Justificação

Aquele que está ‘morto’ está Justificado

A pena não pode passar da pessoa do transgressor, ou seja, outra pessoa não pode ser punida em lugar do transgressor. A determinação divina é contundente: a alma que pecar, esta deve morrer! O que fazer da realidade seguinte: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” ( Rm 3:23 ). Como todos pecaram, é certo que todos devem morrer.


Aquele que está ‘morto’ está Justificado

Já vimos quem são os justificados (nós) ( Rm 6:2 ).

Também vimos qual a melhor ideia a se traduzir por justificação. Agora veremos qual o ‘objetivo’ de estarmos mortos em Cristo e ‘porquê’ os mortos para o pecado são justificados.

Este versículo contém três afirmações a respeito de nosso Deus: “Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus” ( Rm 3:26 ).

Jesus é a justiça de Deus dada aos homens com o evidente propósito de que Deus seja justo e justificador daqueles que creem em Cristo.

O versículo 26 de Romanos 3 aponta os motivos pelos quais Deus revelou Cristo aos homens:

a) Para demonstrar a sua justiça de Deus neste tempo presente;

b) Para Ele ser justo, e;

c) Para Ele ser justificador.

A primeira afirmação demonstra que Cristo é a Justiça de Deus neste tempo presente! Sem contradição alguma.

“Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas” ( Rm 3:21 ).

Neste tempo presente, ou seja, o agora, Cristo se manifestou aos homens, conforme o que foi dito pelos profetas e pela lei. Ele é a justiça de Deus concedida ou manifesta aos homens.

Para tomar posse desta justiça, todos os homens devem crer em Cristo, sem exceção (judeus e gentios) ( Rm 3:22 ).

Porém, surge um entrave: como Deus sendo Justo e Verdadeiro justifica o pecador?

De acordo com a lei, a justiça e a retidão temos:

  • Deus não justifica o ímpio ( Ex 23:7 );
  • A alma que pecar está morrerá ( Ez 18:20 );
  • Deus não tem o culpado por inocente ( Na 1:3 );

A pena não pode passar da pessoa do transgressor, ou seja, outra pessoa não pode ser punida em lugar do transgressor.

A determinação divina é contundente: a alma que pecar, esta deve morrer! O que fazer da realidade seguinte: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” ( Rm 3:23 ). Como todos pecaram, é certo que todos devem morrer.

Deus não tem o culpado por inocente, e de que maneira ele justifica o homem sem ferir a sua própria palavra?

Se a pena não pode passar do transgressor, como Jesus morreu no lugar do pecador?

Se considerarmos as quatro premissas acima, só é possível declarar alguém justo, quando este alguém nunca tenha cometido pecado.

Quem cometeu pecado deve ter certa a sua morte. Quem cometeu pecado não será tido por inocente. A quem cometeu pecado só resta a punição, pois outrem não pode sofrer a pena em seu lugar.

Como declarar justo o pecador sem ferir as premissas acima?

“A alma que pecar, essa morrerá. O filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele” ( Ez 18:20 );

“O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder, e ao culpado não tem por inocente…” ( Na 1:3 ).

Como a justiça de Deus é imputada ao homem, se a justiça do justo ficará sobre o justo e a impiedade do ímpio sobre o ímpio? Como Cristo levou sobre si os pecados da humanidade, se o filho não pode levar a iniquidade do Pai, e nem o Pai a iniquidade do filho?

Esta pergunta somente será respondida quando entendermos plenamente a doutrina da justificação em Cristo.

Claudio Crispim

É articulista do Portal Estudo Bíblico (https://estudobiblico.org), com mais de 360 artigos publicados e distribuídos gratuitamente na web. Nasceu em Mato Grosso do Sul, Nova Andradina, Brasil, em 1973. Aos 2 anos de idade sua família mudou-se para São Paulo, onde vive até hoje. O pai, ‘in memória’, exerceu o oficio de motorista coletivo e, a mãe, é comerciante, sendo ambos evangélicos. Cursou o Bacharelado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública na Academia de Policia Militar do Barro Branco, se formando em 2003, e, atualmente, exerce é Capitão da Policia Militar do Estado de São Paulo. Casado com a Sra. Jussara, e pai de dois filhos: Larissa e Vinícius.

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