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O pecado entrou no mundo por causa de um homem, e não por causa da Torá. Além do mais, a ofensa que trouxe o pecado ao mundo não se deu através da Torá, mas através de um mandamento específico que foi dado no Éden…


O pecado e a Torá

“Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado, não havendo lei.” (Romanos 5:13).

 

Introdução

Fábio Moraes de Aragão em seu livro ‘Judaísmo nazareno: a religião de Yeshua e de seus talmidim’, de modo simplista conceitua o pecado ao lançar mão de um versículo da primeira epístola do evangelista João: “Qualquer que comete pecado, também comete iniquidade; porque o pecado é iniquidade.” (1 João 3:4).

Em defesa de uma concepção própria à Torá, Aragão conceitua ‘pecado’ como algo oposto a Torá, e termina seu raciocínio argumentando que não haveria o pecado se não existisse a Torá.

Aragão se esquece da objeção de Jó diante das acusações de seus amigos:

“Porventura por Deus falareis perversidade e por ele falareis mentiras?” (Jó 13:7).

 

O objetivo da lei

Aragão, um seguidor do judaísmo messiânico argumenta que ‘Para saber o que é e o que não é pecado, basta consultar a Torá’. Observe o que Ele diz em seu livro:

“Vamos ingressar agora no conceito de “pecado”, que está intimamente ligado à noção oposta de Torá. Em muitos meios religiosos, fala-se muito sobre “pecado”. Mas, afinal, o que é o pecado? Pecado significa transgressão aos mandamentos da Torá: “Todo aquele que continua a pecar transgride a Torá [Lei] – de fato, o pecado é a transgressão da Torá [Lei]” (Yochanan Álef/1ª João 3:4). Vejam como o ensino cristão de que “a Lei acabou” é falso: se pecado significa violação aos mandamentos da Torá (“Lei”), e se a Torá foi abolida, então, não existe mais pecado! Esta é uma conclusão totalmente absurda. A verdade é muito fácil de ser compreendida: o pecado significa transgressão aos mandamentos da Torá (“Lei”); o pecado ainda existe, logo, a Torá ainda está em vigor. Em outras palavras, se não existisse Torá, não existiria pecado. O ETERNO fixou vários mandamentos na Torá. Quando um deles é violado, significa que a pessoa pecou. Para saber o que é e o que não é pecado, basta consultar a Torá. Deve o homem buscar a libertação do pecado: “Eis que a mão de YHWH não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades [= violação da Torá] fazem separação entre vós e o vosso Elohim; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.” (Yeshayahu/Isaías 59:1-2). O Mashiach (Messias) veio para libertar o homem do pecado, isto é, para tirar o pecado do homem, fazendo com que este não mais deseje violar a Torá: “E dará à luz um filho e chamarás o seu nome YESHUA [“salvação”, em hebraico]; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.” (Matityahu/Mateus 1:21).” Aragão, Fábio Moraes de ‘Judaísmo nazareno: a religião de Yeshua e de seus talmidim’, Pág. 105.

O pensamento de Aragão, apesar de se classificar como judaísta messiânico, remonta elementos do judaísmo e suas várias correntes, pois os judaizantes não veem as Escrituras como o testemunho que Deus deu acerca do seu Filho, e sim, como uma espécie de compêndio do que é certo e errado.

“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam;” (João 5:39).

Enquanto os seguidores do judaísmo consultam a Torá para saber o que é e o que não é pecado, não se apercebem que ela protesta contra eles como sendo uma mancha, geração perversa e distorcida, pois por meio de Moisés, Deus já os declara com não sendo filhos.

“Corromperam-se contra ele; não são seus filhos, mas a sua mancha; geração perversa e distorcida é.” (Deuteronômio 32:5).   

Saber o que é e o que não é pecado não livra o homem da condição de sujeição (servo) ao pecado. De nada adianta fazer ou deixar de fazer algumas práticas tidas como pecado se o indivíduo é descendente de uma geração perversa, distorcida e má.

Os seguidores do judaísmo consultam a Torá para saber o que é e o que não é pecado, sendo que a Torá foi dada porque eles eram injustos, obstinados, ímpios, pecadores, profanos, etc., em igual condição aos demais homens.

“Sabe, pois, que não é por causa da tua justiça que o SENHOR teu Deus te dá esta boa terra para possuí-la, pois tu és povo obstinado. Lembra-te, e não te esqueças, de que muito provocaste à ira ao SENHOR teu Deus no deserto; desde o dia em que saístes do Egito, até que chegastes a esse lugar, rebeldes fostes contra o SENHOR;” (Deuteronômio 9:6-7);

“Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita; e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro.” (Gálatas 3:19).

A lei foi dada por causa das transgressões conforme relatadas resumidamente nos Salmos 78 e 106. Diferentemente de Abraão que confiou em Deus em todo momento e provações, os filhos de Israel viram todas as maravilhas operadas por Deus no Egito ao resgatá-los e, mesmo assim, não confiaram, antes sempre presumiam que foram tirados do Egito para serem mortos no deserto.

Em Mara e Elim os filhos de Israel murmuraram, e Deus avisou Moisés que provaria o seu povo dando pão dos céus (maná) para verificar se andariam na sua lei ou não (Êxodo 16:4). Os filhos de Israel foram rebeldes e tropeçaram na prova do maná, e justamente o sábado foi quebrado por alguns do povo (Êxodo 16:27-29).

Mas, enquanto mandamento sobre mandamento foi dado ao povo de Israel para que caíssem, fossem enlaçados e presos por serem rebeldes (Isaías 28:10-13), o salmista Davi declara que a bem-aventurança decorre tão somete da misericórdia de Deus que perdoa as transgressões cobrindo o pecado, declara o homem justo e não imputa maldade e, basta descansar em Deus para alcançar um espírito reto.

“BEM-AVENTURADO aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano.” (Salmos 32:1-2; Romanos 4:6-8).

Como os judeus entendiam que eram melhores que os outros povos por terem a Torá, o apóstolo Paulo evidencia que os seguidores do judaísmo não faziam uso legitimo da lei:

“Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela usa legitimamente; Sabendo isto, que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas, para os devassos, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros, e para o que for contrário à sã doutrina,” (1 Timóteo 1:8-10)

Aquele que faz uso da Torá e ignora que ela foi feita para injustos, ímpios e pecadores, não faz uso legitimo da lei. Em vez de olharem para a lei e se conscientizarem de que ninguém há que faça o bem e que todos se desviaram, inclusive os judeus, e que, portanto, todos os homens precisam do conhecimento do Descendente prometido a Abraão para se fazerem filhos de Deus, os seguidores do judaísmo permanecem apegados às práticas ensinadas pelos antepassados e permanecem obstinados, rebeldes e pecadores.

“DISSE o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, e cometido abominável iniquidade; não há ninguém que faça o bem. Deus olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos, e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não, nem sequer um. Acaso não têm conhecimento os que praticam a iniquidade, os quais comem o meu povo como se comessem pão? Eles não invocaram a Deus.” (Salmo 53:1-4).

Um judaizante ao ler o Salmo 53 pensa que o ‘néscio’ diz de um ateu, ou de um gentio que não segue o judaísmo, pois se esquece que tudo que a lei diz, diz aos que estão debaixo da lei, ou seja, aos judeus. Não observam que o Salmo não excetua os judeus quando diz que todos se desviaram e que não há quem tem entendimento e busque a Deus. Não conseguem ver que aqueles que comem o povo de Israel como se fosse pão é uma referência aos seus líderes religiosos, e que, portanto, o Salmo 53 é uma censura aos judeus.

“Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus.” (Romanos 3:19).

A lei foi dada para fechar a boca dos judeus, vez que os filhos de Jacó se gloriavam de serem filhos de Deus por descenderem da carne de Abraão. Todo o mundo era condenável diante de Deus, mas como os judeus não compreendiam essa verdade por se acharem filhos de Deus por descenderem da carne de Abraão, a lei foi dada para fechar-lhes a boca.

A lei não torna os judeus mais excelentes que os gentios:

“Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma, pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado;” (Romanos 3:9).

Na verdade, o objetivo da lei é Cristo, visando conduzir os pecadores judeus a Cristo:

“Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.” (Romanos 10:4);

“De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” (Gálatas 3:24).

Embora a lei desempenhe o papel de aio para conduzir os que estavam debaixo dela (judeus) a Cristo, os seguidores do judaísmo continuaram apegados as sombras, aos rudimentos fracos e pobres que decorrem de mandamentos e preceitos dos homens (Colossenses 2:17-22).

“Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído;” (Isaías 29:13).

 

Pecado é a transgressão da Torá?

Aragão acredita que pecado é a transgressão aos mandamentos da Torá, e cita um versículo da epístola de João.

“Mas, afinal, o que é o pecado? Pecado significa transgressão aos mandamentos da Torá: “Todo aquele que continua a pecar transgride a Torá [Lei] – de fato, o pecado é a transgressão da Torá [Lei]” (Yochanan Álef/1ª João 3:4).”

Afinal, foi isso que o evangelista João disse? Não!

Primeiro, para compreender a mensagem do apóstolo João se faz necessário considerar o contexto da asserção que Aragão citou:

“VEDE quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não o conhece a ele. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro. Qualquer que comete pecado, também comete iniquidade; porque o pecado é iniquidade.” (1 João 3:1-4).

Antes de abordar a questão do pecado, o evangelista João concita os cristãos a enxergarem o grande amor concedido por Deus: agora eles eram chamados filhos e Deus! No presente momento (agora) eles eram verdadeiramente filhos de Deus. Embora não fosse manifesto o que haveriam de ser, contudo eles sabiam que seriam semelhantes a Cristo.

Por que o evangelista é tão enfático ao destacar a nova condição dos cristãos? Porque algumas pessoas haviam saído do meio dos cristãos e estavam querendo ensiná-los, e negavam que Jesus é o Cristo. Daí o alerta: os cristãos já sabiam o que deveriam saber: tudo! E não necessitavam que fossem ensinados! (1 João 2:20 e 27).

É significativo que qualquer que tenha esperança em Cristo purifica-se a si mesmo, assim com Cristo é puro. ‘Qualquer’ remete a condição dos ouvintes em sociedade, ou seja, judeu ou gentio, servo ou livre, homem ou mulher, etc. (Gálatas 3:28) Essa colocação vai ao encontro da mensagem inicial da epístola, visto que Deus é luz e não há nele trevas nenhuma, portanto, qualquer que está em Deus e Deus nele também é luz. Se Deus é luz, como é possível estar em Deus sendo trevas?

“E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas.” (1 João 1:5);

“Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus.” (1 João 4:15);

“E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado. Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca não o viu nem o conheceu. (1 João 3:5-6).

A mensagem do evangelho alcança ‘qualquer’ individuo de qualquer nação, qualquer tribo e qualquer língua, diferente da doutrina do judaísmo que ao buscar prosélitos, esses têm que se tornar membros da nação adotando suas práticas e costumes.

Diante da mensagem de que Deus é luz e que é necessário praticar a verdade, ou seja, crer em Cristo para serem livres do pecado, os seguidores do judaísmo argumentavam que não tinham pecado, vez que acreditavam que nunca foram escravos de ninguém por descenderem de Abraão.

Os seguidores do judaísmo sempre se enganam, pois nunca admitem que são cegos, surdos, tropeçam ao meio dia e que são servos do pecado.

“Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.” (1 João 1:8);

“Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu: Sereis livres? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado.” (João 8:33-34);

“Trazei o povo cego, que tem olhos; e os surdos, que têm ouvidos.” (Isaías 43:8).

Mas, que postula a Torá, os Profetas e os Salmos acerca dos judeus: não eram filhos, e sim, uma mancha, uma geração corrupta, árvores que Deus não plantou (Deuteronômio 32:4 e 20; Isaías 1:4; Jeremias 6:28; Salmos 78:8 e 95:10).

Após evidenciar que os cristãos eram filhos de Deus e que qualquer que tenha esperança em Cristo se purifica a si mesmo, ou seja, se torna filho de Deus, o evangelista postula: ‘Qualquer que comete pecado também comete iniquidade’, ou seja, não importa se judeu ou grego, rico ou pobre, nobre ou vil, se comente pecado também comente iniquidade.

“Πᾶς ὁ ποιῶν τὴν ἁμαρτίαν καὶ τὴν ἀνομίαν ποιεῖ καὶ ἡ ἁμαρτία ἐστὶν ἡ ἀνομία” Stephanus Textus Receptus (1550, with accents).

Ora, só comete pecado (ποιῶν τὴν ἁμαρτίαν) os servos do pecado, algo que é impossível a quem é livre no Senhor, os filhos de Deus. Ao evidenciar que os cristãos eram filhos de Deus, o evangelista João estava destacando que eles não eram mais servos do pecado, portanto, não cometiam pecado e nem iniquidade.

A essência da abordagem do evangelista João ao destacar que os cristãos eram filhos de Deus, portanto, livres, encontramos na resposta que Jesus deu aos judeus que se diziam crer em n’Ele:

“Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é SERVO DO PECADO.” (João 8:34).

Ao dizer: Qualquer que comete pecado, também comete iniquidade’, o evangelista estava destacando a condição dos servos do pecado. Todo aquele que comente é servo do pecado, ou seja, também comente iniquidade (ἀνομίαν). Ora, os servos do pecado não se sujeitam à lei de Deus, antes são contrários a lei de Deus e andam em inimizade contra Deus, por isso a conclusão: pecado é iniquidade.

“Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça? Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues. E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.” (Romanos 6:16-18);

“Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.” (Romanos 8:7);

O termo ανομια (anomia) aparece dez vezes no Novo Testamento, e geralmente é traduzido por ‘iniquidade’, ‘condição de quem não cumpre a lei’, ‘maldade’, ‘desprezo e violação da lei’, mas em nenhuma das dez passagens o substantivo ‘anomia’ é utilizado como sinônimo da Torá.

O termo ἐντολή (mandamento) é utilizado dezessete vezes nas epístolas de João, e em nenhuma delas o termo se refere a Torá, e sim, ao mandamento do evangelho, que é crer em Cristo. Ao falar da Torá, geralmente os apóstolos utilizam o termo ‘escrituras’ ou faz alusão em conjunto a Lei, os Profetas e os Salmos.

“E o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento.” (1 João 3:23).

Considerando a abordagem do verso:

“VEDE quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não o conhece a ele.” (1 João 3:1).

Fica evidente que para conhecer o Pai é necessário guardar os seus mandamentos, e o mandamento em apreço é o evangelho, que faz com que o crente permaneça em Cristo, e não a Torá.

“Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca não o viu nem o conheceu.” (1 João 3:6);

“E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos.” (1 João 2:3).

Um escravo é instrumento do seu senhor, como se fosse uma extensão do seu senhor, de modo que quem comente pecado é servo do pecado e, portanto, comete iniquidade. Já os filhos de Deus são livres do pecado, e não podem pecar por causa da semente de Deus.

“Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus.” (1 João 3:9).

Quem pratica o pecado é ímpio, diferentemente de quem pratica a justiça, que é justo, de modo que pecado contrapõe obediência e iniquidade contrapõe justiça.

Considerando o contexto da carta do evangelista João, praticar a verdade e a justiça é crer em Cristo, pois esse é o mandamento de Deus: crer naquele que Ele enviou e amar o seu irmão:

“Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus.” (1 João 3:10).

De modo que, qualquer que crê que Jesus é o Filho de Deus praticou a justiça e é justo assim como Cristo (1 João 3:3).

“Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica justiça é justo, assim como ele é justo.” (1 João 3:7);

“Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?” (Romanos 6:16).

Os versos seguintes são antíteses:

“Qualquer que comete pecado, também comete iniquidade; porque o pecado é iniquidade.” (v. 4);

“Quem pratica justiça é justo, assim como ele é justo.” (v. 7).

Quem crê em Cristo pratica a justiça e é justo, mas que não crê comente pecado e é pecador. Quem pratica a justiça, também pratica a obediência, e quem comente pecado, também comete iniquidade, ou seja, é iniquo.

“Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou. Se eu não viera, nem lhes houvera falado, não teriam pecado, mas agora não têm desculpa do seu pecado. Aquele que me odeia, odeia também a meu Pai. Se eu entre eles não fizesse tais obras, quais nenhum outro tem feito, não teriam pecado; mas agora, viram-nas e me odiaram a mim e a meu Pai.” (João 15:21-24).

Através do Filho o Pai deu um mandamento: crede na luz, mas os homens amaram (obedeceram) as trevas e odiaram (desobedeceram) a luz.

“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” (Mateus 6:24);

“Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.” (João 3:18-19).

 

O pecado depende da Torá?

Aragão afirma que é uma conclusão absurda dizer que a lei acabou. Mas acompanhando o raciocínio do escritor aos Hebreus, temos que considerar como absurdo o posicionamento do Aragão:

“Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar.” (Hebreus 8:13).

O escritor fala da aliança mosaica como primeira, e destaca que os profetas anunciaram uma nova aliança:

“Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda. Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei uma nova aliança,” (Hebreus 8:7-8).

Não sei o que Aragão entende por ab-rogar, mas é possível que entenda o que é ‘fraco’ e ‘inútil’:

“Porque o precedente mandamento é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade.” (Hebreus 7:18).

“Vejam como o ensino cristão de que “a Lei acabou” é falso: se pecado significa violação aos mandamentos da Torá (“Lei”), e se a Torá foi abolida, então, não existe mais pecado! Esta é uma conclusão totalmente absurda. A verdade é muito fácil de ser compreendida: o pecado significa transgressão aos mandamentos da Torá (“Lei”); o pecado ainda existe, logo, a Torá ainda está em vigor. Em outras palavras, se não existisse Torá, não existiria pecado.”

Ao argumentar que ‘se a Torá foi abolida, então, não existe mais pecado’, Aragão se esquece da objeção paulina a tal argumento:

“Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado, não havendo lei. No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés…” (Romanos 5:13-14).

O pecado exerce o seu domínio mesmo sem a Torá, pois desde Adão até Moisés a morte reinou entre os homens, isto significa que antes ser entregue a lei por intermédio de Moisés ao povo de Israel o pecado já estava no mundo.

O pecado entrou no mundo por causa de um homem, e não por causa da Torá. Além do mais, a ofensa que trouxe o pecado ao mundo não se deu através da Torá, mas através de um mandamento específico que foi dado no Éden:

“Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gênesis 2:17).

O apóstolo Paulo é claro:

“Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.” (Romanos 5:12).

Por um homem, Adão, o pecado entrou no mundo, e pelo pecado veio a morte. Uma só ofensa e um só pecou, e por ele veio o pecado, consequentemente, a morte. Mas, como a morte passou e afetou todos os descendentes de Adão (embora não tenham transgredido a semelhança de Adão), é dito que todos pecaram.

A Bíblia não diz que todos transgrediram a Torá e por isso todos pecaram, antes é dito que a punição (morte) à desobediência de Adão passou a todos os homens, e em função da punição (certamente morrerás) é dito que todos pecaram.

Quando é dito que todos pecaram não se tem em mente que todos praticaram coisas inconvenientes, ou que todos transgrediram um mandamento específico, ou que desprezaram a Torá, antes o que se evidencia é que a morte tornou todos impróprios para o propósito estabelecido por Deus.

Assim como é dito que um fruto pecou quando não satisfaz um padrão estabelecido, por causa da morte o homem se tornou impróprio, ou seja, ficou aquém do padrão estabelecido por Deus (pecou). Nesse sentido, o termo hamartia (pecado) refere-se a natureza do individuo separado de Deus, e não as suas ações e omissões.

Conjecturar em cima de uma premissa falsa leva a uma conclusão falsa: se pecado significa violação aos mandamentos da Torá (“Lei”), e se a Torá foi abolida, então, não existe mais pecado!”. A premissa de Aragão é falsa tendo em vista que no Livro de Jó, que é muito anterior a Torá, a questão do pecado e da iniquidade já eram debatidos.

“Para te informares da minha iniquidade, e averiguares o meu pecado?” (Jó 10:6).

A questão envolve a natureza humana herdade de Adão:

“Quem do imundo tirará o puro? Ninguém.” (Jó 14:4).

Se alguém afirma que o pecado não é imputado quando não há Torá, não consegue explicar porque a morte reinou desde Adão até Moisés. Além do mais, a morte alcançou todos os descendentes de Adão, mesmo eles não tendo pecado à semelhança da transgressão de Adão, ou seja, os descendentes de Adão não receberam um mandamento e desobedeceram comendo do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.

“No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir.” (Romanos 5:14).

Partido do pressuposto de que uma pessoa peca ao violar um dos precitos da Torá, como é possível que as pessoas são concebidas em iniquidade, ou que se desviam desde a madre?

“Alienam-se os ímpios desde a madre; andam errados desde que nasceram, falando mentiras.” (Salmos 58:3);

“Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.” (Salmos 51:5).

No Éden foi estipulado o salário do pecado: a morte, e a força do pecado decorre da lei que diz: ‘certamente morrerás’.

“Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.” (1 Coríntios 15:56).

O pecado subjuga a natureza de todos os homens desde a madre, e todos andam errantes desde que nascem, por isso é dito que em iniquidade o homem é formado e é concebido em pecado. O pecado não é algo que ocorre ao violar a Torá, antes é condição de todos os homens que veem ao mundo.

A proposta da Torá não era ser um manual de consulta para os filhos de Israel descobrirem o que é e o que não é pecado, antes ela tinha por objetivo evidenciar que eles eram ímpios e que precisavam ser libertos do pecado. Os filhos de Jacó precisavam ver na Torá que Abraão não era o seu primeiro pai, e sim, Adão.

Como todos os homens são filhos do primeiro homem que pecou, todos os homens, judeus e gentios, estavam em igual condição: pecado. Alegar que é descendente de Abraão não faz ninguém um verdadeiro filho de Abraão, e sim, ter a fé de Abraão.

“Teu primeiro pai pecou, e os teus intérpretes prevaricaram contra mim.” (Isaías 43:27).

Os interpretes de Israel prevaricaram porque não falavam a verdade sobre a justiça e nem julgavam segundo a reta justiça:

“ACASO falais vós, deveras, ó congregação, a justiça? Julgais retamente, ó filhos dos homens?” (Salmos 58:1).

“Pelo motivo de que Moisés vos deu a circuncisão (não que fosse de Moisés, mas dos pais), no sábado circuncidais um homem. Se o homem recebe a circuncisão no sábado, para que a lei de Moisés não seja quebrantada, indignais-vos contra mim, porque no sábado curei de todo um homem? Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça.” (João 7:22-24)

Além de a congregação de Israel não falar a justiça, projetavam em seus corações a iniquidade e as suas ações não passavam de violência diante de Deus. Em lugar da justiça, produziam morte, veneno semelhante ao da serpente (Miquéias 7:1-7).

O Salmo 58 denunciavam os filhos de Israel como povo de Sodoma e de Gomorra (Isaias 1:10), cujos campos produziam uvas cheia de veneno (Deuteronômio 32:32-33), e a multidão de sacrifícios que ofereciam não passava de violência diante de Deus (Isaias 66:3).

O apóstolo Paulo destacou os pontos principais dos Salmos 78 e 106, ao denunciar os filhos de Israel como exemplo negativo:

“ORA, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar. E todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar, E todos comeram de uma mesma comida espiritual, E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo. Mas Deus não se agradou da maior parte deles, por isso foram prostrados no deserto. E estas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles, conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber, e levantou-se para folgar. E não nos prostituamos, como alguns deles fizeram; e caíram num dia vinte e três mil. E não tentemos a Cristo, como alguns deles também tentaram, e pereceram pelas serpentes. E não murmureis, como também alguns deles murmuraram, e pereceram pelo destruidor.” (1 Coríntios 10:1-10).

 

Cristo – o Salvador

A Lei, os Profetas e os Salmos denunciavam os filhos de Israel como pecadores, de modo que seria enviado o Messias para salvá-los dos seus pecados.

“E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz; Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco.” (Mateus 1:21-23).

A proposta da Torá nunca foi salvar, antes evidenciar que os filhos de Israel como descendentes da carne de Abraão eram descendentes de Adão, e, portanto, sob condenação. A Torá revela que os filhos de Abraão segundo a carne não são justos diante de Deus, e sim, os filhos da promessa.

Isaque que nasceu segundo a promessa: ‘Por este tempo virei, e Sara terá um filho.’ (Gênesis 18:10), entretanto, se fosse justo por causa dessa promessa, não haveria a necessidade de outra promessa quando Rebeca concebeu de Isaque:

“E o SENHOR lhe disse: Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor.” (Gênesis 25:23).

Se ser descendente da carne de Abraão é ser filho de Deus, não haveria escolha entre Esaú e Jacó, pois ambos eram filhos de Abraão. A promessa de bem-aventurança a todas as famílias da terra foi feita ao Descendente, que é Cristo, e não aos descendentes da carne de Abraão, e por isso, veio a palavra de Deus a Rebeca.

Para libertar o homem do pecado, ou tirar o pecado do homem, Jesus não teve que trabalhar o desejo do homem, e sim, obedecer ao Pai em tudo, e por isso, a morte de cruz. Jesus não veio mudar a vontade dos homens para não violarem a Torá, antes Ele veio executar a obra do Pai para que eles também obedecessem.

“Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida. Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos.” (Romanos 5:18-19).

Por uma só ofensa no Éden veio o juízo sobre todos os homens, e todos foram condenados. Por uma desobediência muitos foram feitos pecadores! Mas, com a vinda de Cristo, o último Adão, ao obedecer ao Pai em tudo, Jesus executou um ato de justiça e trouxe a graça sobre todos os homens para justificação e vida, de modo que pela obediência de Cristo muitos são feitos justos diante de Deus.

A Torá quando foi instituída tinha por base a maldição, pois nela estava estabelecido: “Maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei, não as cumprindo. E todo o povo dirá: Amém.” (Deuteronômio 27:26; Gálatas 3:10), diferente das Boas Novas que foi anunciada a Abraão muito antes da lei, que tem por base a promessa.

“Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti.” (Gálatas 3:8).

Se Cristo é a luz do mundo, um santuário para todos os povos (Isaías 8:16; Isaías 56:7), é sem sentido tentar fazer os cristãos adotarem os costumes dos judeus.

“Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?” (Gálatas 2:14);

“Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós pudemos suportar?” (Atos 15:10).

O descendente prometido a Abraão veio salvar todas as famílias da terra, não importando qual seja a nação, a tribo ou a língua. Mas, o que se vê nos seguidores do judaísmo dito messiânico é o mesmo apelo do judaísmo clássico: fascinar os incautos com nomes no idioma hebraico, dias de festas, sábados, genealogias, fábulas, adereços, vestimentas, orações, sacrifícios, etc.

Um seguidor do judaísmo na busca de um prosélito é denunciado e descrito no Livro dos Provérbios como uma mulher adúltera:

“Para que elas te guardem da mulher alheia, da estranha que lisonjeia com as suas palavras. Porque da janela da minha casa, olhando eu por minhas frestas, Vi entre os simples, descobri entre os moços, um moço falto de juízo, Que passava pela rua junto à sua esquina, e seguia o caminho da sua casa; No crepúsculo, à tarde do dia, na tenebrosa noite e na escuridão. E eis que uma mulher lhe saiu ao encontro com enfeites de prostituta, e astúcia de coração. Estava alvoroçada e irrequieta; não paravam em sua casa os seus pés. Foi para fora, depois pelas ruas, e ia espreitando por todos os cantos; E chegou-se para ele e o beijou. Com face impudente lhe disse: Sacrifícios pacíficos tenho comigo; hoje paguei os meus votos. Por isto saí ao teu encontro a buscar diligentemente a tua face, e te achei. Já cobri a minha cama com cobertas de tapeçaria, com obras lavradas, com linho fino do Egito. Já perfumei o meu leito com mirra, aloés e canela. Vem, saciemo-nos de amores até à manhã; alegremo-nos com amores. Porque o marido não está em casa; foi fazer uma longa viagem; Levou na sua mão um saquitel de dinheiro; voltará para casa só no dia marcado. Assim, o seduziu com palavras muito suaves e o persuadiu com as lisonjas dos seus lábios. E ele logo a segue, como o boi que vai para o matadouro, e como vai o insensato para o castigo das prisões; Até que a flecha lhe atravesse o fígado; ou como a ave que se apressa para o laço, e não sabe que está armado contra a sua vida.” (Provérbios 7:5-23).

A figura da mulher adultera que seduz com palavras lisonjeiras e que conduz os simples para o matadouro remete aos religiosos de Israel: são enfeitados e cheios de astúcia; está sempre à espreitando nas ruas e nos cantos; sempre saúda com ósculo; alega que tem consigo os seus sacrifícios e que já pagou o que votou, e; que o marido se ausentou de casa.

O expresso no Livro dos Provérbios foi um alerta do Pai para o Filho, e serve muito bem aos cristãos que andam cobiçando o estilo de vida e a prática dos judaizantes:

“O bom siso te guardará e a inteligência te conservará; Para te afastar do mau caminho, e do homem que fala coisas perversas; Dos que deixam as veredas da retidão, para andarem pelos caminhos escusos; Que se alegram de fazer mal, e folgam com as perversidades dos maus, Cujas veredas são tortuosas e que se desviam nos seus caminhos; Para te afastar da mulher estranha, sim da estranha que lisonjeia com suas palavras; Que deixa o guia da sua mocidade e se esquece da aliança do seu Deus; Porque a sua casa se inclina para a morte, e as suas veredas para os mortos. Todos os que se dirigem a ela não voltarão e não atinarão com as veredas da vida.” (Provérbios 2:11-19).

Claudio Crispim

É articulista do Portal Estudo Bíblico (https://estudobiblico.org), com mais de 360 artigos publicados e distribuídos gratuitamente na web. Nasceu em Mato Grosso do Sul, Nova Andradina, Brasil, em 1973. Aos 2 anos de idade sua família mudou-se para São Paulo, onde vive até hoje. O pai, ‘in memória’, exerceu o oficio de motorista coletivo e, a mãe, é comerciante, sendo ambos evangélicos. Cursou o Bacharelado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública na Academia de Policia Militar do Barro Branco, se formando em 2003, e, atualmente, exerce é Capitão da Policia Militar do Estado de São Paulo. Casado com a Sra. Jussara, e pai de dois filhos: Larissa e Vinícius.

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