Salmos II

Salmo  81 – Entregues aos desejos dos seus corações

Quem segue os ídolos, ou seja, a avareza do coração, come o fruto da mentira. Mas, aquele invoca ao Senhor terá em seus lábios o fruto criado por Deus, que é ‘paz’, ‘paz’, para judeus e gentios, e será sarado por Deus.


Salmo  81 – Entregues aos desejos dos seus corações

Introdução

O Salmo 81 é atribuído a Asafe, um levita comissionado por Davi para o ofício do canto na congregação.

“Estes são, pois, os que Davi constituiu para o ofício do canto na casa do SENHOR, depois que a arca teve repouso. E ministravam diante do tabernáculo da tenda da congregação com cantares, até que Salomão edificou a casa do SENHOR em Jerusalém; e estiveram, segundo o seu costume, no seu ministério. (…) E seu irmão Asafe estava à sua direita; e era Asafe filho de Berequias, filho de Siméia,” (1 Crônicas 6:31-32 e 39).

O instrumento tacado por Asafe era címbalos de metal, isso enquanto cantava, e ministrava juntamente com seus irmãos continuamente perante a arca da aliança.

“E os cantores, Hemã, Asafe e Etã, se faziam ouvir com címbalos de metal;” (1 Crônicas 15:19).

“Então Davi deixou ali, diante da arca da aliança do SENHOR, a Asafe e a seus irmãos, para ministrarem continuamente perante a arca, segundo se ordenara para cada dia.” (1 Crônicas 16:37).

Mas, apesar de ser levita, cantor e instrumentista, Asafe era profeta, separado para o ministério sob ordens do Rei Davi.

“E DAVI, juntamente com os capitães do exército, separou para o ministério os filhos de Asafe, e de Hemã, e de Jedutum, para profetizarem com harpas, com címbalos, e com saltérios; e este foi o número dos homens aptos para a obra do seu ministério: Dos filhos de Asafe: Zacur, José, Netanias, e Asarela, filhos de Asafe; a cargo de Asafe, que profetizava debaixo das ordens do rei Davi. Quanto a Jedutum, os filhos: Gedalias, Zeri, Jesaías, Hasabias, e Matitias, seis, a cargo de seu pai, Jedutum, o qual profetizava com a harpa, louvando e dando graças ao SENHOR.” (1 Crônicas 25:1-3).

“Então o rei Ezequias e os príncipes disseram aos levitas que louvassem ao SENHOR com as palavras de Davi, e de Asafe, o vidente. E o louvaram com alegria e se inclinaram e adoraram.” (2 Crônicas 29:30).

Os videntes, além de anunciarem previsões acerca das maravilhas futuras que Deus operaria em Israel e entre os gentios, também anunciavam palavras de edificação, exortação e conforto.

Sobre o papel dos videntes temos as seguintes colocações do apóstolo Pedro:

“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (2 Pedro 1:21);

“Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada, indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir. Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam estas coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho; para as quais coisas os anjos desejam bem atentar.” (1 Pedro 1:10-12).

Olhando para os Salmos e para os Livros dos Profetas temos que estar cônscios que nenhuma passagem profética foi produzida pela vontade de homens, antes eles foram inspirados pelo Espírito Santo.

Em segundo lugar, ao anunciarem de antemão a salvação em Cristo, os profetas sabiam que o que era ministrado não seria dado a eles. Como eles queriam entender as maravilhas futuras, os profetas (anjos, mensageiros), inquiriam e diligentemente tentavam descobrir o tempo e a ocasião que se sucederiam os eventos gloriosos por eles anunciados.

Os apóstolos fazem referência ao conhecimento dado por Deus de antemão por seus profetas com o termo ‘presciência’ (προγνωσις/prognosis). Isto significa dizer que, Deus onisciente, quando antecipa um evento futuro aos homens, é dito que tal conhecimento é presciência.

Nesse sentido, Deus não tem a faculdade de prever o futuro, antes a onisciência é atributo d’Ele, e ao fazer conhecido dos homens eventos futuros temos a presciência, que significa estritamente ‘saber de antemão’.

O Salmo 81 não está na categoria dos salmos messiânicos e nem antecipa eventos futuros, porém, foi escrito para edificar, exorta e confortar os filhos de Israel.

 

Celebração

1 EXULTAI a Deus, nossa fortaleza; jubilai ao Deus de Jacó. 2 Tomai um salmo, e trazei junto o tamborim, a harpa suave e o saltério. 3 Tocai a trombeta na lua nova, no tempo apontado da nossa solenidade. 4 Porque isto era um estatuto para Israel, e uma lei do Deus de Jacó. 5 Ordenou-o em José por testemunho, quando saíra pela terra do Egito, onde ouvi uma língua que não entendia.

O salmista convida os filhos de Israel a irromperem em retumbante grito de alegria a Deus. O motivo? Deus é a força, o poder de Israel, tradução do termo hebraico עֹז (oz)!

Força e poder remete a salvação, o motivo do cântico dos seus servos.

“O SENHOR é a minha força, e o meu cântico; ele me foi por salvação; este é o meu Deus, portanto lhe farei uma habitação; ele é o Deus de meu pai, por isso o exaltarei.” (Êxodo 15:2).

O júbilo remete a um brado forte como expressão de alegria ao Deus de Jacó. Ao expulsar o ar dos pulmões com intensidade fazendo ressoar as cordas vocais, os servos de Deus expressariam através da voz a plenitude da sujeição do coração (mente), da alma e do corpo a Deus.

“Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.” (Deuteronômio 6:5).

A alegria exultante também poderia ser traduzida em uma melodia acompanhada de tamborim, harpa e saltério, elementos que compõem a essência do bendizer a Deus.

“Entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor; louvai-o, e bendizei o seu nome.” (Salmos 100:4).

O toque da trombeta é evidencia de alegria, e era por estatuto em Israel tocar a trombeta no sétimo mês, um mês de descansos (sábados) e festejos.

“Semelhantemente, no dia da vossa alegria e nas vossas solenidades, e nos princípios de vossos meses, também tocareis as trombetas sobre os vossos holocaustos, sobre os vossos sacrifícios pacíficos, e vos serão por memorial perante vosso Deus: Eu sou o SENHOR vosso Deus.” (Números 10:10);

“SEMELHANTEMENTE, tereis santa convocação no sétimo mês, no primeiro dia do mês; nenhum trabalho servil fareis; será para vós dia de sonido de trombetas.” (Números 29:1).

O salmista lembra os filhos de Israel que a convocação da congregação no sétimo mês era um estatuto em Israel.

“Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis descanso, memorial com sonido de trombetas, santa convocação.” (Levítico 23:24);

“Então no mês sétimo, aos dez do mês, farás passar a trombeta do jubileu; no dia da expiação fareis passar a trombeta por toda a vossa terra,” (Levítico 25:9).

Os festejos do sétimo mês foi instituído por Deus em Israel como estatuto perpétuo e em testemunho de que Deus obrou poderosamente e resgatou os filhos da casa da servidão.

Os filhos de José foram cativos do Egito, e o fato de citar que ouviam uma língua que não compreendiam remete a condição de serem estrangeiros.

“O estrangeiro não afligirás, nem o oprimirás; pois estrangeiros fostes na terra do Egito.” (Êxodo 22:21).

 

Livres do jugo da servidão

6 Tirei de seus ombros a carga; as suas mãos foram livres dos cestos. 7 Clamaste na angústia, e te livrei; respondi-te no lugar oculto dos trovões; provei-te nas águas de Meribá. (Selá.)

Antes mesmo dos filhos de Israel serem estrangeiros na terra do Egito, Deus já havia anunciado a Abraão esse evento e estabeleceu um tempo sobre a casa de Jacó.

“Então disse a Abrão: Sabes, de certo, que peregrina será a tua descendência em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos,” (Gênesis 15:13);

“O tempo que os filhos de Israel habitaram no Egito foi de quatrocentos e trinta anos.” (Êxodo 12:40).

Ao dizer que tirou dos ombros a carga e livrou as mãos dos cestos, Deus estava relembrando os filhos de Israel por intermédio de Asafe que os resgatou da servidão do Egito.

Os filhos de Jacó clamaram e Deus os ouviu, isto porque clamaram segundo o que Deus já havia anunciado que haveria de fazer a Abraão.

“E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.” (1 João 5:14).

Os filhos de Jacó clamaram e foram ouvidos, e Deus os respondeu do lugar da Sua habitação.

“Fez das trevas o seu lugar oculto; o pavilhão que o cercava era a escuridão das águas e as nuvens dos céus.” (Salmos 18:11).

Deus estava sempre atendendo o povo em suas necessidades, mas eles já estavam acostumados a murmurar, e fizeram Moisés pecar. Nas águas de Meribá foram provados e todos reprovados!

“E o SENHOR disse a Moisés e a Arão: Porquanto não crestes em mim, para me santificardes diante dos filhos de Israel, por isso não introduzireis esta congregação na terra que lhes tenho dado. Estas são as águas de Meribá, porque os filhos de Israel contenderam com o SENHOR; e se santificou neles.” (Números 20:12-13).

 

Abre bem a boca!

8 Ouve-me, povo meu, e eu te atestarei: Ah, Israel, se me ouvires! 9 Não haverá entre ti deus alheio, nem te prostrarás ante um deus estranho. 10 Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito; abre bem a tua boca, e ta encherei.

Através do vidente Asafe, Deus conclama os filhos de Israel a obedecerem. Se ouvissem, Deus os exortaria solenemente, e os admoestaria.

Deus assevera aos filhos de Israel que eles não davam ouvidos à palavra de Deus. Se ouvissem de fato a Deus, deuses alheios não estariam em meio ao povo, e nem se prostrariam diante de Deus estranho. Mas, como em meio ao povo haviam deuses estranhos, essa era uma evidencia tangível de que não obedeciam a Deus.

“Não terás outros deuses diante de mim.” (Êxodo 20:3);

“Com deuses estranhos o provocaram a zelos; com abominações o irritaram.” (Deuteronômio 32:16).

Muitos entendem que ídolos seria os deuses estranhos, porém, essa é uma ideia equivocada, pois os ídolos dos filhos de Israel eram as suas avarezas.

“Pela iniquidade da sua avareza me indignei, e o feri; escondi-me, e indignei-me; contudo, rebelde, seguiu o caminho do seu coração.” (Isaías 57:17);

“E eles vêm a ti, como o povo costumava vir, e se assentam diante de ti, como meu povo, e ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra; pois lisonjeiam com a sua boca, mas o seu coração segue a sua avareza.” (Ezequiel 33:31).

Dos versículos acima decorre a máxima:

“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” (Mateus 6:24).

O tradutor por desconhecer nuances do texto, traduz riquezas por Mamom, como se fosse um ídolo ou um deus pagão, porém, o alerta é: ninguém pode servir a Deus e servir a si mesmo, ou seja, seguir a avareza do seu coração.

Sobre essas pessoas disse o apóstolo Paulo: cujo deus é o ventre.

“Cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas.” (Filipenses 3:19);

“Dos homens com a tua mão, SENHOR, dos homens do mundo, cuja porção está nesta vida, e cujo ventre enches do teu tesouro oculto. Estão fartos de filhos e dão os seus sobejos às suas crianças.” (Salmos 17:14).

Diante da rebeldia do povo de Israel, Deus novamente lembra o povo quem foi que retirou os filhos de Israel da terra do Egito: o Deus dos filhos de Jacó.

No que consiste abrir a boca e ser abastado? Veja:

“Eu crio os frutos dos lábios: paz, paz, para o que está longe; e para o que está perto, diz o SENHOR, e eu o sararei.” (Isaías 57:19);

“Lavrastes a impiedade, segastes a iniquidade, e comestes o fruto da mentira; porque confiaste no teu caminho, na multidão dos teus poderosos.” (Oséias 10:13);

“Efraim dirá: Que mais tenho eu com os ídolos? Eu o tenho ouvido, e cuidarei dele; eu sou como a faia verde; de mim é achado o teu fruto.” (Oséias 14:8);

Quem segue os ídolos, ou seja, a avareza do coração, come o fruto da mentira, mas quem invoca ao Senhor terá em seus lábios o fruto criado por Deus: paz, paz, para judeus e gentios, e será sarado por Deus. Quando Efraim declarar que não tem relação com os ídolos, ou seja, não segue mais o seu coração maligno, achará o fruto que procede de Deus!

“Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome.” (Hebreus 13:15).

 

Entregues aos desejos dos seus corações

11 Mas o meu povo não quis ouvir a minha voz, e Israel não me quis. 12 Portanto eu os entreguei aos desejos dos seus corações, e andaram nos seus próprios conselhos.

Como o povo de Israel rejeitou a palavra de Deus, rejeitou a Deus, e isso vemos no monte Sinai.

“E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos: e não fale Deus conosco, para que não morramos.” (Êxodo 20:19).

Quando rejeitaram ouvir a palavra do Senhor, rejeitaram a Deus, e ali no Sinai foram entregues aos desejos de seus corações, e passaram a andar segundo os seus próprios conselhos!

“Então disse o SENHOR a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: Vós tendes visto que, dos céus, eu falei convosco. Não fareis outros deuses comigo; deuses de prata ou deuses de ouro não fareis para vós.” (Êxodo 20:22-23).

 

13 Oh! se o meu povo me tivesse ouvido! se Israel andasse nos meus caminhos! 14 Em breve abateria os seus inimigos, e viraria a minha mão contra os seus adversários. 15 Os que odeiam ao SENHOR ter-se-lhe-iam sujeitado, e o seu tempo seria eterno. 16  E o sustentaria com o trigo mais fino, e o fartaria com o mel saído da rocha.

Por intermédio do profeta Asafe, Deus expressa a Sua intenção para com o povo quando intentou falar-lhes no monte Sinai e rejeitaram as palavras de Deus.

Se tivessem ouvido, andariam nos caminhos de Deus, e Deus abateriam os seus inimigos! Os que odiavam a Israel teriam se submetido a povo de Israel para sempre.

“E disse o SENHOR a Moisés: Eis que eu virei a ti numa nuvem espessa, para que o povo ouça, falando eu contigo, e para que também te creiam eternamente. Porque Moisés tinha anunciado as palavras do seu povo ao SENHOR.” (Êxodo 19:9).

Se o povo de Israel não tivesse rejeitado a palavra do Senhor no Sinai, seriam sustentados com o melhor da terra, e habitariam para sempre na terra que emana leite e mel.

Para serem abençoados como o crente Abraão, bastava aos filhos de Israel confiarem em Deus e passariam na prova que Deus estabeleceu: o monte fumegante, com raios e trovões. Em vez de crerem na promessa de Deus assim como o crente Abraão, que creu contra a promessa ao oferecer o seu único filho, pois teve Deus por poderoso para ressuscitar o seu filho dentre os mortos, os filhos de Israel não se postariam ao longe e não rejeitariam ouvir a voz de Deus.

“Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito. Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar; E daí também em figura ele o recobrou.” (Hebreus 11:17-19).

Se em Isaque seria chamada a descendência, os filhos de Israel jamais deveriam consideram que Deus haveria de mata-los ao pé do monte Sinai.

“E todo o povo viu os trovões e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando; e o povo, vendo isso retirou-se e pôs-se de longe. E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos: e não fale Deus conosco, para que não morramos. E disse Moisés ao povo: Não temais, Deus veio para vos provar, e para que o seu temor esteja diante de vós, afim de que não pequeis.” (Êxodo 20:18-20).

 

Entregues a um sentimento perverso

O apóstolo Paulo citou o verso 12, do Salmo 81 na primeira epístola aos Romanos:

“E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm;” (Romanos 1:28).

É comum interpretes da epístola ao Romanos entenderem que o capítulo 1, a partir do versículo 18, refere-se a idolatria e depravação dos gentios, porém, se considerarmos que tudo que as Escrituras dizem aos que estão debaixo da lei o diz, ou seja, aos judeus.

“Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus.” (Romanos 3:19).

Os que se diziam sábios e se tornaram loucos foram os judeus, pois foram eles que mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança de homem corruptível, aves, quadrupedes e repteis.

“Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.” (Romanos 1:22-23).

A mensagem do apóstolo Paulo tinha os religiosos judeus como alvo, mas por má leitura, muitos leem a epístola aos Romanos como se fosse escrita censurando os gentios.

Os religiosos judeus é que tiveram os corações entregues as concupiscências, e por causa das transgressões foi lhes entregue a lei, mas não a utilizavam legitimamente.

“Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si;” (Romanos 1:24);

“Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita; e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro.” (Gálatas 3:19);

“Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela usa legitimamente; Sabendo isto, que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas, para os devassos, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros, e para o que for contrário à sã doutrina.” (1 Timóteo 1:8-10).

Observe que o profeta Asafe fez um Salmo de exortação tendo por base as Escrituras, em especial o evento que se deu ao pé do monte Sinai, e o apóstolo Paulo ao escrever ao Romanos lança mão de um versículo para demonstrar o desvio do povo que se dizia ouvintes da palavra de Deus.

“Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados.” (Romanos 2:13).

Claudio Crispim

É articulista do Portal Estudo Bíblico (https://estudobiblico.org), com mais de 360 artigos publicados e distribuídos gratuitamente na web. Nasceu em Mato Grosso do Sul, Nova Andradina, Brasil, em 1973. Aos 2 anos de idade sua família mudou-se para São Paulo, onde vive até hoje. O pai, ‘in memória’, exerceu o oficio de motorista coletivo e, a mãe, é comerciante, sendo ambos evangélicos. Cursou o Bacharelado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública na Academia de Policia Militar do Barro Branco, se formando em 2003, e, atualmente, exerce é Capitão da Policia Militar do Estado de São Paulo. Casado com a Sra. Jussara, e pai de dois filhos: Larissa e Vinícius.

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