Evangelismo

O que torna um homem pecador?

O que torna um homem pecador

O evangelista deve proclamar as boas novas do evangelho aos pecadores: que o Verbo eterno se fez carne, viveu sem pecado, foi crucificado, ressuscitou e está assentado à direita de Deus. Se o evangelista não compreende que essa mensagem contém o poder de Deus para regenerar aqueles que creem, é porque não entendeu o que realmente torna um homem pecador.


O que torna um homem pecador?

“Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.” (João 4:10).

Introdução

“Você é bom o suficiente para entrar no céu por seu próprio merecimento?”

Essa pergunta é frequentemente feita por muitos cristãos aos descrentes durante a evangelização, e não pude deixar de refletir sobre algumas considerações.

Destacar a miserabilidade do homem em pecado tornou-se uma estratégia evangelística comum, em vez de apresentar as virtudes de Cristo como redentor.

“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” (1 Pedro 2:9).

No entanto, o maior equívoco dessa abordagem é apontar as disposições internas do indivíduo como o cerne da miserabilidade da humanidade. Muitos cristãos ainda não compreendem a essência do que é ser pecador e acabam associando o comportamento, a moral e o caráter reprovável do homem como evidências de sujeição ao pecado.

Diante desse contexto, precisamos responder: o que realmente torna o homem pecador?

 

A morte tornou todos os homens pecadores

“Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.” (Romanos 5:12).

O apóstolo Paulo é contundente ao apontar a essência do pecado: todos pecaram porque a morte passou a todos os homens. Em nenhum texto, o apóstolo dos gentios afirma que todos os homens pecaram porque se tornaram moralmente reprováveis ou porque cometeram algum desvio de conduta.

A essência do pecado é a morte, consequência da ofensa de Adão, que desobedeceu ao mandamento de Deus no Éden. Por meio de Adão, o pecado entrou no mundo, e, pelo mandamento que dizia “certamente morrerás”, a morte também entrou no mundo.

Foi através da ofensa de Adão que o pecado (ação contrária ao mandamento de Deus) e a morte (consequência dessa ação) entraram no mundo. Como a consequência do ato de Adão se estendeu a todos os seus descendentes, é dito que todos pecaram.

Isso significa que, através da ofensa de Adão, todos os homens perderam a comunhão com Deus e ficaram aquém do propósito estabelecido por Deus antes de criar o homem.

Por causa da morte, todos os homens passaram a estar sujeitos ao pecado, como escravos. A morte é o grande trunfo do pecado, pois a força do pecado decorre precisamente das consequências previstas no mandamento: “certamente morrerás” (Gênesis 2:17). A fidelidade de Deus não permite que Sua palavra seja invalidada, e o pecado, sendo excessivamente maligno, encontrou ocasião pelo bem e operou a morte, afetando todos os homens.

“Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.” (1 Coríntios 15:56);

“Logo tornou-se-me o bom em morte? De modo nenhum; mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte pelo bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente maligno.” (Romanos 7:13).

Por definição, o aguilhão (κέντρον) da morte é o pecado. Entenda aguilhão como uma cadeia, uma picada peçonhenta, ou um elemento de ferro que instiga bois. Estar preso à morte é o pecado que afeta a humanidade.

 

Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;” (Romanos 3:23).

O que fez com que todos os homens se extraviassem? O apóstolo Paulo anuncia que todos se extraviaram porque um só homem pecou, e por isso, todos pecaram. Um só homem foi destituído, e todos foram igualmente destituídos da glória de Deus (Romanos 5:12).

Segundo o profeta Miquéias, um homem piedoso pereceu, e desde que ele (Adão) pereceu, não há entre os filhos dos homens um que seja justo. Mesmo se olhássemos para os seguidores do judaísmo, o melhor dos homens é um espinho, e o mais justo não passa de uma sebe de espinhos, o que demonstra que ser pecador e estar destinado ao inferno não é uma questão de comportamento, mas sim uma condição inerente a todos que são gerados segundo a carne, o sangue e a vontade do varão (João 1:12).

No contexto da epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo destaca que, através do evangelho, a justiça de Deus se manifesta igualmente sobre judeus e gentios. O motivo é claro: todos, judeus e gentios, pecaram e estão destituídos da glória de Deus (Romanos 3:21-23).

Todos os homens foram destituídos da glória de Deus por estarem sujeitos à morte, ou seja, por serem pecadores. A condição dos homens é de miserabilidade porque carecem, ou seja, necessitam da glória de Deus.

Por estarem alienados (mortos) de Deus, os homens estão destinados ao inferno de fogo, o lugar preparado para o diabo e todas as gentes (judeus e gentios) que se esquecem de Deus (Salmos 9:17). Estar destinado ao inferno não é uma questão de mérito, mas uma condição inerente a todos os homens gerados de Adão, de modo que não há quem seja melhor ou pior diante de Deus.

“Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma, pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado.” (Romanos 3:9).

É temerário apregoar de modo simplista que o homem é “merecedor” do inferno, destacando erros de conduta e imperfeições tendo como referencial a moral. Esse tipo de mensagem pode levar os pecadores a concluírem que a perdição é consequência de questões comportamentais, o que inexoravelmente promove a ideia de salvação como um resgate moral.

 

A porta dos pecadores

A Bíblia não ensina que o homem é ‘merecedor’ do inferno, ou seja, que a condenação decorre de questões meritórias. Ela demonstra que todos que entraram neste mundo, entraram por Adão (porta larga) e seguem por um caminho largo que conduz à perdição (Mateus 7:13-14).

A correlação entre Adão e a porta larga decorre do fato de Cristo ser a porta estreita, sendo Ele apresentado como o último Adão. Como para entrar por Cristo é necessário ao homem nascer de novo, isso indica que Adão é a porta larga por onde todos os homens entram ao nascer (1 Coríntios 15:45; João 3:3).

Nenhuma questão meritória é destacada com relação à perdição ou à salvação. A Bíblia demonstra que o homem é gerado em pecado, ou seja, alienado de Deus (Salmos 51:5). Ela enfatiza que desde a madre os homens se desviam de Deus, herdando um coração corrupto e proferindo mentiras desde o nascimento (Salmos 58:3; Mateus 12:34).

A porção dos filhos de Adão é somente este mundo, e estão destinados a saciar-se somente da ira que Deus entesourou para eles. Sem qualquer mérito ou demérito, todos os filhos dos homens serão fartos da ira do Senhor, e dela sobejarão, pois são filhos da ira e da desobediência (Salmos 17:14).

É por isso que o apóstolo Paulo reitera o que anunciou o salmista Davi: “Não há um justo, nem sequer um” (Romanos 3:10), o que implica que: “Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis” (Romanos 3:12).

 

A mensagem que salva o pecador

Quando se encontrou com a samaritana, uma mulher estrangeira cujo comportamento era censurado pela sociedade, Jesus destacou suas virtudes, de modo que ela deixasse de considerar a própria condição.

O peso da condição da samaritana fez ela interpelar Jesus, destacando a sua própria situação:

“Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos).” (João 4:9).

Esse é o problema da religião, pois destaca o pior do ser humano. Mas Jesus, destacou quem era e o que podia proporcionar:

“Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.” (João 4:10).

Um evangelista tem por obrigação conhecer a missão do seu Mestre e a mensagem anunciada por Ele, senão não será um despenseiro da misericórdia de Deus.

“E se alguém ouvir as minhas palavras, e não crer, eu não o julgo; porque eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo.” (João 12:47);

“Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.” (1 Pedro 4:10).

Os bons despenseiros anunciam a multiforme graça de Deus do mesmo modo que receberam o dom: evidenciando as virtudes de Cristo, e não fazendo acusações ou juízos de valor segundo os preceitos e padrões humanos.

O evangelista deve proclamar as boas novas do evangelho aos pecadores: que o Verbo eterno se fez carne, viveu sem pecado, foi crucificado, ressuscitou e está assentado à direita de Deus. Se o evangelista não compreende que essa mensagem contém o poder de Deus para regenerar aqueles que creem (Efésios 1:13; Romanos 1:16), é porque não entendeu o que realmente torna um homem pecador.

Apregoar mudança de comportamento não deve ser a tônica de um evangelista, pois, por mais que um homem tente ser o mais reto dos homens e se destacar como o melhor dos homens, continuará perdido. Esse é o veredicto das Escrituras acerca dos religiosos seguidores do judaísmo, homens de comportamento impecável perante a sociedade:

“O melhor deles é como um espinho; o mais reto é pior do que a sebe de espinhos.” (Miquéias 7:4).

Quando o pregador destaca a imutável santidade de Deus em uma pregação, não deve contrastá-la com questões comportamentais segundo a moral humana, que é efêmera assim como a existência humana.

Se o pregador quer destacar a santidade de Deus, deve fazê-lo contrastando-a com a natureza iníqua do homem, que foi gerada de Adão. Santidade é um dos atributos de Deus, e para o homem ser santo, é necessário que compartilhe da natureza divina. Por natureza, Deus é santo, e todos que recebem poder para serem gerados de novo também são santos, ou seja, separados da corrupção que há no mundo.

“Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.” (2 Pedro 1:4).

Nesse sentido, a santidade decorre da semente da qual o homem é gerado. Se é gerado da semente incorruptível, o homem é santo, pois, como a semente de Deus permanece nele, não pode pecar. Mas, se é gerado da semente corruptível, a semente de Adão, o indivíduo é imundo, pois é sujeito ao pecado.

“Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre.” (1 Pedro 1:23).

Jesus mesmo afirmou: “Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que peca é servo do pecado” (João 8:34), ou seja, só é sujeito do verbo ‘pecar’ aqueles que são servos do pecado. Por conseguinte, não é próprio aos servos da justiça figurarem como sujeitos do verbo ‘pecar’.

“E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado. Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca não o viu nem o conheceu. (…) Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo. Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus.” (1 João 3:5-6, 8-9).

Quando nasce da semente de Adão, o homem nasce na condição de servo do pecado, e, portanto, é pecador. O resultado de todas as suas ações pertence por direito ao seu senhor, de modo que todas as suas ações são malignas. Por ser imundo, tudo que realiza é imundo, pois é impossível ao homem imundo tirar algo puro (Jó 14:4).

Embora o termo “pecado” também seja utilizado para designar ações e omissões censuráveis dos homens, não são essas ações e omissões que alienaram o homem de Deus, mas sim o fato de ter sido gerado de Adão. Jesus veio libertar o homem da condição de sujeição ao pecado, e para isso, é necessário que o homem se sujeite a Cristo.

 

Jesus veio salvar os pecadores

Esses são alguns pontos essenciais ao anunciar o evangelho, a mensagem da cruz:

1. Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores (1 Timóteo 1:15) – Jesus veio ao mundo para resgatar aqueles que estavam perdidos, oferecendo-lhes salvação e reconciliação com Deus;

2. Esclarecer por que os homens se perderam – Os homens se perderam devido à incredulidade de Adão, que levou à queda e destituição da comunhão com Deus. “Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo” (1 Coríntios 15:22);

3. A obra redentora de Cristo – Cristo veio para restaurar a glória que os homens perderam. Para compartilhar da natureza divina, é necessário nascer de novo. “E a glória que me deste, eu dei a eles, para que sejam um, assim como nós somos um” (João 17:22).

Um evangelista deve entender que a regeneração do homem é obra de Deus, realizada através do lavar regenerador da palavra, que gera o homem de novo da semente incorruptível.

“Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado.” (João 15:3);
“Purificando as vossas almas pelo espírito na obediência à verdade, para o amor fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro; sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre.” (1 Pedro 1:22-23).

Os escribas e fariseus, ao limparem apenas o exterior dos homens, focavam em regras e mandamentos humanos, enquanto o interior permanecia imundo. Jesus criticou essa prática:

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas por dentro estão cheios de rapina e intemperança. Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo.” (Mateus 23:25-26).

Somente Deus pode limpar o interior do homem, através da Sua palavra, que é poder para salvação:

“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.” (Romanos 1:16);
“Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado.” (João 15:3)

Deus efetua essa limpeza regeneradora, transformando o interior do homem, resultando em um novo nascimento:

“Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre.” (1 Pedro 1:23)
“Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e coloca em mim um espírito reto” (Salmos 51:10)
“E lhes darei um só coração, e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne” (Ezequiel 11:19).

O evangelista deve focar na ação regeneradora de Deus, que cria um novo homem e renova tudo (2 Coríntios 5:17; Romanos 8:1). Basta ao evangelista anunciar as boas novas do evangelho:

– Cristo foi manifestado em carne
– Viveu sem pecado, por ter sido gerado de Deus
– Foi crucificado, ressurgiu, e está assentado à destra de Deus

Somente quando o novo convertido estiver com o entendimento cativo em obediência a Cristo, estará apto a ser orientado a deixar os comportamentos considerados perniciosos pela sociedade:

“Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo; e estando prontos para vingar toda a desobediência, quando for cumprida a vossa obediência.” (2 Coríntios 10:5-6);
“Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no SENHOR; andai como filhos da luz.” (Efésios 5:8).

Antes de pedir aos homens que se portem de modo digno, é essencial anunciar-lhes a mensagem do evangelho. Após ouvir a mensagem e crer, o homem, que antes era trevas, torna-se luz no Senhor e está apto a andar como filho da luz.

 

Discurso moralista não é evangelho

Nos dias atuais, observa-se que o evangelho de Cristo muitas vezes ocupa um lugar secundário, enquanto os púlpitos se tornam palcos para discursos sobre moralidade, ética, questões sociais ou a teologia da prosperidade. Muitos pregadores levantam bandeiras contra o homossexualismo, o aborto, a eutanásia, e sistemas de governo, confundindo essas questões com a mensagem central do evangelho de Cristo.

A missão de Cristo e o propósito do evangelho são claros nas Escrituras. Jesus enfatizou que a preocupação primordial deveria ser o reino de Deus, e não as questões terrenas que dividem a humanidade. Em Lucas 9:60, Ele disse: “Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus.” Isso indica que a verdadeira missão da igreja se ocupa de questões celestiais, voltada para a salvação e transformação do coração humano através do evangelho.

Jesus destacou que a transformação verdadeira é interior, e que essa mudança vem pela regeneração através da Palavra de Deus. Preocupar-se apenas com questões comportamentais sem abordar a condição espiritual do homem é ineficaz. Como o apóstolo Paulo enfatizou, é pela palavra do evangelho que somos purificados:

“Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado.” (João 15:3);
“Purificando as vossas almas pelo espírito na obediência à verdade, para o amor fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro; sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre.” (1 Pedro 1:22-23)

O evangelista deve focar na obra redentora de Cristo e na necessidade de um novo nascimento. A mensagem central deve ser a salvação através de Cristo, não a moralização da sociedade. Jesus veio para salvar os pecadores, e a transformação genuína só ocorre quando o coração do homem é regenerado pelo Espírito Santo.

“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.” (Romanos 1:16).

Levantar bandeiras contra certos comportamentos ou sistemas sociais não é o foco do evangelho. Jesus afirmou que a pobreza sempre existirá (Mateus 26:11) e que a transformação que Ele oferece é de natureza espiritual. A função do pregador não é julgar o mundo, mas anunciar a salvação que está em Cristo:

“E se alguém ouvir as minhas palavras, e não crer, eu não o julgo; porque eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo.” (João 12:47);
“Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (João 3:18)

O papel do evangelista é proclamar a mensagem de Cristo, que é poder de Deus para salvação. A mudança de comportamento é consequência da transformação interior que ocorre quando alguém nasce de novo em Cristo. A verdadeira santidade e conformidade à vontade de Deus vêm de um coração regenerado, não de um esforço moral ou legalista. O foco deve ser sempre a pregação do evangelho, levando as pessoas à fé em Jesus Cristo que promove a regeneração pela palavra.

Claudio Crispim

É articulista do Portal Estudo Bíblico (https://estudobiblico.org), com mais de 360 artigos publicados e distribuídos gratuitamente na web. Nasceu em Mato Grosso do Sul, Nova Andradina, Brasil, em 1973. Aos 2 anos de idade sua família mudou-se para São Paulo, onde vive até hoje. O pai, ‘in memória’, exerceu o oficio de motorista coletivo e, a mãe, é comerciante, sendo ambos evangélicos. Cursou o Bacharelado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública na Academia de Policia Militar do Barro Branco, se formando em 2003, e, atualmente, exerce é Capitão da Policia Militar do Estado de São Paulo. Casado com a Sra. Jussara, e pai de dois filhos: Larissa e Vinícius.