Em função da verdade incrustada nas páginas desse livro tão magnifico, esta é a minha oração: que o Senhor continue a se revelar, através da pessoa bendita do seu Filho Jesus Cristo, e que possamos compreender plenamente o seu propósito e graça, pois, o que de Deus se pode conhecer, já foi revelado em graça e bondade, através da manifestação em carne de Cristo Jesus, nosso Senhor. Amém!
Livro de Jó: Objetivo
Conteúdo do artigo
Parte I
Prefácio
O Livro de Jó compõe o Cânon sagrado, juntamente com os Livros de Provérbios e de Eclesiastes, conjunto que se nomeia Livros de Sabedoria.
Do ponto de vista literário muitos autores classificam o Livro de Jó como drama e, em função dos diálogos, monólogos, provérbios e ditados que contém, interpretam o livro do ponto de vista das experiências humanas.
Não se pode negar que o Livro de Jó é de riqueza incalculável do ponto de vista literário, mas, também, pelo seu valor como poesia, sem falar do seu conteúdo histórico. Entretanto, o tesouro que há no Livro de Jó não é de ordem literária, filosófica, histórica, sociológica e nem psicológica.
A finalidade deste ensaio é trazer a lume uma questão que passa despercebida por muitos leitores do Livro de Jó:
– “Como o pecador pode ser justo diante de Deus?”
Na sua grande maioria, os livros e estudos acerca do Livro de Jó, destaca o sofrimento do patriarca, o que fomenta inúmeras discussões de viés filosófico, antropológico e, até mesmo, ontológico.
Poucos se apercebem de que a temática do Livro de Jó não é o sofrimento. Poucos conseguem visualizar, que o conteúdo do Livro de Jó dá corpo a uma parábola, através de uma história enigmática e que demanda interpretação.
O Livro de Jó funciona como um espelho, ao refletir que a justiça do homem mais íntegro que já viveu, está aquém da justiça de Deus. A integridade de Jó estabelece um contraste que evidencia a justiça de Deus, de modo que o sofrimento torna-se mero pano de fundo para revelar uma verdade imprescindível ao homem.
A finalidade deste ensaio, não necessariamente nesta ordem, é:
- Evidenciar a justiça de Deus, em contraste com as qualidades de Jó;
- Identificar o motivo pelo qual Jó foi escolhido como protagonista dessa história;
- Trazer a lume o papel desempenhado pelos amigos de Jó e a visão superficial que tinham da justiça de Deus;
- Extrair alguns elementos pertinentes à atuação de Satanás e como se dá a sua investida contra os servos de Deus;
- Demonstrar a superioridade do conhecimento de Eliú, em relação aos outros amigos de Jó;
- Explicar a diferença entre a Justiça Divina e a “justiça” humana;
- Esclarecer os motivos pelos quais Jó foi repreendido por Deus e qual a lição que precisamos aprender, através da vida do seu servo!
Em função da verdade incrustrada nas páginas desse livro tão magnifico, esta é a minha oração: que o Senhor continue a se revelar, através da pessoa bendita do seu Filho Jesus Cristo, e que possamos compreender plenamente o seu propósito e graça, pois, o que de Deus se pode conhecer, já foi revelado em graça e bondade, através da manifestação em carne de Cristo Jesus, nosso Senhor. Amém!
Notas do autor.
Qual o objetivo do livro de Jó?
O livro
O Livro de Jó é classificado como poético, assim como, os cinco Livros dos Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares de Salomão e Lamentações. Os eruditos classificam, também, o Livro de Jó como Livro de Sabedoria, assim como o Livro de Provérbios e de Eclesiastes.
Por que classificam o Livro de Jó como poético e de sabedoria? Por causa da estrutura dos diálogos entre Jó e seus amigos, construída através de muitos ‘paralelismos’.
Por paralelismo, o que dá sustentabilidade à poesia hebraica, temos a valoração do pensamento, através da ênfase, da repetição, do contraste e da elaboração de ideias, sem levar em conta elementos como ritmos, rimas e métricas, elementos essenciais às poesias ocidentais.
Como a estrutura da poesia hebraica repousa no desenvolvimento de ideias, a tradução do texto para outras línguas permite que se tenha maior precisão e preservação da ideia do texto, o que não ocorre nas poesias ocidentais pela impossibilidade de se transpor ritmo, rima e métrica para qualquer tradução.
O poema ‘Canção do exílio’, de Gonçalves Dias, por exemplo, é primoroso pelo ritmo, rima e métrica, de modo que a melodia, pelo encadeamento do ritmo, como a rima, permite descrever a beleza da terra do autor com leveza ímpar, do ponto de vista patriótico e nacionalista.
Observe:
“Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá”.
Dias, Gonçalves, Canção do exílio, De Primeiros cantos (1847).
A versão em Inglês, fica assim:
“My land has palm trees
Where the thrush sings.
The birds that sing here
Do not sing as they do there”
O ritmo e a rima que dá graciosidade ao texto se perdem na tradução e somente as expressões figurativas permanecem intocadas.
Já, o paralelismo, a base da poesia hebraica, trabalha analogias através de comparações, de modo a fazer com que o leitor conclua uma ideia por deduções simples, induzidas por figuras de linguagem, como personificações, hipérboles, metáforas, símiles e aliterações.
Destacamos alguns tipos de paralelismos importantes para exemplificar:
O paralelismo sintético (ou, formal, construtivo) trabalha um pensamento na primeira linha do poema e a segunda linha desenvolve e enriquece a ideia que está na primeira linha, que compõe a estrofe, através de uma relação de causa e efeito. Observe:
“Os céus declaram a glória de Deus e
o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Salmo 19:1)
O paralelismo sintético divide-se em outros três, a saber:
- Conclusão: “Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião” (Salmos 2:6);
- Comparação: “É melhor confiar no SENHOR, do que confiar nos príncipes” (Salmos 118:9) e;
- Razão: “Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se acender a sua ira; bem-aventurados todos aqueles que nele confiam” (Salmos 2:12).
Por outro lado, o paralelismo antitético trabalha um pensamento em duas linhas, através da oposição de ideias, onde a segunda linha do poema expressa uma ideia oposta à ideia da primeira linha:
“Porque o SENHOR conhece o caminho dos justos;
porém o caminho dos ímpios perecerá” (Salmos 1:6)
Já, o paralelismo sinonímico trabalha uma ideia expressa duas vezes, com termos diferentes, em duas linhas:
“Levanta o pobre do pó e
do monturo levanta o necessitado” (Salmos 113:7)
Ter domínio das peculiaridades do paralelismo, na composição da poesia hebraica, muito auxilia na leitura e na análise do Livro de Jó.
O Livro de Jó, também, é classificado como Livro de Sabedoria, porque os eruditos entendem que o livro trata de questões práticas, pertinentes à existência humana, tais como fatalismo, materialismo, espiritualidade, sofrimento, moralidade, etc.
Outra questão acadêmica que orbita o Livro de Jó, é acerca da sua autoria e possível data em que foi escrito. Não há uma resposta segura para ambos e quando se parte para o campo das especulações, sobram opiniões! Aqui não opinaremos.
O significado do nome ‘Jó’, do hebraico בוֹיּאּ, transliterado “Iyyõb”, provavelmente, deriva de uma raiz que significa ‘voltar’ ou, ‘arrepender-se’ ou, o ‘perseguido’, do hebraico ‘ãyeb’.
Podemos traçar o seguinte esboço do Livro de Jó:
- Jó é provado e o sofrimento passa a ser o pano de fundo da história: (Jó 1:1 a 2:13);
- Três amigos de Jó procuram confortá-lo, porém, diante da reclamação de Jó, inicia-se um ciclo de discursos, em defesa de Deus, apontando a condição de Jó como resultado dos seus erros (Jó 3:1 a 31:40);
- Lamentação de Jó (Jó 3:1-26);
- Posicionamento de Elifaz (Jó 4:1 a 5:27) e réplica de Jó (Jó 6:1 a 7:21);
- Posicionamento de Bildade (Jó 8:1-22) e réplica de Jó (Jó 9:1 a 10:22);
- Posicionamento de Zofar (Jó 11:1-20) e réplica de Jó (Jó 12:1 a 14:22).
- Posicionamento de Elifaz (Jó 15:1-35) e réplica de Jó (Jó 16:1 a 17:16);
- Posicionamento de Bildade (Jó 18:1-21) e réplica de Jó (Jó 19:1-29);
- Posicionamento de Zofar (Jó 20:1-29) e réplica de Jó (Jó 21:1-34).
- Posicionamento de Elifaz (Jó 22:1-30) e réplica de Jó (Jó 23:1 a 24:25);
- Posicionamento de Bildade (Jó 25:1-6) e réplica de Jó (Jó 26:1 a 31:40).
- Exposição de Eliú (Jó 32:1 a 37:24);
- Perguntas de Deus (Jó 38:1 a 42:6);
- Epílogo (Jó 42:7-17).
Por que o justo sofre?
Ao pesquisar vários livros e comentários sobre o livro de Jó, as considerações sempre orbitam o sofrimento e, quase unanimemente, dão como tema do livro o sofrimento do justo[1].
Os comentaristas, geralmente, destacam, em letras garrafais, a seguinte pergunta:
“Por que o justo sofre?”
As considerações dos eruditos, que giram sobre o sofrimento, são diversas e, dentre elas, destacamos as principais:
- Deus permitiu o sofrimento de Jó para justificar-se diante da acusação de Satanás;
- A providência e o governo ético de Deus frente ao problema do sofrimento de um homem justo;
- Deus permite o sofrimento do justo como meio de purifica-lo[2];
- A mente do homem é muito ínfima, para que possa entender os motivos de Deus no sofrimento do justo;
- Deus tinha plena confiança de que Jó sairia da provação, plenamente aprovado;
- Deus derrotou Satanás, através do sofrimento de Jó;
- Jó foi o homem mais integro que atendeu aos altos reclames da justiça divina, etc.
Se o tema do Livro de Jó é o sofrimento do justo[3], por inferência, se faz necessário concluir que o sofrimento do ímpio é plenamente aceitável. Através da leitura do Livro de Jó, somos levados a entender que o ímpio deve sofrer?
Ao estudar o Livro de Jó, desconsiderei as abordagens teóricas que constam das Bíblias de Estudos e dos livros de teologia. Li e reli diversas vezes o Livro de Jó, para chegar à seguinte conclusão: é impossível achar no Livro de Jó uma resposta para o sofrimento do justo, vez que o sofrimento ou, a problemática dos infortúnios que acometem o justo, não é o tema do livro.
Apesar do consenso entre os acadêmicos de que o sofrimento do justo é o tema do Livro de Jó, não há uma resposta plausível que apresente o motivo[4], ou que dê resposta à pergunta: – ‘Por que o justo sofre?’[5].
Na verdade, o Livro de Jó não busca dar uma resposta à questão do sofrimento dos justos e nem foi escrito com o fito de apresentar uma teoria geral do sofrimento da humanidade[6].
O mote do Livro de Jó é pedagógico e o sofrimento é somente o pano de fundo, pois o tema do livro decorre de uma verdade imprescindível ao homem: a justiça do homem está aquém da justiça de Deus.
O propósito do livro é revelar uma verdade superior à ideia da problemática do sofrimento: como se dá a justificação do homem. O sofrimento é um dos elementos que fomentou os questionamentos, acerca da justiça de Deus e de que modo o homem poderia ser justo diante d’Ele.
Caro leitor, não quero desestimular a leitura do Livro de Jó, como um geólogo que desencoraja um visionário a não procurar petróleo em um terreno onde se suspeita que não haja o precioso ouro negro, mas deixa de avisar que há diamantes de grande valor naquela terra.
O nosso objetivo é que o leitor encontre a essência do Livro de Jó e, para isso, é necessário que o objeto seja substituído, para que o leitor tenha como encontrar o grande tesouro incrustado nessa história.
O leitor da Bíblia já observou que a história de Jó descreve alguém que sobrepuja qualquer ideário humano de justiça? Que a conduta, o caráter, a honradez e as práticas de Jó, estão muito além das nossas práticas cotidianas de justiça?
Ora, se Jó, de posse de um caráter que, a nosso ver, beira a perfeição; se as ações cotidianas do patriarca testemunhavam a favor da sua retidão e integridade[7] e; se Jó, ao ver o Criador, sentiu-se abominável e arrependido, imagine se eu ou você contemplássemos a Deus?
“Com os ouvidos eu ouvira falar de ti, mas agora te veem os meus olhos. Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza” (Jó 42:5-6).
Após abrir mão de considerar o sofrimento dos justos como tema do Livro de Jó, fiquei sem um norte. Fez-se necessário fincar uma estaca, marcando um ponto ‘zero’, e voltar às minhas considerações e à releitura do livro, considerando os demais livros da Bíblia. Foi quando me deparei com o seguinte verso:
“Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que, pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança”. (Romanos 15:4)
Se tudo o que foi escrito, anteriormente, tem o objetivo de nos ensinar, o que Deus quer ensinar, através do Livro de Jó? O que há no livro de Jó, que nos concede esperança? Há ‘paciência’ e ‘consolação’ na história de Jó?
Tive que retornar aos evangelhos, às epístolas, aos profetas e à lei e, se o leitor deseja desvendar o objetivo do Livro de Jó, venha comigo. É essencial uma digressão[8] para compreender o ensinamento que está incrustado na trama de Jó, da mesma forma que é necessário garimpar o ouro oculto nas rochas, no seio da terra.
O mal debaixo do Sol
Não encontraremos, na Bíblia, uma resposta à pergunta: – ‘Porque o justo sofre?’, no entanto, ela nos informa que há um mal, em relação a tudo o que se faz debaixo do sol: tudo sucede, de igual forma, a todos!
“Tudo sucede, igualmente, a todos; o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica, como ao que não sacrifica; assim, ao bom, como ao pecador; ao que jura, como ao que teme o juramento. Este é o mal que há entre tudo quanto se faz debaixo do sol; a todos sucede o mesmo” (Eclesiastes 9:2-3).
O Pregador aponta que há um mal em tudo o que se faz neste mundo: tudo sucede, igualmente, a todos. Os eventos neste mundo, quer sejam bons, quer sejam maus, não tem preferência em atingir a justos ou ímpios!
Se, somente, os justos sofressem, haveria motivo para indagar acerca do sofrimento dos justos. Semelhantemente, se tão somente os ímpios sofressem[9], poderíamos dissertar a respeito. Mas, como tudo sucede, igualmente, a todos, um mal que há entre tudo quanto se faz debaixo do sol, torna-se evidente que não há motivo para questionar o sofrimento, quando acomete os justos.
Mesmo os justos, tropeçam em muitas coisas (Tg 3:2) e se queixam dos seus próprios erros (Lm 3:39). O trabalho e a dor são pertinentes ao mundo dos homens, para exercitá-los, portanto, não há motivo para questionar acerca do sofrimento dos justos. “Tenho visto o trabalho que Deus deu aos filhos dos homens, para com ele os exercitar” (Ec 3:10; Gn 3:17).
O Pregador dá um conselho aos homens, quer sejam justos, quer ímpios, e apresenta o motivo pelo qual há o dia da adversidade: para que o homem nada descubra do que há de vir depois dele.
“No dia da prosperidade goza do bem, mas, no dia da adversidade, considera; porque, também, Deus fez a este, em oposição àquele, para que o homem nada descubra do que há de vir depois dele” (Ec 7:14).
Correção ortográfica: Pr. Carlos Gasparotto
[1] “Este livro trata com o problema teórico da dor na vida dos fiéis. Procura responder à pergunta: Por que os justos sofrem? Essa resposta chega de forma tríplice: Deus merece nosso amor à parte das bênçãos que concede; 2) Deus pode permitir o sofrimento como meio de purificar e fortalecer a alma em piedade; 3) os pensamentos e os caminhos de Deus são movidos por considerações vastas demais para a mente fraca do homem compreender, já que o homem não pode ver os grandes assuntos da vida com a mesma visão ampla do onipotente”. Archer, Gleason L., Merece confiança o Antigo Testamento? Traduzido por Gordon Chown. – São Paulo: Edições Vida Nova, Reimpressões 1998. Pág. 407.
[2] “Deus, por meio do sofrimento, pode levar o pecador à conversão e à salvação”. Bíblia de Estudo Almeida. Barueri – SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2000. Pág. 549.
[3] “O livro de Jó é uma obra-prima da literatura sapiencial. É uma dramática ficção histórica sobre o homem justo, sempre fiel às leis e tradições. O autor ou, autores, entrelaçam prosas e poemas, com os mais variados temas teológicos e sociais, como o sofrimento humano, a transformação humana e social, o bem e o mal, a doutrina da retribuição, entre outros”. Nova Bíblia Pastoral, Editora Paulus, 2014 (Nota de rodapé), pg. 628.
[4] “O assunto do livro tem sido dado como ‘O problema do sofrimento, A relação entre o sofrimento e o pecado, ou Quais são as leis governo moral de Deus no mundo?’ Tudo isso é discutido de vários pontos de vista; e, mediante a discussão, somos levados a uma compreensão mais sábia destes perpétuos mistérios; mas, o livro termina sem que o problema tenha sido resolvido”. McNair, S. E. A Bíblia explicada, 4ª Edição, RJ: CPAD, 1983. Pág. 167 (Citação de Scroggie).
[5] “Existe apenas uma questão que realmente importa: Por que coisas ruins acontecem a pessoas boas? (…) Trata-se de um livro de difícil compreensão, um livro profundo e belo sobre o mais profundo dos temas, o problema do sofrimento dos bons”. Kushner, Harold S. “Quando coisas ruins acontecem às pessoas boas”, tradução Francisco de Castro Azevedo. – São Paulo: Nobel, 1988. Págs. 15 e 38.
[6] “O assunto do livro é a providência e o governo ético de Deus à luz do muito antigo problema do sofrimento de um homem justo. Para esse problema, nem Jó se justificando, nem os seus três amigos acusando-o de pecado, encontraram a solução”. Scofield, C. I., Bíblia de Scofield, com referências (Nota de rodapé).
[7] Integridade – significa que Jó era honrado; integro no sentido de ‘completo’, resignado a não violar o que era de direito do outro.
[8] Em Literatura, digressão é um recurso utilizado pelo narrador, a fim de afastar a atenção sobre alguma ação da história principal. Dessa forma, o narrador pode iniciar um tema secundário pouco importante para a trama ou, refletir sobre um assunto que foge da narrativa principal.
[9] “Transcendendo o drama humano, centra-se o Livro de Jó nesta pergunta: ‘Por que sofre o justo?’ Que o pecador sofra, todos entendemos! Mas o justo? Aquele que tudo faz por agradar a Deus?” Andrade, Claudionor de, Jó: O Problema do Sofrimento do Justo e o seu Propósito., Rio de Janeiro: Editora CPAD, 2ª Edição, 2003, pág. 14.
Excelente artigo, estou lendo Claudionor de Andrade, justamente sobre o livro de Jó, tão atual e um belíssimo ensinamento para qualquer cristão compreender um pouco sobre o sofrimento do justo. Jesus sendo o maior exemplo (Jo 16.31-33) 31 Respondeu-lhes Jesus: Credes, agora? 32 Eis que chega a hora, e já se aproxima, em que vós sereis dispersos, cada um para sua casa, e me deixareis só, mas não estou só, porque o Pai está comigo. 33 Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.
Obrigado pelo artigo, parabéns. Que o ETERNO continue-lhe proporcionando sabedoria através do Espírito Santo