Salvação

Você é realmente salvo?

As religiões buscam demonstrar que o homem é pecador através de questões morais e legais, mas a Bíblia demonstra que todos se tornaram pecadores por causa de uma única ofensa “E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo”  ( Jo 16:8 ).


Você é realmente salvo?

Introdução

Muitos cristãos não sabem se são salvos, insegurança que advém de certos posicionamentos doutrinários, ou por não compreender alguns versos da Bíblia.

Versos que contêm advertência quanto aos cuidados com a salvação parecem suplantar as garantias contidas no evangelho, e muitos duvidam se realmente são salvos.

Como compreender a advertência contida no seguinte verso:

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” ( Mt 7:21 ).

Diante deste verso, muitos duvidam de sua salvação e questionam-se sobre a possibilidade de estarem enganados por acreditarem que são salvos. Além da dúvida, ainda encontram os pseudos mestres do cristianismo que se utilizam do versículo somente para incutir medo nas pessoas, mas que também não compreendem a verdade ali contida.

Quando Jesus disse: ‘Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!’, estava falando a uma multidão demonstrando que, não basta chamá-lo de Senhor, antes, é necessário fazer a vontade de Deus para poderem entrar no céu.

Jesus esclareceu os seus ouvintes sobre o que é necessário fazer para ter garantia da salvação quando demonstrou aos seus ouvintes que dizer ‘Senhor, Senhor’, não garante salvação. A garantia de salvação está em fazer a vontade do Pai celestial. Jesus não demonstrou somente o que não garante salvação e deixou por conta do homem decidir por si mesmo qual é a vontade de Deus. Não! Jesus veio ao mundo fazer a vontade do Pai e declarar ao homem qual é a vontade de Deus a ser realizada pelo homem para alcançar a salvação.

A vontade de Deus

Qual é a vontade de Deus que, se o homem realizar, garante entrada nos céus?

Alguns pregadores, de posse deste verso arrematam dizendo que tais palavras têm por alvo aqueles que ‘professam’ publicamente com os lábios que crê em Cristo, mas que nunca se converteram genuinamente, alegando que confessar que creu em Cristo não redunda em salvação se o penitente não obedecer a Deus fazendo a sua vontade, o que gera confusão, pois não esclarecem qual é a vontade de Deus, ou pior, alegam que conformar-se com comportamentos estabelecidos pela sociedade como correto é realizar a vontade de Deus.

Uma coisa é certa: só entrará nos céus quem nascer de novo! Só entrará nos céus quem tiver obra superior a dos escribas e fariseus! Só entrará nos céus quem faz a vontade Deus! Ora, a vontade de Deus é especifica: que creiam em Cristo.

A obra de Deus, ou o mandamento de Deus, ou a vontade de Deus resume-se na seguinte frase: “E o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento” ( 1Jo 3:23 ; Jo 6:29 ).

Ora, se a vontade de Deus é que os homens creiam em Cristo, quando Jesus disse que não basta dizer: -‘Senhor, Senhor’, mas que é necessário realizar a obra de Deus – a essência da mensagem de Cristo é que cressem n’Ele “Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou ( Jo 6:29 ).

Fazer a vontade de Deus resulta em salvação, nunca o contrário, que a salvação resulta em fazer a vontade de Deus. Chavões como: ‘Tu não fazes a vontade de Deus para que sejas salvo, mas farás a vontade de Deus se és verdadeiramente salvo’, possui um equivoco tremendo.

Muitas vezes o pecador ouve que é pecador por ter sido gerado de Adão e que necessita de Cristo para ser salvo, e após o pecador crer que Jesus é o Filho de Deus que tira o pecado do mundo, tem a sua confiança desconstruída em função do argumento de que ‘o verdadeiro fruto da salvação é fazer a vontade de Deus’. Está é uma das artimanhas de Satanás que está ao derredor buscando a quem possa tragar. Este é um engano de perdição, pois crer em Cristo é a vontade de Deus, condição essencial para entrar no reino dos céus, quando o crente passa a estar em Cristo e Cristo no crente “E aquele que guarda os seus mandamentos nele está, e ele nele. E nisto conhecemos que ele está em nós, pelo Espírito que nos tem dado” ( 1Jo 3:25 ).

Crer em Cristo como o Cristo de Deus que havia de vir ao mundo é o mesmo que estar em Cristo, portanto, quem crê torna-se nova criatura, pois basta crer em Cristo para o homem cumpra o mandamento de Deus.

Quando o carcereiro de Filipo perguntou ao apóstolo Paulo e a Silas o que deveria fazer para se salvar, a resposta foi especifica e categórica: creia no Senhor Jesus! “E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar? E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” ( At 16:30 -31).

Quem crê que Jesus é o Filho de Deus vence o mundo “Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?” ( 1Jo 5:5 ). Em admitir que Jesus Cristo é o Filho de Deus e que Deus o ressuscitou dentre os mortos está a salvação “A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” ( Rm 10:9 ).

Confissão

Quando se crê em Cristo, ou seja, quando se faz a vontade de Deus, o homem passa a estar ligado à videira verdadeira. Por ser uma vara ligada à videira é impossível não dar fruto “Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” ( Jo 15:4 -5; 1Jo 3:25 ).

Quando Jesus diz: ‘Estai em mim e eu em vós’, estava dizendo: – “Façam a vontade do Pai”; – “Creiam que Eu sou o enviado de Deus”; – “Realizem a obra de Deus”, pois qualquer que crê em Cristo passa a estar em Cristo e Cristo no crente. Para estar em Cristo basta crer em Cristo ( Jo 14:1 ), pois este é o mandamento de Deus que resulta em salvação, uma vez que Cristo foi enviado por Deus para que todo aquele que nele crê não pereça, antes tenha a vida eterna ( Jo 3:16 ).

O fruto que o crente produz é professar o nome de Jesus como salvador do mundo “Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome” ( Hb 13:15 ). Fazer a vontade de Deus é crer em Cristo, e o fruto daquele que crê consiste em professar a Cristo, o fruto dos lábios, que não é o mesmo que ‘fruto da salvação’ ( Hb 13:15 ).

O mandamento é crer em Cristo, o fruto é anunciar as boas novas do evangelho, pois no fruto está a semente que produz vida. É um equivoco grotesco confundir o fruto dos lábios com o mandamento de Deus.

A evidência da salvação está em que Deus ressuscitou o Seu Filho dentre os mortos, e que todo o que obedece a Deus crendo em Cristo é salvo, pois o seu mandamento é crer em Cristo.

Se o Cristão crê que Jesus é o salvador do mundo, o Filho de Deus nascido na casa de Davi, que viveu sem pecado, foi morto e ressurgiu dentre os mortos e está assentado à destra do Pai nas alturas, está salvo, como se lê: “O qual antes prometeu pelos seus profetas nas santas escrituras, Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne, Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor” ( Rm 1:2 -4).

Não deixe que outra pessoa examine a autenticidade da tua salvação, antes prove, analise a si mesmo se permaneceis crendo em Cristo, pois Ele é a fé que havia de se manifestar e que nos foi manifesta ( Gl 3:23 ). Se o crente permanece crendo que Jesus é o Cristo conforme diz as Escrituras, é aprovado diante de Deus.

Se alguém tentar por em dúvida a salvação de quem creu em Cristo, basta fazer o recomendado pelo apóstolo Paulo aos cristãos de Corintos: Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados” ( 2Co 13:5 ).

É por este motivo que o crente deve se interirar do que alcançou após ouvir o evangelho e crer em Cristo Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa” ( Ef 1:13 ).

Agora, se o cristão desconhece que está em Cristo e que Cristo está nele; se desconhece que é nova criatura por estar em Cristo; se desconhece que é templo, habitação do Espírito de Deus; se desconhece que é o corpo de Cristo; se desconhece que é luz no Senhor; se desconhece que é filho de Deus; se desconhecer que foi batizado na morte de Cristo; se desconhece que já ressurgiu com Cristo dentre os mortos; se desconhece que o Pai e o Filho vieram e fizeram nele morada, qualquer questão proveniente do anticristo demoverá tal cristão da sua fé e será achado reprovado “Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados” ( 2Co 13:5 ).

O cristão que não compreende que a vontade de Deus é crer em Cristo, ou que não compreende que crer em Cristo é suficiente para redundar em salvação, é comparável à semente caída a beira do caminho, suscetível de o maligno vir e arrebatar a semente, conforme lemos na parábola do semeador: “Ouvindo alguém a palavra do reino, e não a entendendo, vem o maligno, e arrebata o que foi semeado no seu coração; este é o que foi semeado ao pé do caminho” ( Mt 13:19 ).

Se o crente crê que:

a. Era pecador porque era descendente de Adão, porque foi gerados em pecado ( Rm 3:23 );

b. Jesus foi enviado ao mundo para salvar a humanidade porque todos estavam alienados de Deus por causa da ofensa de Adão ( Jo 3:16 );

c. Jesus é o Verbo eterno que no princípio estava com Deus ( Jo 1:1 -2), e sendo Deus, esvaziou-se do seu poder e glória e tornou-se homem ( Fl 2:7 );

d. Jesus foi introduzido no mundo como o Unigênito Filho de Deus gerado no ventre de Maria pelo Espírito de Deus ( Jo 1:18 ; Mt 1:18 );

e. Jesus viveu entre os homens, foi participante de todas as aflições, porém, sem pecado ( Hb 2:17 );

f. Jesus foi crucificado, morreu, foi sepultado e ressurgiu ao terceiro dia e está assentado à destra de Deus nas alturas ( Rm 1:3 -4), significa que se arrependeu, ou seja, que a sua concepção foi mudada, transformada pela mensagem do evangelho e efetivamente salvo.

Arrependimento genuíno

Há uma má leitura acerca do que é o arrependimento genuíno que também turva o entendimento de muitos cristãos. Arrependimento segundo a Bíblia diz de mudança de concepção, de entendimento. Quando Jesus diz ao Fariseus: “… se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis” ( Lc 13:5 ), estava demonstrando que, apesar de pensarem que estava em condição privilegiada diante de Deus por serem descendentes de Abraão, na realidade, se não mudassem a concepção que tinham, pereceriam do mesmo modo que aqueles gentios que os fariseus haviam acabado de emitir um julgamento.

Arrependimento não é confessar erros e crimes cometidos. Arrependimento não é ir a um confessionário. Arrependimento não é penitenciar-se. Arrependimento não é remorso. Arrependimento, ‘metanoia’ no grego, é deixar de ter um conceito para abraçar uma nova compreensão.

Os fariseus acreditavam que era salvos por serem descendentes de Abraão, porém, se um fariseu se arrependesse, deveria substituir a concepção de que era salvo por ser descendente de Abraão pela concepção de que a salvação se dá em Cristo, o descendente prometido a Abraão. É por isso que João Batista disse aos escribas e fariseus: – “Arrependei-vos. Ou seja, mudem a concepção de vocês, pois para ser salvo não basta pensar que tendes por pai a Abraão, pois das pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão”; “Mude a concepção de vocês, pois o reino de Deus está entre vós”.

Dizer: – ‘Senhor, Senhor’, é portar-se como alguns judeus que diziam crer em Cristo ( Jo 8:31 ), mas que ao serem questionados, apresentaram a sua real crença: “Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu: Sereis livres?” ( Jo 8:33 ).

Apesar de muitos judeus crerem em Cristo, criam ao seu modo, pois entendiam que Cristo era um dos profetas, ou que era somente um dos filhos de José e Maria. Eles não criam em Cristo como o descendente prometido a Davi; não criam que Cristo é superior a Abraão; não criam que Cristo existia antes de Abraão; não criam que Jesus é o Eu Sou ( Jo 8:53 ).

Os judeus criam em Deus, porém, não queriam obedecê-Lo, por isso Jesus disse aos seus discípulos: “Crede em Deus, crede também em mim” ( Jo 14:1 ). O protesto de Tiago quanto ao posicionamento dos judeus é claro: “Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o creem, e estremecem”( Tg 2:19 ). Mas, por que Tiago protestou deste modo? Porque o mandamento de Deus é que os homens creiam em Cristo, e quem, na verdade, crê em Deus, deve crer em Cristo “E Jesus clamou, e disse: Quem crê em mim, crê, não em mim, mas naquele que me enviou”( Jo 12:44 ). Se não crer em Cristo, na verdade não crê em Deus “Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou” ( Jo 5:23 ).

Crer é suficiente e crer é o exigido para a salvação da alma. Quando alguém alega que ser salvo ‘não é apensas crer, antes que há um crer específico’ somente trás entrave à compreensão.

Qual é o tipo de crença que é para a salvação da alma?

Ora, crer que Jesus veio em carne é o tipo de crença que é para salvação da alma, mas crer que Jesus não veio em carne é uma crença de perdição fomentada pelo anticristo “Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo” ( 2Jo 1:7 ; 1Jo 4:2 ).

Crer que Jesus foi crucificado, morreu e ressurgiu dentre os mortos é o tipo de crença que redunda em salvação da alma,  mas crer que Jesus não morreu ou que não ressuscitou dentre os mortos, é o tipo de crença que não livra da condenação ( 1Co 15:3 -4).

Crer que o Jesus de Nazaré é o Cristo, o Filho de Deus, é o tipo de crença que é para salvação, mas negar que Jesus é o Cristo é o tipo de crença que não redunda em salvação.

Crer que Jesus é o Eterno, o mesmo ontem hoje e eternamente, é o tipo de crença para salvação, mas crer que Jesus é um anjo ou arcanjo, não redunda em salvação.

Confessar, admitir que Jesus é o Filho de Deus é o tipo de crença que redunda em salvação, mas crer que Jesus nasceu de Maria e José é o tipo de crença que não é conforme a verdade do evangelho, portanto, não redunda em salvação.

Crer que Jesus faz milagres, que é um dos profetas, o maior mestre que já existiu, que é o maior psicólogo, o homem mais bondoso que já passou pela terra, que resolve problemas mil, etc., não é o tipo de crença que redunda em salvação, antes é salvo aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus que tem palavras de vida eterna “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” ( Jo 5:24 ).

Os judeus tropeçaram na pedra de tropeço porque não reconheceram que Jesus era o filho de Davi, portanto, o Filho de Deus, o cerne da confissão cristã “E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” ( Mt 16:16 ). Se admitisse que Jesus era o Filho que Deus prometeu a Davi, concomitantemente teriam que admitir, segundo as Escrituras que Jesus era o Filho de Deus ( 2Sm 7:13 -14; Sl 2:7 ). A confissão da irmã de Lázaro, Marta, estava em consonância com a declaração do apóstolo Pedro: “Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio
que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo” ( Jo 11:27 ).

A conversão do homem decorre da pregação da mensagem do evangelho, semelhante ao que se deu com os habitantes de Nínive que, ao ouvirem a mensagem do profeta Jonas, se converteram ( Lc 11:32 ). A conversação não possui relação com o tipo de programa que o cristão assiste na televisão; com o traje do homem ou da mulher; com a aparência física; com o cabelo, se curto ou longo; com enfeites, brincos, perfumes, etc., antes a conversão está atrelada à confissão do evangelho.

Outro equivoco decorrente de uma má leitura das Escrituras é a ideia de que uma pessoa só pode crer verdadeiramente quando se ‘arrepender’ sentido pesar, remorso, tristeza pelos erros de condutas cometidos. Ora, ‘arrepender-se’ é o mesmo que crer na verdade do evangelho, pois o crer em Cristo para salvação só é possível quando o homem abandona (metanoia) os seus próprios conceitos quanto à salvação.

Por exemplo: Quando o evangelista Mateus narra a parábola dos dois filhos contada por Jesus aos fariseus, foi demonstrado que os publicanos e as meretrizes creram na mensagem de João Batista, mas os religiosos, apesar de ver tamanha maravilha, os pecadores crendo, não mudaram a concepção para crer na mensagem de João Batista “… nem depois vos arrependestes para o crer” ( Mt 21:32 ).

Uma evidencia de que os fariseus não creram na palavra de João Batista é que eles não mudaram a confissão, pois apesar de ouvirem que o reino de Deus estava próximo, continuavam dizendo que eram descendentes de Abraão. Se houvessem arrependimento, deixariam de fazer alusão a Abraão e passariam a confessar que Jesus é o Cristo.

Os fariseus não se arrependeram (metanoia) porque não creram, e não creram porque não mudaram a concepção que aprenderam dos seus pais (não se arrependeram). É necessário cuidado para não confundir ‘metanoia’ (arrependimento) com a concepção católica da penitência derivada da indulgencia que ainda permeia o significado da palavra ‘arrependimento’.

Para ser salvo é necessário que o Espírito Santo convença o homem do pecado, da justiça e do juízo. O convencimento do pecado que o Espírito Santo promove não decorre de questões legalista, moralista ou formalista. O convencimento do pecado que o Espírito Sato promove é conscientização segundo as Escrituras, de que :

– o homem é pecador por causa da desobediência de Adão; que a ofensa de Adão trouxe juízo sobre todos os homens para condenação.

– o juízo de Deus já foi estabelecido no Éden, trazendo condenação sobre todos os homens.

– a justiça de Deus é substituição de ato, a obediência de Cristo pela ofensa de Adão, e não por questões comportamentais.

As religiões buscam demonstrar que o homem é pecador através de questões morais e legais, mas a Bíblia demonstra que todos se tornaram pecadores por causa de uma única ofensa “E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo”  ( Jo 16:8 ).

Quando se crê em Cristo, o homem passa da morte para vida. Quando se crê, o homem entra pela porta estreita. Quando se crê, o homem passa estar em Cristo, o caminho estreito que conduz o homem a Deus. Basta estar em Cristo que o homem passou a estar separado do pecado e unido a Deus.

O homem é salvo pelo evangelho, que é poder de Deus para salvação de todo que crê.

Quando dizemos que o homem é salvo pela fé, estamos dizendo que o homem é salvo por meio do evangelho, pois o evangelho é a fé que foi dada aos santos, pois foi manifesta na plenitude dos tempos ( Jd 1:3 ; Gl 3:23 ).

O homem é salvo pela pregação da fé, que é dom de Deus. Quando o homem ouve o evangelho e crê, obedeceu a fé, o que lhe dá poder de ser feito filho de Deus ( Jo 1:12 ). A crença (fé) genuína decorre da obra que Jesus realizou no Calvário (obediência) que redundou em sua ressurreição dentre os mortos.

Ser salvo é crer que Jesus morreu pelos pecadores para remi-los da condenação herdada de Adão.

Entretanto, milhares, sim, talvez milhões de religiosos, que são membros de igrejas, que dizem que invocam ao Senhor, ficarão chocados quando forem rejeitados por Deus. Por que? Porque alguns creem em Cristo ao seu modo, e não conforme as Escrituras “E saiu Jesus, e os seus discípulos, para as aldeias de Cesaréia de Filipe; e no caminho perguntou aos seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens que eu sou? E eles responderam: João o Batista; e outros: Elias; mas outros: Um dos profetas” ( Mc 8:27 -28). Outros porque não perseveraram crendo em Cristo conforme as Escrituras, antes se desvaneceram em seus próprios conceitos, rejeitando a verdade do evangelhoNão rejeiteis, pois, a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão. Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa” ( Hb 10:35 -36), pois a promessa de Cristo é especifica aos que creem em seu nome: “E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna” ( 1Jo 2:25 ); “A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele creem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome” ( At 10:43 ); “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome” ( Jo 1:12 ).

Crer que Jesus é o Filho de Deus é suficiente para alcançar a salvação, porém, é necessário guardar esta confiança até o fim, pois esta é a admoestação do apóstolo Paulo “Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que crestes em vão” ( 1Co 15:2 ). Depois de ter feito a vontade de Deus, que é crer em Cristo, basta a perseverança até o fim para alcançar a promessa: a vida eterna!

O objetivo do evangelho e das Escrituras é que o homem creia que Jesus de Nazaré é o Cristo “Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” ( Jo 20:31 ).

Claudio Crispim

É articulista do Portal Estudo Bíblico (https://estudobiblico.org), com mais de 360 artigos publicados e distribuídos gratuitamente na web. Nasceu em Mato Grosso do Sul, Nova Andradina, Brasil, em 1973. Aos 2 anos de idade sua família mudou-se para São Paulo, onde vive até hoje. O pai, ‘in memória’, exerceu o oficio de motorista coletivo e, a mãe, é comerciante, sendo ambos evangélicos. Cursou o Bacharelado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública na Academia de Policia Militar do Barro Branco, se formando em 2003, e, atualmente, exerce é Capitão da Policia Militar do Estado de São Paulo. Casado com a Sra. Jussara, e pai de dois filhos: Larissa e Vinícius.

One thought on “Você é realmente salvo?

  • Gostei,muito edificante.
    Que Deus continue lhe enchendo de sabedoria celestial .

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