Nesta previsão o salmista descreve o Cristo, o Servo do Senhor como cego e mudo, pois não julgava segundo o olhar de suas vistas.
Salmo 38 – O Servo cego e mudo
Conteúdo do artigo
1 Ó SENHOR, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor.
2 Porque as tuas flechas se cravaram em mim, e a tua mão sobre mim desceu.
3 Não há coisa sã na minha carne, por causa da tua cólera; nem há paz em meus ossos, por causa do meu pecado.
4 Pois já as minhas iniquidades sobrepassam a minha cabeça; como carga pesada são demais para as minhas forças.
5 As minhas chagas cheiram mal e estão corruptas, por causa da minha loucura.
6 Estou encurvado, estou muito abatido, ando lamentando todo o dia.
7 Porque as minhas ilhargas estão cheias de ardor, e não há coisa sã na minha carne.
8 Estou fraco e mui quebrantado; tenho rugido pela inquietação do meu coração.
9 Senhor, diante de ti está todo o meu desejo, e o meu gemido não te é oculto.
10 O meu coração dá voltas, a minha força me falta; quanto à luz dos meus olhos, ela me deixou.
11 Os meus amigos e os meus companheiros estão ao longe da minha chaga; e os meus parentes se põem à distância.
12 Também os que buscam a minha vida me armam laços e os que procuram o meu mal falam coisas que danificam, e imaginam astúcias todo o dia.
13 Mas eu, como surdo, não ouvia, e era como mudo, que não abre a boca.
14 Assim eu sou como homem que não ouve, e em cuja boca não há reprovação.
15 Porque em ti, SENHOR, espero; tu, Senhor meu Deus, me ouvirás.
16 Porque dizia eu: Ouve-me, para que não se alegrem de mim. Quando escorrega o meu pé, eles se engrandecem contra mim.
17 Porque estou prestes a coxear; a minha dor está constantemente perante mim.
18 Porque eu declararei a minha iniquidade; afligir-me-ei por causa do meu pecado.
19 Mas os meus inimigos estão vivos e são fortes, e os que sem causa me odeiam se multiplicam.
20 Os que dão mal pelo bem são meus adversários, porquanto eu sigo o que é bom.
21 Não me desampares, SENHOR, meu Deus, não te alongues de mim.
22 Apressa-te em meu auxílio, Senhor, minha salvação.
Introdução
As escrituras apontam inequivocamente que os salmos são profecias e que tais profecias aplicam-se à pessoa de Cristo ( 1Cr 25:1 ; Lc 24:44 ; Jo 5:39 ; Sl 40:7 ; At 8:34 ; At 2:30 -31).
Muitos salmos apontam para a deidade de Cristo ( Sl 45:6 -7 ; Hb 1:8 -9 ), outros abordam a filiação divina ( Sl 2:7 ), o seu sofrimento ( Sl 22), o seu reino ( Sl 132:11 ), sua obra ( Sl 118:16 -26), etc.
Alguns salmos apresentam o Messias na condição de Servo do Senhor ( Sl 40:6 -8 ; Hb 10:5 -7), porém, nestas previsões há alusão à iniquidades, erros, pecados, falhas, etc., o que geralmente impede de os interpretes aplicarem o salmo à pessoa de Cristo e aplicam-no ao rei Davi.
Cristo viveu entre os homens e, apesar de se sujeitar às mesmas fraquezas pertinentes aos homens, foi isento de pecado “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” ( Hb 4:15 ).
Porém, não podemos deixar de demonstrar que os salmos 31, 38, 39, 40, 41, etc., são messiânicos e aplicam-se integralmente à pessoa de Cristo, porém, a pessoa de quem o salmo trata, a exemplo do salmo 38, verso 18, temos o sujeito principal declarando sua iniquidade e que estava aflito por seu pecado: “Porque eu declararei a minha iniquidade; afligir-me-ei por causa do meu pecado” ( Sl 38:18 ).
Tais declarações ‘minha iniquidade’ ou ‘meu pecado’ levam os interpretes a recusarem sua aplicação à pessoa do Messias, mas resta a pergunta: o salmo aplica-se a Cristo ou não? Como poderia as Escrituras fazer alusão ao Messias, o Cordeiro de Deus inocente, declarando iniquidade e pecado? A previsão do salmista aplica-se a Cristo ou não?
Para levarmos adiante esta questão, se faz necessário lembrar que Cristo é o Servo do Senhor e, que na condição de servo é descrito como cego e surdo “Quem é cego, senão o meu servo, ou surdo como o meu mensageiro, a quem envio? E quem é cego como o que é perfeito, e cego como o servo do SENHOR?” ( Is 42:19 ).
Também devemos lembrar a figura dos dois bodes: o da expiação e o emissário ( Lv 16:8 ), sendo que este último permanecia vivo e levava sobre si o pecado do povo ao deserto e aquele era oferecido a Deus para expiação do pecado.
O que chama a atenção nesta passagem de Levítico é que, o bode emissário, sobre o qual recaía o pecado de todo o povo, era conduzido ao deserto, ou seja, levado, guiado “E Arão porá ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará todas as iniquidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, e todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem designado para isso” ( Lv 16:21 ).
Ora, o bode levava sobre a sua cabeça todas as iniquidades, transgressões e pecados dos filhos de Israel, porém, era enviado ao deserto pela mão de um homem. O que isto significa? Que o bode necessitava de um condutor. Tomando o bode como figura, ele necessitava de um condutor do mesmo modo que um cego necessita. Portanto, daí advém a figura do Servo do Senhor sendo caracterizado como cego e surdo.
O texto mostra que Cristo é o Servo do Senhor cego e mudo e, que o bode da expiação e o bode emissário são figuras representativas da sua obra redentora e, portanto, quando da leitura dos salmos onde se tem um verso semelhante a este: “Porque eu declararei a minha iniquidade; afligir-me-ei por causa do meu pecado” ( Sl 38:18 ), se fez necessário verificar se há alguma alusão à cegueira ou surdez, como se lê no mesmo salmo: “Mas eu, como surdo, não ouvia, e era como mudo, que não abre a boca. Assim eu sou como homem que não ouve, e em cuja boca não há reprovação” ( Sl 38:13 -14), porque esta característica é um dos elementos que confirma a aplicabilidade integral à pessoa do Messias.
Deste modo, o leitor criará um paralelo entre as ideias seguintes:
- Que o castigo que traz a paz foi aplicado a Cristo ( Is 52:5 );
- Que ele foi contado entre os transgressores;
- Levou sobre si o pecado de muitos;
- Intercedeu pelos transgressores ( Is 52:12 ; Hb 2:17 ; Hb 4:15 ).
O interprete precisa ser perspicaz e perceber que, geralmente quando o salmo faz referencia ao Servo do Senhor através das figuras surdo e mudo, também fará alusão ao Messias declarando a sua iniquidade e o seu pecado “Mas eu, como surdo, não ouvia, e era como mudo, que não abre a boca. Assim eu sou como homem que não ouve, e em cuja boca não há reprovação (…) Porque eu declararei a minha iniquidade; afligir-me-ei por causa do meu pecado” ( Sl 38:13 -14 e 18).
Em algumas previsões dos salmistas teremos no mesmo verso alusão à transgressão e à característica própria exclusiva do Servo do Senhor “Livra-me de todas as minhas transgressões; não me faças o opróbrio dos loucos. Emudeci; não abro a minha boca, porquanto tu o fizeste” ( Sl 39:8 -9).
Tais previsões apresenta a fala do Servo do Senhor na primeira pessoa apontando as iniquidades e a impossibilidade de enxergar “Porque males sem número me têm rodeado; as minhas iniquidades me prenderam, e não posso ver. São mais numerosas do que os cabelos da minha cabeça; assim desfalece o meu coração” ( Sl 40:12 ).
Ou, quando na previsão o Servo do Senhor clama porque ‘pecou’, invariavelmente o texto aplica-se a pessoa de Cristo, conforme Ele mesmo atestou aos seus discípulos “Não falo de todos vós; eu bem sei os que tenho escolhido; mas para que se cumpra a Escritura: O que come o pão comigo, levantou contra mim o seu calcanhar” ( Jo 13:18 ); “Dizia eu: SENHOR, tem piedade de mim; sara a minha alma, porque pequei contra ti (…) Até o meu próprio amigo íntimo, em quem eu tanto confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar” ( Sl 41:4 e 9 ).
Portanto, os leitores dos salmos precisam dar atenção especial a esta peculiaridade das previsões, pois fazem referencia ao Servo do Senhor que, sendo cego e mudo, levaria sobre si o pecado de muitos e que tais salmos, na essência, apresentam a intercessão d’Ele pelos transgressores.
Também é recomendável considerar que os tradutores da Bíblia, geralmente a traduziram da língua original para a nossa língua considerando, em muitos casos, que o salmista falava acerca de si mesmo, ou seja, que era somente um poema como expressão da alma do salmista, sem considerar que eram previsões segundo o Espírito de profecia ( 2Pe 1:21 ; Ap 19:10 ).
O cordeiro de Deus
1 Ó SENHOR, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor. 2 Porque as tuas flechas se cravaram em mim, e a tua mão sobre mim desceu. 3 Não há coisa sã na minha carne, por causa da tua cólera; nem há paz em meus ossos, por causa do meu pecado. 4 Pois já as minhas iniquidades sobrepassam a minha cabeça; como carga pesada são demais para as minhas forças.
Esta é uma previsão de Davi acerca de Cristo, porém, esta profecia retrata o Messias na condição de Servo do Senhor como cego e mudo.
Nesta previsão temos o Servo do Senhor rogando para não ser repreendido e castigado segundo a cólera e furor de Deus. Por que ele faz esta intercessão? Porque a previsão apontava o Servo do Senhor como alvo das flechas da ira e furor de Deus seriam direcionadas (v. 2).
Em decorrência do castigo divino a previsão descreve em minúcias a condição física e psicológica do Servo do Senhor (v. 3), sendo que, a previsão é narrada na perspectiva do Messias, embora a pena utilizada fosse a do salmista Davi, porém, na previsão o Servo do Senhor certifica que o seu estado era em decorrência do pecado.
A Bíblia nos informa que Cristo jamais pecou ou se achou engano na sua boca, porém, na condição de Servo do Senhor, Ele tomou sobre si o pecado da humanidade ( Is 53:4 ) e intercede pelos transgressores ( Is 53:12 ), portanto, quando lemos o verso 3 e 4 do Salmo 38, temos o Servo do Senhor fazendo a intercessão sacerdotal em prol da humanidade.
Um sacerdote, quando intercede, não utiliza a frase: “Ó Senhor, perdoa-os, pois eles transgrediram”, antes o sacerdote inclui-se na intercessão em favor dos transgressores, principalmente quando o sacerdote é servo, cordeiro, bode expiatório e bode emissário “E Arão porá ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará todas as iniquidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, e todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem designado para isso” ( Lv 16:21 ; Is 53:7 ).
Os pecados da humanidade fê-lo enfermar e Ele descreve as culpas que lhe foram postas sobre a sua cabeça como sendo um fardo pesado em demasia. O Servo e mensageiro do Senhor foi enviado para abrir os olhos dos cegos e abrir os ouvidos dos surdos ( Is 42:7 e 18 ); “Quem é cego, senão meu servo, e surdo como o mensageiro que envio? (Quem é cego como o meu mensageiro e surdo como o servo do Senhor?)” ( Is 42:19 ), pois Ele levou sobre si o pecado da humanidade.
Agruras da cruz
5 As minhas chagas cheiram mal e estão corruptas, por causa da minha loucura. 6 Estou encurvado, estou muito abatido, ando lamentando todo o dia. 7 Porque as minhas ilhargas estão cheias de ardor, e não há coisa sã na minha carne. 8 Estou fraco e mui quebrantado; tenho rugido pela inquietação do meu coração. 9 Senhor, diante de ti está todo o meu desejo, e o meu gemido não te é oculto.
A transgressão da humanidade que o Servo do Senhor se encarregou de conduzir sobre si são descritas como chagas fétidas e purulentas (v.5 ; Is 53:4 ).
O sofrimento físico é descrito nos versos 6 a 8, pois fazem referência ao seu corpo no dia do seu julgamento e crucificação, vez que suas ilhargas ardiam porque foi chicoteado e entregue aos soldados, coroaram-no de espinhos, deram-lhe bofetadas e bateram em sua cabeça com uma cana, por isso não há cousa sã na sua carne (v. 7) e quanto ao seu coração diz do sua aflição psíquica, pois em outro salmo diz que este se derreteu em suas entranhas devido ao sofrimento (v. 8 ; Sl 22:14 ).
O desejo de fazer a vontade do Pai acarretou gemido, porém, o desejo de fazer a vontade do Pai triunfou sobre o gemido (v. 9), pois lhe foi dado o cálice a beber, expressão da vontade do Pai “E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade” ( Mt 26:42 ).
Abandono
10 O meu coração dá voltas, a minha força me falta; quanto à luz dos meus olhos, ela me deixou. 11 Os meus amigos e os meus companheiros estão ao longe da minha chaga; e os meus parentes se põem à distância. 12 Também os que buscam a minha vida me armam laços e os que procuram o meu mal falam coisas que danificam, e imaginam astúcias todo o dia.
O verso 10 demonstra que o sofrimento do Messias o levaria a exaustão ( Sl 22:15 ), momento em que tornou-se cego, pois a luz dos seus olhos o deixou (v. 10 ; Mc 15:21 -22).
Nesta previsão o salmista faz referência aos familiares e aos amigos de Jesus, que na hora amarga se puseram ao longe (v. 11; Mc 14:50 ).
O verso 12 faz referência aos principais dos judeus, fariseus, escribas, etc., que além de quererem matá-lo, estavam sempre procurando uma maneira astuciosa de tentá-lo para ver se Ele caía em alguma contradição “E, entendendo ele a sua astúcia, disse-lhes: Por que me tentais?” ( Lc 20:23 ); “Mas agora procurais matar-me, a mim, homem que vos tem dito a verdade que de Deus tem ouvido; Abraão não fez isto” ( Jo 8:40 ); “Ó espada, desperta-te contra o meu pastor, e contra o homem que é o meu companheiro, diz o SENHOR dos Exércitos. Fere ao pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a minha mão sobre os pequenos” ( Zc 13:7 ).
O servo cego e mudo
13 Mas eu, como surdo, não ouvia, e era como mudo, que não abre a boca. 14 Assim eu sou como homem que não ouve, e em cuja boca não há reprovação.
Após descrever o cenário a sua volta, o salmista profeticamente passa a descrever o Servo do Senhor na perspectiva da sua missão.
Diante dos malfeitores que procuravam enlaçar e matar o Cristo, Ele diz de si mesmo que, como surdo não ouvia e, como mudo nada dizia. O que isto quer dizer, além de ser uma característica profética do Servo do Senhor?
O profeta Isaías faz a mesma abordagem profética: “Quem é cego, senão o meu servo, ou surdo como o meu mensageiro, a quem envio? E quem é cego como o que é perfeito, e cego como o servo do SENHOR? Tu vês muitas coisas, mas não as guardas; ainda que tenhas os ouvidos abertos, nada ouves” ( Is 42:19 -20).
Em primeiro lugar esta profecia deixou claro ao Messias que Ele de si mesmo nada podia fazer, pois como Servo enviado de Deus tinha que buscar a vontade do Pai “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou” ( Jo 5:30 ).
Em segundo lugar, Jesus não podia julgar ninguém, pois toda a humanidade já estava sob condenação “Vós julgais segundo a carne; eu a ninguém julgo“ ( Jo 8:15 ; Jo 5:45 ).
Portanto, o Servo do Senhor julgava tudo que ouvia dos homens e emitia um juízo segundo a vontade do Pai, e o seu juízo era justo “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou” ( Jo 5:30 ).
No verso 14 o Messias é descrito como aquele que não condenaria ninguém, pois seria um contra censo julgar e condenar aqueles que já estão apenados com a alienação de Deus em decorrência da queda de Adão, antes a sua missão era resgatar o mundo ( Rm 5:16 ; “E se alguém ouvir as minhas palavras, e não crer, eu não o julgo; porque eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo” ( Jo 12:47 ).
O sofrimento do Messias
15 Porque em ti, SENHOR, espero; tu, Senhor meu Deus, me ouvirás. 16 Porque dizia eu: Ouve-me, para que não se alegrem de mim. Quando escorrega o meu pé, eles se engrandecem contra mim. 17 Porque estou prestes a coxear; a minha dor está constantemente perante mim. 18 Porque eu declararei a minha iniquidade; afligir-me-ei por causa do meu pecado.
Novamente o salmista descreve a confiança do Messias em Deus ( Sl 40:1 ).
Segundo a vontade do Pai, o Messias roga que não se permita que os seus opressores se alegrem e se engrandeçam quando vissem a sua queda (sofrimento e morte).
Nesta previsão temos descrito um momento em que o Messias, segundo a perspectiva dos seus inimigos, esteve prestes a cair e, a certeza dele frente a pena, a ignomínia que sofreria nas mãos dos pecadores (v. 17).
Diante da ignomínia, do sofrimento que lhe seria impingido, o Servo do Senhor declara a sua culpa em lugar dos transgressores, e afligia sua alma por causa do pecado (v. 18).
19 Mas os meus inimigos estão vivos e são fortes, e os que sem causa me odeiam se multiplicam. 20 Os que dão mal pelo bem são meus adversários, porquanto eu sigo o que é bom. 21 Não me desampares, SENHOR, meu Deus, não te alongues de mim. 22 Apressa-te em meu auxílio, Senhor, minha salvação.
O salmista descreve os inimigos do Messias como sendo fortes ( Sl 22:12 ), e enfatiza o sentimento destrutivo deles ( Sl 35:19 e Sl 69:4 ).
Uma das características dos opositores do Messias é retribuir com o mal o bem que Ele promoveu. Como? Caluniando, acusando, difamado, etc. ( Mc 3:22 ; Jo 10:20 ).
A previsão do salmista termina com o Servo do Senhor clamando por auxílio, requerendo do Senhor proximidade (v. 22).