; a retribuição de Deus será conforme as obras de cada um;
b) “Eis que tudo isto é obra de Deus, duas e três vezes para com o homem, para desviar a sua alma da perdição…” ( Jo 33:29 ). Eliú ao falar da misericórdia de Deus demonstra que ela é exercida de maneira plena, sem restrições, infinitamente, ou seja, duas a três vezes! Haveria uma unidade de medida que pudéssemos mensurar a misericórdia de Deus? Não! O que demonstra que o modo de referir-se a misericórdia de Deus desse modo, o escritor não tinha como representar em números a extensão da misericórdia de Deus;
c) “…que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração (…) E faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos” ( Ex 20:5 -6). Este versículo demonstra que Deus visita a maldade (ele não visita a maldição) dos pais sobre os filhos, porém, diante da misericórdia de Deus, a maldade é finita, pois a misericórdia e demonstrada sem medida (em milhares).
(Observe que os textos que utilizam uma seqüência numérica, geralmente aparecem em conexão com textos que falam da misericórdia de Deus)
Quem apregoam a necessidade de quebra de maldição hereditária utilizam-se da mesma artimanha que satanás fez ao enganar Eva, enfatizando a proibição na ordem de Deus que foi dada ao casal no Éden, em detrimento da liberdade que possuíam.
Eva podia comer de todas as árvores do Jardim do Éden, mas satanás enfatizou a proibição deste modo: “É assim que Deus disse: ‘Não comerás…” ( Gn 3:1 ). O que Deus realmente disse: “De toda a árvore do jardim comerás livremente…” ( Gn 2:17 ).
Da mesma forma que a serpente, os seguidores da ‘doutrina’ da quebra de maldição geralmente distorcem textos bíblicos que enfatizam a misericórdia de Deus para amedrontar os incautos!
Eva possuía plena liberdade, tanto que lhe foi garantido o livre acesso a árvore que lhe fora vetada. Porém, satanás enfatizou a proibição para enganá-la.
Versículos como os citados acima apontam para a misericórdia de Deus, e os pregoeiros da maldição hereditária enfatizam uma maldição que não existe.
Analisemos a ordem divina no livro do Êxodo, que os pregoeiros da maldição hereditária lançam mão para enganar os incautos.
Juntamente com os dez mandamentos Deus apresentou o motivo pelo qual eles deveriam obedecer: “Não farás (…) porque Eu, o Senhor teu Deus, sou Zeloso, que visito a maldade dos pais (…) e faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos” ( Ex 20:5 -6).
A ênfase destes versículos está na misericórdia e no zelo de Deus, e não na visita de Deus sobre a maldade dos homens.
Quando Deus diz que visitará a maldade dos pais nos filhos (que é totalmente diferente da ideia de maldição), de duas a três gerações, Ele faz referência ao mau que reside na natureza do homem que foi herdado do pecado de Adão. Este mau que existe na natureza do homem gerado segundo a vontade da carne, vontade do varão e do sangue não se extingue indefinidamente (duas a três gerações=não é possível contar as gerações que o mau adquirido em Adão alcançará), pois o mau que Deus visitará refere-se ao pecado de Adão que passa de geração a geração.
Esta maldade que o versículo torna evidente refere-se ao mau que decorre da natureza humana decaída, e Deus há de visitar, ou seja, pedir conta a todos que não se arrependeram. Os interpretes da doutrina da maldição hereditária cometem o mesmo erro dos interpretes de Israel quando esquecem de considerar o mau decorrente da natureza pecaminosa herdada de Adão “Teu primeiro pai pecou, e os teus intérpretes prevaricaram contra mim” ( Is 43:27 ).
Qual o primeiro pai do povo de Israel? Abraão? Não! O primeiro pai de Israel foi Adão, e por isso ainda recaía sobre eles o mau decorrente da queda. Eles não podiam invocar por pai Abraão enquanto estivessem sob o mau de Adão. Ser descendente da carne de Abraão é o mesmo que ser filho da ira, filho da desobediência, filho de Adão, pois a filiação divina somente vem por fé, a mesma fé que teve o crente Abraão.
Por nascer de uma semente corruptível, a semente de Adão, todos os homens carregam em si o mau do primeiro Adão. Somente através do último Adão, que é Cristo, este mau é extirpado.
Mas, àqueles que amam a Deus, ou seja, que guardam os seus mandamentos, o Senhor faz misericórdia em milhares. Onde o pecado abundou (duas a três gerações) a graça superabundou (misericórdia em milhares).
“Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso todos pecaram” ( Rm 5:12 )
Como o pecado passou a todos os homens, este fato é descrito no livro do Êxodo através da visitação divina de duas a três vezes (indefinidamente, um número demasiadamente grande que é impossível precisar) a maldade (pecado de Adão) dos pais nos filhos. Um pecou, logo, todos pecaram, e esta maldade passa de geração a geração. Onde se encaixa a doutrina da maldição hereditária?
“Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa (…) assim pela obediência de um, muitos serão feitos justos” ( Rm 5:15 -19)
A misericórdia que Deus revelou em Cristo trouxe salvação para todos os homens e não vemos qualquer referência a uma ideia de quebra de maldição, opressão maligna, macumba, encosto e outras crendices difundidas pelos adeptos do espiritismo.
A misericórdia de DEUS não é demonstrada em mudança na qualidade de vida dos que por ela são alcançados. Jesus não veio cuidar das injustiças sociais. Jesus não propôs aos homens riquezas, antes alertou que no mundo o homem é passível de aflições.
O evangelho de Cristo não é o da prosperidade. A teologia da libertação e outras doutrinas semelhantes não são segundo o evangelho de Cristo.
Deus visita sim a maldade dos pais nos filhos, visto que, tal maldade está atrelada a incircuncisão do coração. Para eliminar esta maldade é preciso nascer de novo, dando cabo da natureza (morte) herdada de Adão “Circuncidai, portanto, o vosso coração, e não mais endureçais a vossa cerviz” ( Dt 10:16 ).
Paulo demonstra que em Cristo nos livramos desta natureza perniciosa quando recebemos a circuncisão de Cristo ( Cl 2:11 ).
Quando Deus avisa que não se deve transgredir é porque Ele é misericordioso até mil gerações (indefinidamente Deus exerce misericórdia). Ele avisa porque é misericordioso, para que o homem não prossiga no caminho mau, que conduz à perdição.
Misericórdia é para aqueles que amam a Deus, ou antes, que são amados por Ele. Porém, a ‘visita’ do Senhor é certa sobre aqueles que não o amam, como foi a última visita de Deus na viração do dia no Éden.
O que está registrado em Êxodo é a mesma lição que extraímos do ( Sl 130:4 ). Deus é temido pela sua misericórdia e não pela certeza da punição.
“Mas contigo está o perdão, para que sejas temido” ( Sl 130:4 )
Deus repreendeu o povo de Israel por proferirem um provérbio que não correspondia a realidade dos fatos. Deus interroga os seus interlocutores através do profeta Ezequiel sobre o que eles tinham ( Ez 18:2 ).
Dizer que há maldição hereditária é o mesmo que propagar a ideia do provérbio que diz: “Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que se embotam” ( Ez 18:2 b).
Deus é enfático aos que propagam tal pensamento: “A alma que pecar, esta morrerá” ( Ez 18:4 b).
Isto porque Deus não tem prazer na morte do ímpio, antes é da sua vontade que todos se convertam e vivam. Dizer que os dentes dos filho embotam em lugar dos pais é o mesmo que dizer que Deus não é justo “Contudo, diz a casa de Israel: O caminho do Senhor não é justo” ( Ez 18:29 ).
Tal concepção é um engodo do diabo, visto que Deus julgará a cada um conforme seus caminhos (julgamento de obras).
a) Todos os homens sem Cristo estão sob condenação por causa da transgressão de Adão;
b) Todos os homens virão a juízo com relação as suas obras: uns no Tribunal de Cristo, e outros no Grande Trono Branco.
Para quem deseja escapar do mau herdado de Adão precisa nasce de novo, visto que, somente através do novo nascimento é lançado do homem as suas transgressões. Somente através do novo nascimento é criado no homem um novo coração e um novo espírito ( Ez 18:31 ; Sl 51:10 ).
A única maldição que acompanha os filhos dos pais é a maldição do pecado, que está atrelada a natureza do velho homem. Somente aqueles que tomam a sua cruz e seguem após Jesus até o calvário, morrem, são sepultados e ressurgem uma nova criatura, livres da maldição do pecado.
Bom dia, tenho uma dúvida.
Minha mãe frequenta centro de macumba a muito tempo, desde que me conheço por gente, ela nunca aceito o meu casamento, pois minha esposa é quinze anos mais velha do que eu, temos um filho de 19 anos e nos amamos, minha mãe é muito controladora e possessiva, ela e minha esposa possuem um relacionamento bem distante, quando namorávamos, minha mãe certa vez a ofendeu muito.
Minha dúvida é, desde que me casei, nossa vida sempre foi de dificuldades, somos casados a vinte anos, convertidos, sou formado ela também e já se aposentou, a questão é, estou desempregado a 3 anos, abri uma empresa a 4 anos que ainda não me deu lucro, e tudo o que tento fazer não vai para frente. Se minha mãe em algum momento amaldiçoou meu casamento, ela sendo minha mãe teria algum efeito na minha vida?
Obrigado
Olá, amado..
A pergunta é simples e a resposta mais ainda: a sua mãe jamais conseguiria amaldiçoar você ou o seu casamento, não importando qual a religião dela. Um único entrave, caso ela tenha proferido algum tipo de maldição, é no campo psicológico, vez que, se a pessoa supostamente amaldiçoada não tiver conhecimento bíblico, acabará se anulando em função de um pensamento equivocado.
A única pessoa que pode abençoar ou amaldiçoar é Deus, pois somente Ele possui poder para tal. Os anjos e os demônios não podem interferir na vida das pessoas, abençoando ou amaldiçoando, sem que Deus o tenha estabelecido.
Você deve considerar que foi Deus que instituiu o trabalho, e a regra de ouro é: o trabalhador comerá do suor do seu rosto! Ninguém comerá das bençãos de Deus, ou ficará com fome por maldição de Deus, pois Ele não contraria a sua palavra. Se você trabalhar, você é digno do seu salario.
Se você está sem trabalho, não é maldição ou praga, mas algo relacionado a conjuntura econômica do pais, aliado a questões de cunho pessoal: preparação para o mercado de trabalho, desenvoltura profissional e de comunicação, amizades, etc.
Quando a Bíblia diz: “Como ao pássaro o vaguear, como à andorinha o voar, assim a maldição sem causa não virá.” (Provérbios 26 : 2), a ideia defesa pelo Pregador não é a existência de pregas e maldições cunhada através de feitiçaria ou imprecações. Há maldição quando o homem desobedece a palavra de Deus, e benção quando obedece.
Uma maldição ou praga pronunciada, seja quem for, assemelha-se a um desejo. Tanto o desejo quanto a maldição tem o mesmo potencial: nenhum.
Balaão tentou amaldiçoar o povo de Israel, e não conseguiu. Mas, Deus estabeleceu sobre dois montes a bênção e a maldição (Gerizim e Ebal) “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência,” (Deuteronômio 30 : 19).
Mas, mesmo na maldição tinha a misericórdia de Deus estampada: um sinal de que deveriam mudar de atitude e voltarem a servir a Deus.
“E serão entre ti por sinal e por maravilha, como também entre a tua descendência para sempre. Porquanto não serviste ao SENHOR teu Deus com alegria e bondade de coração, pela abundância de tudo.” (Dt 28:46 -47)
No Novo Testamento não temos uma nação em particular, antes a bênção de Deus é para todos os povos. A única maldição é a condenação em Adão para aqueles que não creem.
Devemos ter em mente que, o ídolo nada é, portanto, nada que se peça aos ídolos é efetivo, e nem o que se pede aos demônios.
Um crente em Cristo tem que ter medo de se deixar enganar por heresias, do que ter apreensão ante alguém que frequenta uma religião claramente não cristã.
Amado, em qualquer empreendimento devemos nos preparar e mudar de estratégia. quando mudamos de estratégia, devemos esperar os frutos do que plantamos. Se a estratégia for equivocada, não teremos os frutos esperados. Mais uma coisa é certa: o trabalhador é digno do seu salário, e tudo o que plantamos produz os seus frutos.
Att.